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Foto: iStok |
A meningite é uma doença infectocontagiosa que pode resultar em inflamação das membranas que recobrem o sistema nervoso central, incluindo o cérebro e a medula espinhal. Essa condição pode levar a quadros graves, sequelas permanentes e até mesmo à morte. Conforme o Ministério da Saúde (MS), a doença é considerada endêmica no Brasil, o que significa que novos casos podem ser notificados em qualquer época do ano.
Entretanto, as meningites bacterianas tendem a ser mais comuns durante os meses de outono e inverno, enquanto as virais tendem a ocorrer com mais frequência na primavera e no verão. Isso ocorre porque as mudanças de temperatura e umidade podem afetar a transmissão e a propagação dos agentes causadores da doença.
Segundo o médico neurologista e professor do curso de medicina da Universidade de Salvador (Unifacs), Felipe Costa, a meningite é altamente contagiosa e pode ser transmitida pelo ar, por meio de gotículas de saliva, pelas secreções contaminadas e até mesmo por objetos contaminados. Além disso, a doença também pode ser transmitida por meio de lesões na pele ou infecções de outras regiões.
Felipe Costa salienta que existem três tipos mais comuns de meningite: viral, bacteriana e fúngica. A bacteriana é mais grave e apresenta maior potencial de complicações e óbito. Ela pode ser provocada por bactérias como o meningococo, pneumococo e haemophilus. Já a meningite viral é mais comum, mas apresenta menor potencial de complicações. É causada principalmente pelos enterovírus. A forma fúngica da doença é mais rara e geralmente está associada a doenças de base que comprometem a imunidade.
O neurologista alerta que, embora existam tipos de meningite que não evoluem de forma grave, é importante identificar qualquer um dos sintomas característicos da doença com atenção e buscar tratamento precoce para evitar complicações agudas e tardias. “Prevenir e diagnosticar precocemente é fundamental”, destaca.
Os principais sintomas da meningite incluem febre alta e dor de cabeça intensa, acompanhadas por vezes de náuseas e vômitos, rigidez na nuca, irritabilidade, manchas na pele e crises convulsivas.
O neurologista alerta que, embora existam tipos de meningite que não evoluem de forma grave, é importante identificar qualquer um dos sintomas característicos da doença com atenção e buscar tratamento precoce para evitar complicações agudas e tardias. “Prevenir e diagnosticar precocemente é fundamental”, destaca.
Os principais sintomas da meningite incluem febre alta e dor de cabeça intensa, acompanhadas por vezes de náuseas e vômitos, rigidez na nuca, irritabilidade, manchas na pele e crises convulsivas.
“Quando citamos as dores de cabeça intensas, estamos falando daquelas que persistem por dias e que não são aliviadas por analgésicos comuns. Essa mudança na intensidade da dor é um sinal de alerta para a meningite e outras doenças. A doença tem rápida evolução e, se não for diagnosticada e tratada rapidamente, pode gerar sequelas e até mesmo a morte”, ressalta Felipe Costa.
Há também outros sintomas que podem estar associados à meningite, tais como:
- Dor no corpo
- Apatia
- Sonolência
- Mudança súbita de humor
- Tremores
- Perda de consciência
- Coma
- Apatia
- Sonolência
- Mudança súbita de humor
- Tremores
- Perda de consciência
- Coma
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Foto: Divulgação |
Imunização é medida de proteção mais efetiva
Cono especialista, a meningite é uma doença grave que pode evoluir rapidamente em poucas horas, podendo causar lesões neurológicas e até mesmo a morte. A medida de proteção mais efetiva para prevenção é a vacinação, acompanhada dos cuidados pessoais e de higiene, como lavar as mãos com frequência e evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, bem como a limpeza frequente de ambientes comuns.
“É fundamental o isolamento juntamente com o uso de máscara, e o encaminhamento da pessoa para um atendimento médico com urgência. Retorno a pontuar que a meningite é uma doença grave, que pode evoluir rapidamente, em poucas horas a pessoa pode piorar”, reitera Felipe Costa.
O sucesso do resultado no tratamento da meningite depende do diagnóstico rápido e correto, e o tratamento varia de acordo com o agente causador da infecção. São recomendados antibióticos para bactérias, antivirais para vírus e antifúngicos para fungos.
Além disso, o monitoramento e controle de lesões neurológicas são tão ou mais importantes quanto os tratamentos específicos. Por isso, o tratamento deve ser realizado em ambiente hospitalar, por equipe experiente.
O diagnóstico da meningite é feito pela análise do líquor, líquido presente entre as meninges e as estruturas do sistema nervoso central que serve para protegê-los de impactos. O líquido é coletado através de uma punção lombar, realizada sempre por um profissional médico habilitado.
O diagnóstico da meningite é feito pela análise do líquor, líquido presente entre as meninges e as estruturas do sistema nervoso central que serve para protegê-los de impactos. O líquido é coletado através de uma punção lombar, realizada sempre por um profissional médico habilitado.
Na análise são avaliadas características físicas e bioquímicas, como o aspecto do líquido e a quantidade de proteínas, características citológicas, como a presença de células do sangue (hemácias) e de defesa (leucócitos) e a presença de bactérias, com sua posterior identificação.
Existem três tipos de vacina contra o principal causador de meningite, o meningococo. Elas são específicas para alguns sorotipos e, portanto, podem ser utilizadas conforme a incidência de faixa etária ou mesmo na vigência de surtos específicos.
Existem três tipos de vacina contra o principal causador de meningite, o meningococo. Elas são específicas para alguns sorotipos e, portanto, podem ser utilizadas conforme a incidência de faixa etária ou mesmo na vigência de surtos específicos.
São elas: Vacina meningocócica C conjugada; Vacina Meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY; Vacina meningocócica B. Do mesmo modo, existem vacinas contra outros agentes causadores de meningite, como o Haemophilus influenzae tipo b, pneumococo e o bacilo da tuberculose.
A meningite bacteriana, que é a mais severa, causa cerca de 250 mil mortes por ano e pode provocar epidemias de rápida propagação, principalmente em crianças e jovens. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença mata uma em cada 10 pessoas infectadas e deixa uma em cada cinco com incapacidades de longa duração, como perda de audição e visão, danos neurológicos e deficiência cognitiva.
Portanto, é importante manter a imunização em dia, além de adotar medidas de higiene pessoal e de limpeza em ambientes comuns para prevenir a meningite. Além disso, é fundamental que as pessoas fiquem atentas aos sintomas da doença e procurem atendimento médico imediatamente em caso de suspeita, para que o diagnóstico e tratamento sejam feitos de forma rápida e eficaz.
A meningite é uma doença grave e pode evoluir rapidamente, mas com as medidas adequadas é possível preveni-la e tratá-la com sucesso.
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