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Foto: Pixabay |
A importância dos cuidados na gestação se manifesta desde o momento em que a gravidez é confirmada. Atualmente, os exames pré-natais desempenham um papel fundamental na identificação e prevenção de uma série de problemas que podem afetar o feto. Dentre as diversas condições, destaca-se a cardiopatia congênita, uma anomalia que afeta aproximadamente um em cada cem recém-nascidos.
A cardiopatia congênita é um termo abrangente que engloba uma variedade de problemas ou malformações que podem ocorrer durante o desenvolvimento do coração ou do sistema cardiocirculatório do bebê.
Felizmente, avanços na medicina fetal permitem a detecção de diversas doenças ou disfunções antes mesmo do nascimento. A cardiopatia congênita é uma delas. Durante o pré-natal, por volta da 24ª a 28ª semana de gestação, é possível realizar um exame chamado ecocardiograma fetal, que auxilia no diagnóstico precoce das principais anomalias cardíacas.
Normalmente, a formação do coração ocorre até a décima semana de gestação, e exames específicos realizados nessa fase podem contribuir para o diagnóstico precoce do problema. No Brasil, estima-se que cerca de 29 mil crianças nascem com cardiopatia congênita a cada ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS).
Conforme explica a médica Isabel Guimarães, especialista em cardiologia pediátrica e coordenadora da cardiologia pediátrica do Mater Dei Salvador, embora a cardiopatia congênita possa ocorrer mesmo em gestações saudáveis, existem fatores que aumentam a probabilidade de o coração se desenvolver de forma inadequada.
Conforme explica a médica Isabel Guimarães, especialista em cardiologia pediátrica e coordenadora da cardiologia pediátrica do Mater Dei Salvador, embora a cardiopatia congênita possa ocorrer mesmo em gestações saudáveis, existem fatores que aumentam a probabilidade de o coração se desenvolver de forma inadequada.
"Síndromes genéticas, como a síndrome de Down, assim como questões maternas, como diabetes pré-existente à gravidez, uso de drogas ilícitas, álcool ou medicamentos específicos durante a gestação, podem contribuir para o surgimento dessa anomalia. Algumas infecções virais no primeiro trimestre, como a rubéola, também aumentam o risco de anomalias cardíacas no bebê", explica Isabel Guimarães.
Existem diferentes tipos de cardiopatias congênitas, sendo que as mais comuns costumam ser menos graves e menos complexas. Por outro lado, as formas mais complexas são menos frequentes, mas podem representar um risco de vida para a criança se não forem diagnosticadas precocemente.
Existem diferentes tipos de cardiopatias congênitas, sendo que as mais comuns costumam ser menos graves e menos complexas. Por outro lado, as formas mais complexas são menos frequentes, mas podem representar um risco de vida para a criança se não forem diagnosticadas precocemente.
Identificação pode ser feito no pré-natal
Felizmente, avanços na medicina fetal permitem a detecção de diversas doenças ou disfunções antes mesmo do nascimento. A cardiopatia congênita é uma delas. Durante o pré-natal, por volta da 24ª a 28ª semana de gestação, é possível realizar um exame chamado ecocardiograma fetal, que auxilia no diagnóstico precoce das principais anomalias cardíacas.
"Esse exame desempenha um papel fundamental, permitindo que cuidados mais direcionados sejam tomados caso seja identificada alguma condição cardíaca no feto", ressalta a especialista.
Um exemplo disso é o caso da mãe de um paciente, cujo o filho foi diagnosticado com coarctação da aorta, hipoplasia do arco aórtico, além de uma comunicação interatrial (CIA) e uma comunicação interventricular (CIV). "O ecocardiograma fetal possibilitou um acompanhamento especializado e direcionado para o caso, com a repetição do exame em outras duas ocasiões", destaca a pediatra.
No caso acima, a realização do ecocardiograma fetal foi crucial na prevenção da saúde do bebê com cinco dias de nascido. "Devido à complexidade da cardiopatia, fui orientada a buscar uma maternidade equipada com UTI Neonatal e tivemos a supervisão de uma cirurgiã cardíaca durante toda a gravidez", relata.
A realização desse exame é defendida por cardiologistas pediátricos e pelas sociedades de obstetrícia e cardiologia pediátrica. "Com esse diagnóstico, os pais podem se preparar para que a criança já nasça dentro de uma estrutura de serviços que sejam necessárias para um parto seguro, inclusive, com intervenções cirúrgicas ou por meio do cateterismo intervencionista", esclarece a médica.
No caso acima, a realização do ecocardiograma fetal foi crucial na prevenção da saúde do bebê com cinco dias de nascido. "Devido à complexidade da cardiopatia, fui orientada a buscar uma maternidade equipada com UTI Neonatal e tivemos a supervisão de uma cirurgiã cardíaca durante toda a gravidez", relata.
A escolha de uma maternidade adequada foi essencial, uma vez que a criança precisou passar por uma intervenção cirúrgica cardíaca logo aos 5 dias de vida. Para atender às necessidades desses casos, é necessário que alguns hospitais já estejam com as instalações neonatais adaptadas para lidar com situações mais complexas de cardiopatia, garantindo a estrutura necessária para os cuidados adequados.
Teste do coraçãozinho e tratamento
Após o nascimento, é fundamental que todo recém-nascido seja submetido ao teste do coraçãozinho, um exame que auxilia na detecção de cardiopatias críticas. Realizado entre 24 e 48 horas após o parto, esse teste tem a capacidade de identificar malformações cardíacas que não foram observadas durante a fase fetal.
Quanto ao tratamento, a abordagem adequada dependerá das características de cada caso. "De forma geral, bebês com anomalias cardíacas mais simples não necessitam de tratamento imediato após o nascimento, mas devem ser acompanhados regularmente por um cardiologista pediátrico", afirma a Isabel Guimarães.
Em situações mais graves, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para corrigir os fluxos sanguíneos do paciente, com o objetivo de proporcionar uma cura ou alívio paliativo. Contudo, a decisão de realizar a cirurgia ou não dependerá de uma análise cuidadosa do quadro clínico de cada paciente, sempre seguindo as orientações de um especialista qualificado.
Após o nascimento, é fundamental que todo recém-nascido seja submetido ao teste do coraçãozinho, um exame que auxilia na detecção de cardiopatias críticas. Realizado entre 24 e 48 horas após o parto, esse teste tem a capacidade de identificar malformações cardíacas que não foram observadas durante a fase fetal.
Quanto ao tratamento, a abordagem adequada dependerá das características de cada caso. "De forma geral, bebês com anomalias cardíacas mais simples não necessitam de tratamento imediato após o nascimento, mas devem ser acompanhados regularmente por um cardiologista pediátrico", afirma a Isabel Guimarães.
Em situações mais graves, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para corrigir os fluxos sanguíneos do paciente, com o objetivo de proporcionar uma cura ou alívio paliativo. Contudo, a decisão de realizar a cirurgia ou não dependerá de uma análise cuidadosa do quadro clínico de cada paciente, sempre seguindo as orientações de um especialista qualificado.
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