sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Análise: dez observações sobre Vitória 2x1 Bahia

Análise: dez observações sobre Vitória 2x1 Bahia

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - TIME CASEIRO —
Temos que admitir: o Bahia só rende mesmo em casa. Na Fonte Nova, bate até em times que estão brigando pelo título, como Flamengo e Palmeiras. Mas, fora dela, perde até para times que estão lutando para não cair, como aconteceu nesta partida contra o rival, quando perdemos merecidamente por 2 a 1.

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2 - E contra o time do Aterro Sanitário, na casa deles, geralmente, além de não vencer, atuamos mal, sem esboçar reação, sem levar em conta o clima do jogo, cometendo erros bobos. Nas últimas cinco partidas em Canabrava, jogamos bem um tempo de um jogo e um tempo de outro jogo, ainda assim, perdemos um deles e empatamos o outro. Os outros jogamos mal e perdemos.

3 - Em clássicos, existem alguns detalhes que a gente tem que levar em consideração: há jogadores que crescem e outros que caem nesses jogos, ou dão azar. Resende é um desses jogadores que não acertam em Bavis. Foi expulso em dois, contribuindo negativamente para o time, e neste jogo agora cometeu uma falha bizarra no segundo gol dos caras, quando tentou interceptar e acabou deixando a bola escapar “dando um passe” para Cáceres fazer o segundo gol. E Rogério insiste em utilizá-lo nos Bavis.

4 - O pior é que o Caceres chutou mal, Ronaldo ia pegar mas o montinho artilheiro desviou para o gol. Até nisso Resende dá azar…
 

5 - E Rogério, além de escalar Resende no Bavi, colocou improvisado como lateral esquerdo, onde em vários jogos anteriores ele cometeu falhas terríveis. Nosso treinador pagou pra ver e viu. O pior é que ele improvisou a lateral justamente após Borducchi ter feito boa partida contra o Flamengo. Não dá para entender, nosso treinador gosta de inventar.

6 - Outro vacilo terrível foi o pênalti cometido por Arias, num lance bobo, que originou o primeiro gol do time de Canabrava. Foi todo atabalhoado para a bola e ela acabou tocando na mão dele, num lance em que, se a bola passasse, nossa defesa certamente tiraria, pois não geraria perigo algum. A interpretação do árbitro dando o pênalti foi perfeita.


Em outro lance, porém, o juizão Daronco, o bandeirinha e o VAR fizeram vista grossa para a agressão de Baralhas a Tiago, com uma cotovelada (caso claro para expulsão direta, mas não aconteceu nada).

7 - Com muito mais disposição e vontade que o Bahia, o time de Canabrava, logo no começo, explorou nossa lateral esquerda, mal ocupada por Resende, e quase fez 1 a 0 com Caceres, mas Ronaldo fez boa defesa; depois, nas costas da nossa lateral direita, eles deram um chutaço e Ronaldo, de mão trocada, fez outra grande intervenção; respondemos com um chute de longe de Jean Lucas, que o goleiro deles defendeu com tranquilidade; depois teve o lance ridículo do pênalti cometido por Arias, convertido por Renato Kaiser; após o gol, o Bahia acordou e chegou ao empate com Tiago, aproveitando um passe de Acevedo, que tinha feito grande jogada.


8 - Bahia começou até um pouco melhor o segundo tempo, mas quase toma logo o segundo, quando Dudu entrou pelo meio da área e chutou e Ronaldo fez grande defesa com o pé; ademir recebeu na corrida, entrou na área e chutou para defesa goleiro deles; eles fizeram o segundo no vacilo de Resende que Caceres aproveitou; depois Dudu perdeu outra chance após cruzamento; tivemos dois bons chutes de fora, e um cruzamento de Ruan Pablo, com a bola quase entrando após desvio.

9 - Ronaldo fez um bom jogo; Arias errou muito, assim como Resende; a zaga deu alguns moles; Jean Lucas, após ir pra seleção, está devendo; Nestor, fraco; no ataque só Tiago de depois Ruan Pablo se salvaram; Ademir e Sanabria, até por não ter apoio dos laterais, foram discretos. Cauly, o mesmo de sempre; Kayke e Michel Araújo, com baixo rendimento.

10 OUTRO PATAMAR  Se o Bahia pretende mudar o patamar depois que virou SAF, alcançando melhores colocações, disputando realmente para vencer campeonatos de porte maior, não pode continuar a ter no elenco jogadores como Resende, o próprio Yago Borducci e outros, pois são atletas limitados, cujo desempenho não atinge o nível que desejamos para nosso elenco. Caso nosso clube continue a ter profissionais com capacidade limitada, não conseguiremos alcançar os voos maiores que tanto desejamos e, para piorar, vamos tendo decepções como essa, perdendo jogos para times que estão na “zona” e que passam a competição inteira tentando não cair. Como diz Evaristo de Macedo: “Não mantenha jogador ruim no elenco, pois uma hora você vai utilizá-lo ele vai decepcionar”.

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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