quarta-feira, 12 de julho de 2023

Dez observações sobre Grêmio 1(4)x(3)1 Bahia

Tricolor baiano saiu na frente com gol de Everaldo
Foto: Felipe Oliveira | ECB

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - De cabeça erguida! Estamos eliminados da Copa do Brasil, mas a boa atuação do Bahia, que jogou de igual para igual contra o Grêmio nas duas partidas, foi surpreendente. Perdemos na “loteria dos pênaltis” e a esperança agora é melhorar o desempenho no Brasileirão para que possamos pelo menos nos manter na primeira divisão.

2 - Nunca é demais lembrar: o mestre Evaristo de Macedo sempre falava: “Não mantenha jogador ruim no elenco, pois a qualquer momento você vai ter que usá-lo e ele vai te decepcionar”. O Bahia insiste em manter o lateral Cicinho e ele, nessa partida, foi driblado igual a uma criança no gol do Grêmio e, de quebra, perdeu o pênalti na disputa inicial, contribuindo negativamente para a derrota.

É verdade que, nas cobranças alternadas, quem perdeu o último pênalti foi Gabriel Xavier, mas o zagueiro fez grande jogo e tem crédito, sem contar que, quando ele perdeu, a pressão estava bem maior do que quando Cicinho perdeu.

3 -
Partida começou com atraso de 1h e 5 minutos devido ao temporal que caiu em Porto Alegre, mas a drenagem da Arena do Grêmio demonstrou ser excelente e o jogo transcorreu normalmente.

4 - Nos jogos anteriores contra o Bahia na Fonte, o Grêmio ficou esperando e saía nos contra-ataques mas, na casa deles, teve que ir pra cima. Com um sistema defensivo pesado, o time gaúcho tinha dificuldade na recomposição.

5 - A forte pressão que se esperava do Grêmio não foi tão eficiente assim, pois o Bahia estava bem postado defensivamente e, de certa forma, sofreu pouco e também assustou o adversário.

Atacante Everaldo marca pela segunda vez na Copa do Brasil.
Foto: Jhony Pinho | AGIF

6 - O time gaúcho, no primeiro tempo, teve um chute de Reinaldo pra fora e, nas bolas aéreas, aproveitando erro de posicionamento da nossa zaga, teve bons momentos, como numa jogada em que Marcos Felipe fez defesaça, num desvio de cabeça de Carvallo. 

A cabeçada do zagueiro Bruno Alves também teve muito perigo. O Bahia, mesmo tímido, teve um chute com Kayke e uma chance de outro desperdiçado por Everaldo, que chutou na zaga. Depois o Grêmio quase marca com uma cabeçada de Bruno Uvini.

7 - O lance determinante do primeiro tempo foi o pênalti para o Grêmio, batido por Cristaldo e muito bem defendido por Marcos Felipe. Daí em diante a confiança do Bahia aumentou e Everaldo, que fazia péssima partida, acertou um chutaço no ângulo e fez 1 a 0.

8 - Na segunda etapa, logo no início Cicinho falhou e Bitelo deu um chute rasteiro com perigo. Bahia respondeu com Kayke chutando fraco após tabela. O Grêmio desfez o esquema com 3 zagueiros e foi pra cima. Gabriel Xavier tirou um gol, certo. Num outro lance, Marcos Felipe, adiantado, fez defesaça numa cabeçada de Suarez.

O Bahia acertou duas vezes a trave com Ademir e Mugni e o Grêmio também acertou uma. O gol do Grêmio foi numa jogada em que Cicinho foi driblado por Ferreirinha, que cruzou pra trás e Villasanti desviou para marcar. Nos pênaltis iniciais foi 4 a 4, e nos alternados o Grêmio foi mais feliz.

9 - Marcos Felipe fez grande jogo, melhor em campo; nossa zaga foi muito bem no “um conta a um” e na bola no chão. Porém, no jogo aéreo teve desempenho tenebroso (temos que agradecer a DEUS por não ter tomado gols em cruzamentos). Acevedo, apesar de perder um pênalti na disputa, foi um monstro, desarmando e armando com muita eficiência. Cauly foi bem enquanto teve fôlego.

Everaldo errou muito, mas fez um golaço nos 90 minutos e um nos pênalti (ficou com crédito); Cicinho tomou um passeio de Ferreirinha inclusive no lance do gol de empate, e ainda perdeu um pênalti na disputa (esse rapaz não tem condições de continuar no Bahia). Ademir foi muito bem e levou muito azar por não ter feito gols.

10 - Nesta partida, o Bahia, no geral, teve desempenho que poderia ter dado a classificação, mas nosso treinador, até quando o time vai bem, acaba pisando na bola. Não reforçar a lateral direita quando Ferreirinha entrou, mantendo o “morto” Cicinho, foi uma mancada. Sem contar que ele ainda optou logo por colocar Cicinho e Gabriel Xavier pra bater pênalti, mesmo tendo um especialista em campo (Mugni).

Renato Paiva vem cometendo erros capitais ao longo do ano, conseguiu ganhar apenas o fraquíssimo Baianão e, segundo ele, no Brasileirão o objetivo é apenas não cair. No momento o Bahia é porteiro da zona e terá que melhorar muito o desempenho para que o final do ano não seja trágico para o clube com a queda para a segunda divisão.

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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