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Fotos: Felipe Oliveira | ECB |
Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia
1 - Faz o Pix, sua "lá ela" - Com todos os ingredientes de emoção, batemos o Santos nos pênaltis e estamos nas quartas de final da Copa do Brasil. Poderíamos ter liquidado a fatura durante os 90 minutos. Fizemos 1 a 0, tivemos chances de ampliar, mas tomamos o gol de empate no “apagar das luzes”.
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Durante a disputa de penalidades máximas, poderíamos ganhar sem que o último pênalti fosse cobrado, mas Ademir perdeu o dele e, caso o Santos fizesse, iríamos para as cobranças alternadas. Mas justamente o cara que fez o gol de empate do Santos nos 90 minutos, o tal Mezenga, acabou cobrando e Marcos Felipe, que tinha defendido um, defendeu este também. Um pênalti de 4 milhões de reais…
2 - Não podemos deixar de admitir que, este ano, nosso time vem mal das pernas, porém, nessas oitavas, jogamos bem os dois jogos e a classificação foi merecida. Pela lógica, apresentamos um futebol pra bater o Santos duas vezes, mas passamos na “loteria” dos pênaltis. Futebol tem dessas coisas.
3 - Nosso time entrou pilhado e focado nessa decisão, tanto que perdemos, por contusão, dois dos poucos jogadores que rendem nesse elenco (Jacaré e Biel) e o time não sentiu; tomamos o gol de empate no final e tivemos maturidade e controle emocional pra vencer nos pênaltis.
4 - O espírito de decisão foi tão grande que até jogadores que não vinham rendendo nada jogaram muita bola, como Cicinho, que pela primeira vez jogou bem defensiva e ofensivamente; Everaldo, que não fez gol mas deu duas assistências e até o questionado goleiro Marcos Felipe, que defendeu duas penalidades máximas.
5 - A partida no primeiro tempo foi truncada, com muitos erros de passe. Bahia afobadíssimo nos lances e o Santos devagar quase parando.
6 - Antes de sair, Jacaré roubou uma bola e passou pra Everaldo, que girou mas chutou fraco. Na sequência, Biel faz um golaço, dominando no alto e chutando no ângulo, mas o lance foi acertadamente anulado pelo VAR (impedimento).
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7 - O Santos parecia deixar o tempo passar sem se preocupar em atacar, mas teve um cruzamento rasteiro muito perigoso. Depois Soteldo recebeu, entrou na áreas mas chutou pra cima.
8 - No segundo tempo, o jogo melhorou e fomos muito superiores. Criamos chances, como num chute de Everaldo após receber de Cauly; chegamos ao gol numa bola em que Everaldo roubou na linha lateral, cruzou, Ademir perdeu de cabeça e na sobra Cauly dominou e bateu no canto.
Poderíamos ter liquidado num contra-ataque em que Ademir deveria servir a um colega mas acabou chutando mal, e fomos castigados com o gol de empate no último minuto, numa cobrança de escanteio em que o atacante do Peixe mandou de cabeça pro gol. Falha recorrente no nosso time essa bola “parada” alçada na área. Na loteria dos pênaltis fomos mais felizes e ganhamos, o que contemplou o time que foi superior nas duas partidas.
9 - Cicinho entrou pilhado e finalmente fez boa partida. Biel, até sair, estava muito também, assim como Jacaré. Acevedo foi o dono do meio-campo, desarticulando as investidas santistas e dando bons passes nas transições. Ryan, embora errasse quase sempre o último passe, ocupou bem a ala esquerda. Resende muito bem. Cauly errou alguns passes, mas fez um gol nos 90 e nos pênaltis e merece destaque.
Marcos Felipe pegou dois pênaltis e, ao se dirigir para a disputa, demonstrou uma raça e determinação que contagiaram jogadores e torcedores. Ademir botou fogo no jogo, mas errou demais. Perdeu um gol de cabeça, felizmente concluído por Cauly, deixou de dar um passe pra deixar um colega de cara pra fazer o segundo gol nosso e ainda perdeu um pênalti na disputa. Seria execrado se o time não se classificasse
10 - A torcida novamente deu um show, empurrando o time, dando injeção de ânimo quando ele precisou, principalmente nas saídas de jogadores importantes por contusão e nas cobranças de pênaltis. A participação do torcedor e a disposição do time nesse jogo nos fazem sonhar com uma campanha melhor ainda nessa competição, que é mata-mata e muitas vezes possibilita que um time que tem uma estrutura menor em termos de história, financeiro e de elenco supere um considerado maior.
Vamos, com os pezinhos no chão, acreditar, vamos torcer, vamos mentalizar. Pra gente o que vier agora é lucro. Somos franco-atiradores mas temos nome, temos história, temos mística e devagarzinho, pelas beiradas, podemos surpreender.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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