1 - FIM MELANCÓLICO — O Bahia encerrou sua participação no Brasileirão 2025 de forma melancólica, sem vencer fora de casa neste turno, perdendo mais uma vez em momento decisivo e desperdiçando a oportunidade de conquistar uma vaga direta para disputar a Libertadores do ano que vem.
2 - É verdade que o Esquadrão novamente conquistou a vaga para a pré-Libertadores e ficou em 7º lugar na classificação final, melhor colocação que teve na era dos pontos corridos, com maior número de pontos conquistados (60). Mas, pelo que aconteceu ao longo da competição, pelos inúmeros vacilos que demos, ficou a sensação de que poderia ter acontecido algo melhor este ano e termos chegado à fase de grupos da Liberta com certa tranquilidade.
3 - O maior problema do Bahia em 2025 foi a performance fora de casa, completamente diferente do que produziu em seus domínios, sendo essa situação fundamental para que não conseguíssemos um melhor desempenho no Brasileirão. Fora de casa, fizemos 15 pontos e, na Fonte, 45, três vezes mais.
4 - Outra coisa que aconteceu este ano foi que a produção do time nos momentos decisivos, em praticamente todas as competições, foi horrorosa. No próprio Campeonato Baiano vencemos no sufoco, empatando o jogo decisivo no final do segundo tempo, quando estávamos tomando 1 a 0 e com grandes chances de tomar o segundo e ir para os pênaltis, ou o terceiro e perder o título logo para o rival. Na Liberta, batemos fofo após começarmos bem; na Sul-Americana botamos time misto no primeiro jogo, não vencemos e fomos eliminados, com derrota, na segunda partida; na Copa do Brasil, nas quartas de final, vencemos só de 1x0 o primeiro jogo contra este mesmo Fluminese e tomamos 2, de forma passiva, na volta.
5 - Nesse jogo contra o Flu, dois lances ilustram bem esse desempenho pífio fora de casa, ou nos momentos decisivos, onde os jogadores parecem tremer. William José, que tinha até dado uma melhorada nessa reta final, perdeu um gol incrível, de frente para o goleiro; por outro lado, no lance do primeiro gol, Tiago foi atrasar a bola e acabou dando uma braga para Ganso, que deu uma cavadinha e matou Ronaldo.
6 - Outra coisa abominável, que aconteceu durante quase todo o ano, foram algumas entrevistas de Rogério Ceni supervalorizando o adversário que ia enfrentar, como se quisesse já arranjar desculpa para o insucesso. Agindo assim, eles já incute na cabeça dos atletas que nem precisam se esforçar tanto, pois já há justificativa, caso não vençam o jogo. Aliás, até nessa última entrevista do ano, após a derrota para o Flu, ele já fez menções sobre as campanhas do Inter (que ano passado foi quinto e este ano brigou para não cair), e do Fortaleza (que foi quarto em 2024 e caiu este ano), parecendo até que nosso treinador já está antecipadamente prevendo uma campanha horrorosa para o ano que vem e já se justificando. Sabemos que o Brasileirão é difícil, mas não precisa Rogério ficar dando tanta ênfase a isso. O que é necessário é trabalhar mais para não repetir os erros.
7 - Neste jogo contra o Flu o Bahia, para variar, começou disperso e o time carioca criou logo algumas chances. Canobbio deu um chutaço, com menos de dois minutos, mas a bola desviou e foi para escanteio; depois, numa bola em profundidade, Ronaldo defendeu com o pé; nosso goleiro na sequência fez grande defesa numa bomba de Everaldo; daí o Bahia equilibrou o jogo e teve duas chances de marcar, ambas com William José: uma que a zaga bloqueou e a outra foi aquele verdadeiro gol perdido, que Fábio defendeu.
6 - Outra coisa abominável, que aconteceu durante quase todo o ano, foram algumas entrevistas de Rogério Ceni supervalorizando o adversário que ia enfrentar, como se quisesse já arranjar desculpa para o insucesso. Agindo assim, eles já incute na cabeça dos atletas que nem precisam se esforçar tanto, pois já há justificativa, caso não vençam o jogo. Aliás, até nessa última entrevista do ano, após a derrota para o Flu, ele já fez menções sobre as campanhas do Inter (que ano passado foi quinto e este ano brigou para não cair), e do Fortaleza (que foi quarto em 2024 e caiu este ano), parecendo até que nosso treinador já está antecipadamente prevendo uma campanha horrorosa para o ano que vem e já se justificando. Sabemos que o Brasileirão é difícil, mas não precisa Rogério ficar dando tanta ênfase a isso. O que é necessário é trabalhar mais para não repetir os erros.
7 - Neste jogo contra o Flu o Bahia, para variar, começou disperso e o time carioca criou logo algumas chances. Canobbio deu um chutaço, com menos de dois minutos, mas a bola desviou e foi para escanteio; depois, numa bola em profundidade, Ronaldo defendeu com o pé; nosso goleiro na sequência fez grande defesa numa bomba de Everaldo; daí o Bahia equilibrou o jogo e teve duas chances de marcar, ambas com William José: uma que a zaga bloqueou e a outra foi aquele verdadeiro gol perdido, que Fábio defendeu.
8 - No segundo tempo, o Flu teve um chute por cima de Serna; o Bahia respondeu com um bom arremate de Jean Lucas, que o goleiro Fábio desviou; teve um chute de Canobbio que Ronaldo defendeu e depois veio o vacilo de Tiago que ganso converteu. Tivemos um chute de Rodrigo Nestor com defesa de Fábio e na sequência veio o segundo gol num cruzamento de Soteldo que Tiago Silva fez de cabeça. As alterações do Bahia não surtiram efeito e as do Flu foram decisivas para o triunfo.
9 - O que fica de bom nessa reta final é que um problema que vinha nos atormentando, as falhas dos nossos goleiros, parece estar solucionado, pois a performance de Ronaldo nos passou confiança e ainda temos João Paulo, que nem estreou. Ainda assim, nessa janela temos que contratar mais um arqueiro, para substituir Danilo Fernandes e gerar maior concorrência neste importante setor. Outra coisa boa este ano foi a performance de Éverton Ribeiro, melhor jogador do time dois anos seguidos, até mesmo após ter feito uma cirurgia para retirar um tumor na tireoide. Felizmente parece que a renovação do contrato dele está bem encaminhada, mas precisamos de outro atleta com características de armação semelhante, até porque novamente teremos muitos jogos em 2026 e precisamos ter substitutos à altura.
10 - TEM QUE MELHORAR — O Bahia precisa fazer um balanço final do ano de 2025, descartando jogadores que não renderam, qualificando mais o elenco e procurando mudar a mentalidade, para que tenha mais personalidade e consiga atuar fora de casa com a mesma postura que joga em casa. Se quisermos subir de patamar, não podemos ter essa diferença tão absurda entre pontuar em Salvador ou em outro local. Que este ano sirva de lição!
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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