quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Análise: dez observações sobre Bahia 0x1 Flamengo

A defersa do Tricolor, que vinha tão bem, falhou no lance do gol de Bruno Henrique
Fotos: Rafael Rodrigues | ECB 

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - Complicou! Embora não repetisse as boas atuações da fase anterior da Copa do Brasil, contra o Botafogo, o Bahia apresentou um bom futebol diante do Flamengo, mas, ainda assim, acabou perdendo o jogo de ida das quartas de final desta competição por pecar nas definições das chances criadas. O time carioca, demonstrando mais maturidade nesse tipo de disputa, jogou um “feijão com arroz”, fez um gol originado de bola parada e depois cozinhou o jogo, fazendo o tempo passar, suportando a pressão imposta pelo Bahia. Agora a coisa complicou e teremos que, na volta, vencer o time da Gávea por pelo menos um gol de diferença para levar a partida para os pênaltis.

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2 - Parece que o treinador Tite, do Flamengo, aprendeu com as besteiras que fez na seleção na Copa de 2022, no jogo em que foi eliminado pela Croácia, quando, dando 1 a 0, faltando cinco minutos, tomou um gol de contra-ataque, com a defesa toda desarrumada, sem a mínima necessidade de se expor. Nesse jogo contra o Bahia, após o gol, o time dele fechou a casinha, não se expôs e fez o tempo passar com muita organização tática, principalmente no aspecto defensivo.

3 - O time do Rio valorizava cada lance em que pudesse parar o jogo e ganhar tempo. Toda hora seus jogadores, quando caíam, pareciam que tinham sofrido uma grave contusão e “gastavam” os minutos. No final, o tempo de acréscimo dado pelo árbitro nem de longe representou as paradas que teve o jogo.

4 - No primeiro tempo, com as defesas bem postadas e muita marcação de ambas as equipes, elas tiveram dificuldade de criar chances mais agudas. Os arremates a gol foram sem tanto perigo. Ainda assim, o Esquadrão teve um bom chute de Éverton Ribeiro para fora, que passou perto, e o Flamengo teve uma bola rolada por Luís Araújo para Gérson na área, que ele chutou e Kanu salvou. Depois o Bahia teve duas oportunidades, no mesmo lance, na área, bloqueadas por defensores rubro-negros: um chute de Everaldo, outro de Jean Lucas.

5 - Um escanteio cobrado de forma fatiada por De La Cruz, no início do segundo tempo, foi completado por uma cabeçada de Bruno Henrique, abrindo o escore, num vacilo da nossa zaga. Bahia sentiu o gol, foi pra cima e poderia ter empatado logo, com Jean Lucas, que recebeu passe de Éverton Ribeiro dentro da área e chutou para defesa de Mateus Cunha; o goleiro do Flamengo fez outra defesa em chute de Thaciano após receber passe de Cauly; tivemos também uma cabeçada de Yago e outra de Lucho Rodríguez com certo perigo. Nessa etapa o Flamengo teve algumas tentativas de contra-ataque mas que não evoluíram.

Cauly tenta passar pela marcação do Rubro-Negro carioca

6 - E Rogério Ceni continua a sina de não conseguir ganhar do Flamengo, uma escrita que o persegue desde que virou treinador. E as quartas de final da Copa do Brasil vem sendo nosso calcanhar de aquiles e nosso limite nessa competição, embora este ano ainda falte um jogo.

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7 - Nossa defesa, que vinha tão bem, falhou feio no lance do gol, deixando Bruno Henrique livre e permitindo que ele desse a cabeçada. Gabriel Xavier e Árias vacilaram no lance. Marcos Felipe também poderia ter defendido, pois a bola foi praticamente em cima dele.

8 - Éverton Ribeiro, com muita movimentação, procurou articular as jogadas durante todo o tempo. Cauly estava se esforçando e vem melhorando. Kanu foi bem, mas Gabriel Xavier vacilou no gol. Árias não repetiu as atuações anteriores e Juba cruzou mal algumas bolas e ficou devendo. Teve momentos em que ele poderia ir na linha de fundo mas passava a bola. Everaldo e Thaciano também não foram bem. Ademir entrou mas só fez correr, Lucho também não rendeu.

9 - Torcida fez linda festa desde a saída dos jogadores do hotel para a Fonte Nova até no estádio, com iluminação impactante e muito incentivo. Pena que o time, este ano, não vem conseguindo os objetivos nos jogos decisivos, independente do campeonato que esteja disputando, embora este, repito, ainda não tenha acabado.

10 - Estamos eliminados? Claro que não! Haverá o jogo de volta e nosso time tem todas as condições de reverter a situação. O bom é que jogamos toda a responsabilidade e favoritismo pra cima deles e vamos como franco-atirador, sem favoritismo, o que pode até nos beneficiar. Mesmo com a vantagem, não acredito que o time deles fique recuado, pois, tradicionalmente, em casa, o Flamengo procura agredir o adversário. Temos que jogar sem medo e ir pra cima deles também. O jogo é jogado. Não resta dúvida de que ficou mais difícil, muito difícil, mas não impossível.

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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