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| Fotos: Felipe Oliveira | ECB |
1 - “Virou passeio!” Essa frase emblemática dita pelo narrador Galvão Bueno, no fatídico 7 a 1 da Alemanha sob o Brasil na Copa de 2014, pode perfeitamente ser adaptada para o verdadeiro “chocolate” que demos ontem no Corinthians, em pleno Estádio de Itaquera, numa das melhores atuações do Bahia em campeonatos brasileiros.
Foi um massacre e muito merecida a goleada histórica de 5x1, obtida num momento crucial da competição, onde estamos lutando desesperadamente para não cair. Pode-se dizer perfeitamente que, pelo que produzimos, saiu até barato. O Bahia, neste jogo, realmente, “parecia a Alemanha”.
2 - Um dos motivos para nossa grande atuação foi a ausência de Everaldo, o que obrigou Rogério Ceni a escalar o time sem um hozem de referência na frente, com muito mais mobilidade e rapidez, o que deixou o sistema defensivo corintiano atônito.
Sem contar que, com nosso meio-campo bem compactado e forte na marcação, o time paulista não conseguia articular praticamente nada. Em cada ida ao ataque do Bahia, com Cauly, Thaciano e Biel numa movimentação intensa, sempre íamos criando situações de perigo, tanto que terminamos o primeiro tempo com 3x0 e ainda tivemos outras chances.
3 - A grande atuação do time quase todo, principalmente de jogadores-chaves como Cauly e Thaciano, além de Biel, também contribuiu para esse grande triunfo. Até Yago e o próprio Juba fizeram bom jogo. Ademir, quando entrou, também incendiou a partida, honrando o apelido de “Fumacinha”.
4 - O mérito de Rogério Ceni também merece ser enaltecido pois ele conseguiu, nesses 12 dias de interrupção do campeonato por causa da “bendita” data-Fifa, armar um esquema que deu supercerto, além de melhorar o emocional do elenco, que vinha de resultados ruins.
5 - Desde o começo da partida, o Bahia não deu trégua ao alvinegro paulista e abriu o escore logo aos 4 minutos, num escanteio cobrado por Juba, que Resende, no primeiro pau, desviou de cabeça e fez 1 a 0.
6 - Após o primeiro gol, o panorama da partida não mudou e o Bahia continuava melhor. Fez o segundo num golaço de Cauly, chutando forte após trocar passe com Thaciano na área. O terceiro era questão de tempo e ele veio com um pênalti de Gil em Biel e que foi convertido por Thaciano. Ainda tivemos um gol corretamente anulado e um chute de Cauly de dentro da área que por pouco não era gol, assim como um arremate de Biel.
Nessa etapa o Corinthians teve, de perigosa, uma cabeçada de Giuliano na área, após cruzamento de Fágner, mas Marcos Felipe fez grande defesa.
7 - Corinthians teve mais posse de bola no segundo tempo, mas não criou muito. Fez o gol no vacilo de Gilberto e chute de Renato Augusto, no entanto nosso time era sempre muito perigoso nas transições rápidas. Tivemos chances como um chute de Thaciano, uma cabeçada de Acevedo e fizemos o quarto gol num lançamento de Cauly para Ademir, com calma, tocar na saída de Cássio.
Eles tiveram um chute perigoso de Fágner e nossa resposta foi o quinto gol, numa escapada de Ademir, que foi derrubado por Gil na área. Pênalti que Thaciano brocou de novo
8 - Apesar da grande atuação da equipe, dois jogadores que vêm falhando com frequência voltaram a dar mole. Vitor Hugo cometeu uma falta desnecessária no fim do primeiro tempo, que felizmente foi chutada pra fora, além de vacilar na marcação na cabeçada de Giuliano; e Gilberto errou um passe no segundo tempo, que acabou originando o “gol de honra” dos caras.
9 - Esse triunfo nos dá muita moral para as últimas partidas, “chama” o Corinthians para o “bolo” dos que querem se salvar da queda, melhora nosso astral e motivação, mas é fundamental que nosso time continue com essa disposição, com esse capricho, com essa seriedade, disputando cada lance como se estivesse lutando por um prato de comida.
10 - Todos os erros que podíamos cometer nesse campeonato, nós já cometemos e não temos mais condições de vacilar. Com fé em DEUS tudo vai dar certo.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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