O Centro Histórico de Cachoeira amanheceu nesta quarta-feira, 25, como palco de reverência e resistência. A cidade, considerada berço da Independência da Bahia, celebrou os 203 anos do início do levante popular contra o domínio português com uma programação cívica e cultural. Em cumprimento à lei estadual de 2007, a sede simbólica do Executivo baiano foi transferida para o município, onde o governador Jerônimo Rodrigues participou da cerimônia oficial.
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“Essa é uma data que nos lembra a força do povo baiano na conquista da Independência. Ao transferirmos a sede do governo para cá, reafirmamos nosso compromisso com a valorização da história e com o fortalecimento da identidade do nosso povo”, declarou o governador, em discurso diante de uma plateia formada por autoridades, estudantes e grupos culturais.
Para o professor de história Marcelo Nogueira, presente à solenidade com seus alunos, a data tem valor pedagógico e cívico. “Cachoeira é o berço de uma das mais importantes revoluções do Brasil. Estar aqui no 25 de Junho é um dever de quem acredita na educação e na memória como caminhos para a cidadania”, afirmou.
Cultura como símbolo de resistência
O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, destacou o simbolismo do evento. “Valorizamos essa data porque ela carrega o DNA da luta popular baiana. Reafirmamos a potência cultural do Recôncavo e fazemos justiça à memória dos que realmente construíram a independência, nas ruas e becos de cidades como Cachoeira”.
A agenda do dia começou com alvorada de fogos e seguiu com o hasteamento das bandeiras, cortejos, celebrações religiosas e o tradicional Solene Te Deum — canto litúrgico entoado há 196 anos na Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. A homenagem relembra os heróis que, em 1822, iniciaram os movimentos de resistência que culminariam, um ano depois, na expulsão das tropas portuguesas e na consolidação da Independência da Bahia.
Para o professor de história Marcelo Nogueira, presente à solenidade com seus alunos, a data tem valor pedagógico e cívico. “Cachoeira é o berço de uma das mais importantes revoluções do Brasil. Estar aqui no 25 de Junho é um dever de quem acredita na educação e na memória como caminhos para a cidadania”, afirmou.
Cultura como símbolo de resistência
O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, destacou o simbolismo do evento. “Valorizamos essa data porque ela carrega o DNA da luta popular baiana. Reafirmamos a potência cultural do Recôncavo e fazemos justiça à memória dos que realmente construíram a independência, nas ruas e becos de cidades como Cachoeira”.
Já o secretário de Turismo, Maurício Bacelar, ressaltou o papel histórico da cidade como eixo de desenvolvimento regional. “Cachoeira é um dos nossos maiores tesouros. Investir em infraestrutura e divulgação é transformar esse patrimônio em oportunidade para a população local.”.
Você sabia? Curiosidades sobre a luta pela Independência da Bahia
Capital por um dia - Desde 2008, a cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, se torna simbolicamente a capital da Bahia no dia 25 de junho. A transferência oficial da sede do governo estadual é uma homenagem à importância do município na luta pela independência do Brasil.
Primeiros a romper com Portugal - Em 1822, ainda antes da independência oficial do país, o povo e as autoridades de Cachoeira declararam apoio a Dom Pedro e romperam com o domínio português. Foi um passo decisivo para o processo de emancipação.
Vitória histórica nas águas - No dia 28 de junho de 1822, os baianos protagonizaram sua primeira grande vitória ao tomarem uma canhoneira portuguesa ancorada no Rio Paraguaçu. A ação representou um marco de resistência contra o poder militar lusitano.
Luta coletiva - Negros escravizados, indígenas e camponeses também participaram das batalhas. Foi uma mobilização popular que uniu diferentes grupos sociais em defesa da independência da Bahia — e do Brasil.
2 de Julho: Independência de verdade - A expulsão definitiva das tropas portuguesas aconteceu em 2 de julho de 1823. A data é feriado estadual na Bahia e marca a verdadeira consolidação da independência na região, com protagonismo baiano.
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