quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Dez observações sobre Cruzeiro 3x0 Bahia

Tricolor de Ceni esteve irreconhecível em campo contra a Raposa
Foto: Divulgação | Cruzeiro

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - Apatia total! Atuação muito ruim do time, individualmente e coletivamente, durante todo o jogo, foi fator fundamental para esta vexatória derrota contra o Cruzeiro. Peças importantes, como Marcos Felipe, Biel e Cauly (enquanto esteve em campo), estavam numa noite infeliz e todo o resto do time ficou no mesmo nível baixíssimo. A coisa foi tão horrorosa, a apatia foi tão grande que o placar saiu barato. Lembramos muito os piores momentos do time de Renato Paiva, com falhas individuais e coletivas. Sem dúvida, foi o pior jogo de Rogério Ceni no comando do nosso Tricolor.

2 - Quando a coisa não está pra dar certo é incrível. Foram dois gols contra e um “de joelho”, quase sem querer. O Cruzeiro não tinha ganho de ninguém no Mineirão pelo Brasileiro, nem feito mais de dois gols numa mesma partida, porém conseguiu tudo contra a gente. Até jogadores cruzeirenses que vinham mal fizeram grande jogo; Cauly se machucou e saiu no primeiro tempo, as substituições no Bahia pioraram o time e as do Cruzeiro foram o contrário. Muito coisa ruim numa noite só Aff!!!

3 - Partida começou com o Cruzeiro, apesar de estar com linhas baixas, tomando a iniciativa de ir pra cima, explorando principalmente as costas de Gilberto, e o Bahia um pouco atrás, procurando contra-atacar, mas sem nenhum poder de criação.

4 - O Esquadrão tinha dificuldade na criação, porque Cauly não fazia um bom jogo e Biel perdia as bolas com muita facilidade, sem contar que Thaciano também não existiu.

5 - Um grande pecado do Bahia nessa etapa era que ele posicionava Resende quase como um terceiro zagueiro, deixando Yago e Thaciano pra dar o primeiro combate no meio-campo. Só que esses dois estavam perdidos na marcação e saída de bola e, com isso, os volantes e meias do Cruzeiro tinham todo o espaço para criar jogadas, lançar, cruzar etc.

6 - Na primeira bola alçada na área, nossa zaga titubeou e o atacante do Cruzeiro desviou e quase marca. No lance seguinte, a bola foi de novo jogada na área, entre Kanu e Raul Gustavo, que foram atabalhoados disputar com o volante Machado do Cruzeiro e Kanu acabou desviando, contra, abrindo o placar para o adversário. O posicionamento errado de Marcos Felipe também facilitou as coisas nessa abertura de placar pelo time mineiro.

7 - O Bahia não conseguia articular nada e, pra piorar, perdeu Cauly aos 36 minutos, machucado. O time mineiro, em dois contra-ataques no primeiro tempo, perdeu chances incríveis de ampliar, a de Bruno Rodrigues foi imperdível, mas ele mandou na trave. Depois ele próprio teve uma outra chance mas dessa vez Kanu travou.

8 - Na segunda etapa, o Cruzeiro ficou esperando o desorganizado Bahia e, no primeiro contra-ataque dos mineiros, a bola foi cruzada por Marlon mas Marcos Felipe desviou pra dentro do gol: 2x0.

O Bahia fez 4 substituições de vez mas o time continuou mal. Mesmo assim, teve uma boa cabeçada de Everaldo, uma chegada com Ademir e outra com Ratão, mas o goleiro cruzeirense salvou. Teve também um bom chute com Gilberto.

Os contra-ataques do time mineiro continuavam perigosos e, depois de um bom chute de Bruno Rodrigues, ele mesmo, em outro lance, aproveitou uma bola passada no meio do nosso sistema defensivo e marcou o terceiro gol meio que “de joelho”.

9 - Marcos Felipe estava mal posicionado no lance do primeiro gol, fez “gol contra” no segundo e não teve reflexo no terceiro. A nossa zaga e laterais voltaram a passar insegurança, os volantes estavam perdidos, sem poder de marcação, Cauly e Biel bem marcados, não renderam, Thaciano não criou nada. As mudanças de Rogério não surtiram efeito. Que dia pra esquecer…

10 - Não há tempo para lamentações, afinal sábado tem Palmeiras fora de casa e o pior é que o time paulista goleou o São Paulo e vai com toda motivação. Além disso, a ausência de Cauly é certa (contundido e suspenso) e, pelo futebol apresentado neste jogo contra o Cruzeiro, a perspectiva é muito ruim, mas vamos que vamos. 

No futebol muitas vezes o imponderável acontece. Antes do jogo contra o Cruzeiro, o cenário nos parecia favorável e acabou dando tudo errado. Para o jogo contra o Palmeiras, o cenário está desfavorável, mas quem sabe se tudo não dá certo?

Não podemos perder a fé…

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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