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Foto: Felipe Oliveira | ECB |
1 - Empate servia! Resultado de alguns jogos fizeram com que o Bahia entrasse em campo contra o São Paulo precisando apenas de um empate para sair da zona de rebaixamento. Como o jogo era em casa, o time vinha de uma goleada histórica diante do Corinthians etc., a tendência era que o Esquadrão tentasse o triunfo para abrir uma vantagem maior da zona. No entanto, a superioridade do São Paulo em campo foi evidente, tanto que Marcos Felipe foi o melhor jogador da partida, fazendo defesas espetaculares.
À medida que o jogo caminhava para o fim, o time paulista apertava e qualquer pessoa consciente sabia que, por todas essas circunstâncias, o empate era um bom negócio. Não precisava arriscar tanto e acabamos, para variar, tomando o gol no final do jogo, o que nos manteve entre os 4 últimos.
2 - A ingenuidade, a falta de malandragem (no bom sentido) e a falta de liderança em campo fazem com que o Bahia frequentemente tome gol nos minutos finais.
Na partida de ontem, com o time jogando bem menos que o adversário, faltou alguém em campo para reconhecer isso e não se expor tanto no final do jogo, como bem disse Rogério Ceni na entrevista coletiva e reclamou no final com Vitor Hugo, que subiu pouco antes do lance do gol, deixando o sistema defensivo mais exposto.
3 - Outra coisa: eu não vejo atleta do Bahia parar lances com falta para atrapalhar as articulações do adversário, coisa que fazem muito contra a gente. No gol, o cara do São Paulo sai driblando tranquilamente até concluir, quando poderia ter sido derrubado logo fora da área.
Enfim, faltam qualidade e maturidade até para fazer o jogo parar, o tempo passar e não perder quando estiver jogando mal.
4 - Bahia até que começou indo pra frente, tentando empurrar o adversário, mas a rapidez e qualidade nos dribles do time do São Paulo começaram a nos criar problemas, com o time paulista fazendo transições rápidas e perigosas.
5 - Marcos Felipe começou a aparecer no jogo no primeiro ataque perigoso do São Paulo, aos 7 minutos, e defendeu com o pé um chute de dentro da área, após troca de passes rápida. Bahia respondeu com um lançamento de Biel pra Cauly na área. Ele deu um toque por cima do goleiro mas a bola foi pra fora. A grande chance dessa etapa esteve nos pés de Biel, que demorou de concluir quase na pequena área e foi travado.
6 - No segundo tempo, mesmo o Bahia desfazendo o esquema que não tinha dado certo na primeira etapa, o São Paulo melhorou ainda mais e Marcos Felipe, com pelo menos 4 grandes defesas, evitou um placar mais elástico. Bahia teve uma chance numa falta bem cobrada por Mugni que o goleiro defendeu e um chute perigoso de Ademir. Tomamos o gol num rebote de escanteio, no qual perdemos duas divididas pra Caio Paulista, que entrou driblando nossa defesa e fuzilou para marcar. Depois tivemos outra boa chance na área com Acevedo, que mandou por cima.
7 - Esse Everaldo… Eu não sei não... O cara entrou no jogo e na primeira bola perigosa vai numa displicência para o lance e não consegue concluir bem um passe rasante de Cauly. A leseira de Biel pra concluir aquele lance no primeiro tempo foi terrível também.
8 - Com muita frequência ataques do Bahia foram desperdiçados devido à falta de jogo coletivo, com jogadores tentando dribles ou concluir lances de qualquer jeito, deixando de passar para companheiros mais bem colocados. Biel e Ratão deixaram de concluir pro gol ou dar passes aos colegas, prejudicando o time. Teve um lance que Ratão deveria servir a Everaldo, livre na área, mas preferiu o arremate que bateu na zaga.
9 - Marcos Felipe foi o nome do jogo, fazendo defesas dificílimas; Gilberto sempre vulnerável, tal como a dupla de zagueiros, principalmente Vitor Hugo; no meio, Acevedo, apesar se afobar no lance do gol, foi um monstro, marcando praticamente sozinho, já que o tal Yago não marca ninguém, Cauly teve somente alguns lampejos e Biel também não foi tão bem.Os que entraram, exceto Ademir, nada acrescentaram e Cândido ainda também falhou no lance que originou o gol. Rogério, por sua vez, demorou muito de tirar Yago e não conseguiu desarticular o São Paulo.
10 - Como essa competição está sendo a mais disputada da história dos pontos corridos, tanto na parte de baixo, quanto na de cima da tabela nada está completamente definido. Dos que lutam pra não cair, a coisa não está fácil pra ninguém, os times oscilam muito e tudo pode acontecer. Cada jogo é uma história, Em cada jogo pode haver surpresas e nossa luta tem que ser até o fim.
Não há tempo para lamentações, o que precisamos fazer agora é partir pra vencer o América, fazendo nossa parte, e torcer contra os concorrentes.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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