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Foto: Unicef | ONU |
Celebrado neste domingo, 2, o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é lembrado com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o transtorno do espectro autista (TEA). A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, para promover a compreensão e aceitação das pessoas autistas em todo o mundo.
A integração precoce também pode ajudar a reduzir o isolamento social e a solidão, que são comuns em pessoas com transtorno do espectro autista. Com a ajuda de um terapeuta ou educador especializado, as crianças autistas podem aprender a se comunicar e interagir com os outros, o que pode melhorar significativamente sua qualidade de vida.
O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é uma oportunidade para educar a sociedade e para promover a inclusão e o respeito pelas pessoas com transtorno do espectro autista. A conscientização sobre o autismo, a importância do diagnóstico precoce e socialização podem ajudar a melhorar a vida das pessoas autistas e suas famílias.
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Foto: Pixabay |
Origem e causas do autismo
O autismo é um transtorno complexo e a origem do mesmo não é completamente conhecida, porém as pesquisas na área estão em constante evolução. Sabe-se que tanto a genética quanto os fatores ambientais podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento do autismo.
De acordo com um estudo publicado no Journal of the American Medical Association, a herança genética é responsável por cerca de 80% dos casos de autismo. No entanto, fatores ambientais também podem ser contribuintes, tais como complicações durante a gravidez, infecções durante a gestação, desequilíbrios metabólicos e exposição a substâncias tóxicas.
Pesquisas recentes também sugerem que o microbioma intestinal pode ter um papel importante no desenvolvimento do autismo. Alguns estudos apontam para a possibilidade de uma relação entre o desequilíbrio da flora intestinal e o aparecimento dos sintomas do autismo.
No entanto, ainda são necessárias mais pesquisas para entender melhor as causas do autismo e a relação entre os fatores genéticos e ambientais no seu desenvolvimento.
Tipos e graus de autismo
O autismo é um distúrbio do desenvolvimento que afeta a comunicação e interação social, apresentando diferentes tipos e graus de comprometimento. Entenda as principais características de cada tipo e grau de autismo:
Autismo Clássico - Pessoas com autismo clássico tendem a ser voltadas para si mesmas, têm dificuldade em estabelecer contato visual e se comunicam de forma não convencional. Além disso, têm dificuldade em compreender metáforas e enunciados simples e, em alguns casos, podem apresentar deficiência mental significativa.
Síndrome de Asperger - Indivíduos com Síndrome de Asperger apresentam dificuldades semelhantes de comunicação e interação social, mas em um nível mais leve. Eles costumam ser muito inteligentes e podem ser considerados gênios em áreas específicas.
Distúrbio Global do Desenvolvimento sem outra Especificação - Pacientes com esse distúrbio são considerados dentro do espectro autista devido às dificuldades de comunicação e interação social, mas não se encaixam nas categorias anteriores, o que torna o diagnóstico mais difícil.
Autismo Grau 1 (leve) - Indivíduos com autismo leve apresentam maior independência e conseguem realizar tarefas do dia a dia com facilidade. No entanto, têm dificuldade em iniciar ou manter interações sociais, problemas em se expressar, comportamentos repetitivos e restritos, dificuldade em mudar de atividade, problemas de organização e planejamento.
Autismo Grau 2 (moderado) - Os sintomas são mais evidentes no autismo moderado. Esses pacientes precisam de suporte moderado para desempenhar atividades, apresentam maior dificuldade de socialização, podem ou não se comunicar verbalmente, não fazem contato visual, possuem comportamentos repetitivos mais complexos e seguem uma rotina rígida.
Autismo Grau 3 (severo) - Pacientes com autismo grave geralmente possuem pouca autonomia, precisam de apoio constante para realizar atividades diárias e têm graves déficits de comunicação e interação social. Em alguns casos, não conseguem se comunicar verbalmente e necessitam de um mediador para isso. Eles apresentam extrema dificuldade em lidar com mudanças, comportamentos repetitivos e extrema fixação em interesses restritos. É comum a associação com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Autismo regressivo - Também existe o autismo regressivo, que é quando crianças com autismo apresentam um desenvolvimento normal, mas, com o passar do tempo, perdem habilidades linguísticas e sociais adquiridas anteriormente.
O autismo é um distúrbio que apresenta diferentes manifestações, e o tratamento deve ser individualizado de acordo com as necessidades de cada paciente. Por isso, é importante um diagnóstico precoce e uma intervenção adequada para minimizar os impactos na vida da pessoa e de sua família.
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Um comentário:
Muito legal está iniciativa.
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