Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícias
1 - CUMPRIU A OBRIGAÇÃO — Neste triunfo de 2 a 0 frente ao Sport Recife, o Bahia não fez mais do que a obrigação de vencer o pior time do campeonato. O placar poderia ser bem mais elástico, caso o goleiro deles, Caíque França, não estivesse numa noite tão inspirada, que o fez pegar até “pensamento” e pênalti. Contra a gente todo mundo vira destaque e joga o que sabe e o que não sabe. Impressionante.
2 - Esse Caíque França já tinha aprontado contra o nosso Tricolor em 2024, pelo Nordestão, em que também pegou tudo e nós, depois de pressionarmos os 90 minutos e estarmos amargando um empate em 1 a 1, só fizemos 2x1, com gol de Ratão, no final, após grande jogada de Roger Gabriel.
3 - O resultado dessa partida deixa o Bahia ainda vivo para conseguir a vaga direta à fase de grupos da Libertadores e, se o Botafogo não vencer o Cruzeiro nesta quinta, o Esquadrão só dependerá dele próprio no jogo contra o Fluminense no próximo domingo. Terá que ganhar de qualquer jeito.
4 - O Bahia não consegue dar o troco a quem o goleia (tomou 5 desse Sport há uns 3 anos), pois desperdiça oportunidades, goleiro adversário pega muito, arbitragem/VAR prejudica, enfim, tudo converge para que a gente ganhe apenas de maneira discreta, mesmo quando o cenário parece favorável para uma goleada.
5 - Justiça seja feita, o Bahia jogou muito bem, sufocou o time pernambucano o jogo inteiro, mas, repito, o goleiro deles pegou demais. Perdemos um caminhão de gols.
6 - Finalmente a Lei do Ex nos favoreceu, com o gol que Juba marcou. Essa lei, que tanto age contra nós, dessa vez pendeu para nosso lado. Por sua vez, depois de muito tempo, Rodrigo Nestor voltou a jogar bem, marcando inclusive um golaço.
7 - Desde o começo do primeiro tempo, o Bahia se impôs e atacou o time pernambucano de todas as formas, pelos lados e pelo meio.Teve chances de marcar com William Jose, que colocou na rede pelo lado de fora; com Pulga, que entrou na área mas o goleiro Caíque França abafou o chute; um chute de Juba que ele defendeu de novo; outro de Pulga, que o goleiro defendeu e a bola ainda bateu na trave; um arremate de Acevedo pra fora; um outro toque de William José após receber de Pulga que o goleiro abafou de novo; um chute de Ademir que o goleiro defendeu deitado; um outro chute de Pulga que o goleiro fez a ponte e segurou; dois chutes seguidos de Acevedo que Caíque França pegou; aos 39, Nestor recebeu passe de Ademir na área, girou e mandou no ângulo, golaço; no lance que originou o pênaltii a nosso favor, o Bahia perdeu um gol em dois ou três lances; William José bateu o pênalti mas o goleiro defendeu; no começo do segundo tempo fizemos 2 a 0 num chute de Juba de fora da área; teve oura chance com Ademir mas o goleiro pegou com o pé; o Sport teve dois chutes de fora da área, mas Ronaldo pegou firme; Ademir fez um partidaço e teve mais duas chances que não conseguiu converter.
8 - Esse jogo marcou a despedida do goleiro Danilo Fernandes, que anunciou que encerrará a carreira. Ele recebeu uma linda homenagem após a partida e, se não brilhou tanto tecnicamente , no período em que defendeu nosso clube, teve um destaque muito grande, como líder, entre os colegas, sempre demonstrando um profissionalismo exemplar e um respeito importante pela instituição Esporte Clube Bahia. Valeu, Danilo!
9 - Falando em homenagem, Éverton Ribeiro ganhou o título de Cidadão de Salvador, e nessa primeira partida após receber a honraria, mostrou a qualidade de sempre.
10 - CONTRA O FLU — Precisamos fazer, domingo, contra o Fluminense, na última rodada do Brasileirão, o que não fazemos há quase dez jogos: vencer fora de casa. O jogo é no Rio, o time carioca vive um bom momento, precisa também do resultado e a partida virou uma espécie de decisão de campeonato, pois pode nos dar a vaga direta à fase de grupos da Libertadores. Como fora de casa o Bahia sempre vai mal, não dá para ficar tão otimista, mas, em se tratando do Bahia e sua história, tudo pode acontecer. Temos que, apesar de tudo, acreditar que dessa vez tudo dará certo e encerraremos o ano com chave de ouro.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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