Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia
1 - FORA DE CASA É ASSIM — Pela oitava vez seguida, o Bahia não conseguiu vencer fora dos seus domínios e, neste jogo contra o Juventude, apesar de sair na frente, acabou cedendo o empate e por pouco não perdeu, pois o time gaúcho empilhou chances para virar, teve gol anulado e, se não fosse a grande atuação do goleiro Ronaldo, poderíamos amargar mais uma derrota. Nossa atuação no segundo tempo foi catastrófica.
2 - Ronaldo fez pelo menos cinco defesas difíceis, o que garantiu o empate. É verdade que nós também perdemos oportunidades, numa delas com vários chutes cara a cara mas não convertemos. No geral o empate acabou sendo justo, mas, se alguém tivesse que vencer, com certeza seria o Juventude.
3 - O lance do gol que perdemos no segundo tempo foi ridículo, tivemos 3 chances de fazer o gol, mas demos chutes bizarros, com Tiago, Ademir e Gilberto.
4 - O Bahia só teve poder de criação enquanto Éverton Ribeiro esteve em campo, com ele fazendo uma grande apresentação. Quando saiu não criamos praticamente nada e tomamos sufoco.
5 - Na reta final da partida o Juventude nos engoliu fisicamente, demonstrando também muito mais apetite para vencer, correndo mais, jogando bem melhor. Ficamos apenas nos contra-ataques.
6 - Incrível como, quando um jogador do Bahia é convocado para a Seleção Brasileira, ele para de render. A queda de Jean Lucas e Juba após vestir a “amarelinha” é algo que salta aos olhos. E olhe que Ancelotti nem colocou Juba pra jogar… Neste jogo contra o time de Caxias do Sul ele demonstrou insegurança defensiva e errou lances no ataque, inclusive desperdiçando também uma chance clara de gol após receber lançamento primoroso de Éverton Ribeiro e se enrolar todo com a bola.
7 - Nossa zaga, com Kanu e Gabriel Xavier, teve péssima atuação, dando vários moles, permitindo sempre a conclusão de jogadas dos adversários, chegando atrasada nos lances, com marcação frouxa etc. Há muito tempo não via uma atuação tão fraca de zagueiros do Bahia. Se não fosse a boa proteção de Acevedo a situação seria pior.
8 - Bahia começou tendo o controle das ações até mais ou menos 15 minutos, com boas articulações de Éverton Ribeiro, acionado bem Ademir, que descia com perigo. O próprio Éverton deu um chute muito perigoso e a bola bateu na rede pelo lado de fora. Daí o Juventude melhorou, chegou a dar uma cabeçada que Ronaldo defendeu, mas, numa descida rápida, o Bahia abriu o escore com Ademir cortando para o meio e batendo no canto. O time gaúcho foi para cima e chegou ao empate logo depois, num mole duplo de Gilberto e Gabriel Xavier, com Taliari girando e empatando. Tivemos uma boa cobrança de falta de Juba que o goleiro defendeu e eles um chute de longe que Ronaldo fez a intervenção. Até o final da primeira etapa o time gaúcho já estava melhor.
9 - Segunda etapa começou e Rodrigo Nestor deu logo um chute de longe, o goleiro bateu-roupa e Pulga, com fraca atuação, não conseguiu concluir a gol. Depois eles fizeram um golaço de bicicleta, mas no lance houve um impedimento e o VAR acertadamente acionou a arbitragem, que anulou. Numa bola na nossa área, a zaga assistiu e um atacante deles desviou, com Ronaldo fazendo grande defesa; num outro lançamento na nossa área, Gabriel Xavier perdeu o tempo de bola e ia ser gol, mas nosso arqueiro defendeu de novo; Gilberto marcava mal e de novo, do lado dele, saiu outro cruzamento, com cabeçada ao gol, e nosso paredão fez outra intervenção difícil; parecia que não tínhamos zagueiros, pois todos os lances na área o Juventude concluía e teve outra cabeçada no primeiro pau que Ronaldo fez defesaça. Na sequência teve o lance do nosso gol perdido de forma bizarra. No finalzinho, contragolpe rápido do Juventude, a bola é tirada em cima da linha por Gabriel Xavier, que dessa vez se redimiu um pouco da péssima atuação.
10 - PRÉ-LIBERTADORES — Ainda bem que já estamos garantidos na Pré-Libertadores, pois, com esse rendimento fora de casa, dificilmente iremos direto à fase de grupo da competição continental e talvez só ficássemos na Sula. Agora temos dois jogos finais e a esperança é que possamos encerrar nossa participação de forma digna, vencendo o lanterna Sport na Fonte Nova e finalmente ganhando o Fluminense fora, o que é praticamente impossível. Afinal, temos que reconhecer que o Esquadrão é um time “caseiro”, não tem jeito.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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