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Fotos: Felipe Oliveira | ECB |
Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia
1- Pecou pela competência - Mesmo sem jogar tão bem, por tudo que aconteceu nessa partida em que perdemos para o Botafogo por 2x1 em plena Fonte Nova merecíamos no mínimo um empate, mas a falta de qualidade na decisão de jogadas definiu o jogo a favor do time carioca, que pouco chutou a gol.
Poderíamos ter liquidado a fatura no primeiro tempo, mas gols perdidos, principalmente por Ademir, impediram um melhor resultado. No confronto entre dois treinadores portugueses, infelizmente Luiz Castro ganhou de Renato Paiva.
2 - Bahia começou em alta velocidade com bolas em profundidade, explorando os alas Jacaré e Chávez.
3 - Cauly, movimentando-se bastante, era nosso principal articulador. O Botafogo bem postado tentava armar contra-ataques, mas não conseguia nada.
4 - As primeiras conclusões a gol do Bahia foram tranquilas para o time carioca: Chávez cruzou, Everaldo cabeceou e o goleiro pegou sem dificuldade. Depois, Jacaré cruzou, Everaldo dominou mas chutou fraco para defesa do arqueiro. Cauly entrou em velocidade, cortou pro meio mas chutou travado.
5 - Ademir desperdiçou na sequência duas chances claras. Na primeira, recebeu livre de Cauly na área mas chutou pra cima; na outra, entrou pela direita e chutou fraco quando poderia passar pra Chávez, que entrava livre. Poderíamos ter feito dois gols nesses lances.
6 - Como diz o ditado: “Quem não faz toma” e, no único ataque perigoso do Botafogo no primeiro tempo, Júnior Santos arrancou, trocou passes e chutou mascado. A bola resvalou em Chávez e ganhou o fundo das redes: 1 a 0 Botafogo, placar injusto naquele momento.
7 - O Bahia sentiu o gol e o Botafogo começou a se soltar. Mesmo assim, conseguimos o empate ainda no primeiro tempo numa articulação de Cauly, que lançou Chávez e este cruzou para Jacaré na direita. Jaca cortou pro meio e fuzilou rasteiro, fazendo 1 a 1.
8 - No segundo tempo, o ritmo da partida caiu mas ainda criamos algumas oportunidades, sem sucesso: Cauly chutou da entrada da área e o goleiro pegou. Biel recebeu na corrida e chutou forte mas o goleiro botafoguense fez defesaça.
Tivemos outra oportunidade com Kayke, que chutou mal. O Bota chutou 3 bolas, uma no pé da trave, outra num chute de longe com boa defesa de Marcos Felipe e a do gol, numa troca de passes na frente da nossa área, com Diego Rosa só olhando, que Tchê Tchê concluiu e fez.
9 - Mais uma boa partida de Jacaré e dessa vez com direito a gol. Sem dúvida ele é RUIM MAS É BOM. Quem é contra o cara tem que bater palmas e reconhecer a utilidade do atleta. David Duarte finalmente fez uma boa partida com a camisa do Bahia.
Chávez fazia boa partida mas acabou sendo driblado e desviando a bola pra dentro do gol. Redimiu-se com o cruzamento para o gol de empate. Ademir é liso, dá muito trabalho, mas concluiu mal os lances e, pra mim, foi um dos grandes responsáveis pela derrota. Cauly jogou bem o primeiro tempo, assumindo a responsabilidade na armação das jogadas.
No segundo, caiu muito. Acevedo, sacado do primeiro jogo por ser “inexperiente”, fez boa partida. Mas a entrada do fraco Diego Rosa, que não marca ninguém, foi determinante para tomarmos o segundo gol, pois, repetindo, ele assistiu a jogadores do Bota trocar passes e chutar na frente da nossa área.
10 - Começo preocupante. Dois jogos e duas derrotas. Isso não acontecia no Brasileirão desde 1980, há 43 anos. Num campeonato difícil como esse, não podemos dar tanta chance para o azar e desperdiçar oportunidades que aparecerem, pois, mais do que nunca, a bola pune.
Nossa defesa, cuja zaga tinha melhorado individualmente no final do Estadual, está muito vulnerável taticamente, principalmente quando o atacante adversário sai para fazer o chamado “um-dois”, o trabalho de pivô.
Por outro lado, tem que ver por que jogadores do Bahia estão se gripando tanto a ponto de não poder jogar, como aconteceu com Biel, que ficou de fora do jogo passado e hoje só entrou no segundo tempo, e com atletas como Vitor Hugo e Thaciano. Enfim, muitos ajustes precisam ser feitos pois o carro está andando, descendo a ladeira, e os pneus precisam ser trocados…
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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