Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia
1 - TÍTULO COM A “ESTRELA” — Com grande influência da famosa “estrela tricolor”, que ao longo da nossa história sempre aparece nos momentos mais difíceis, conseguimos vencer o Campeonato Baiano de 2025, ganhando bem do rival no primeiro jogo da decisão, mas jogando “pedra em santo” nesse segundo. Estávamos perdendo e conseguimos o empate no finalzinho, quando tudo levava a crer que o time de Canabrava chegaria ao segundo gol e levaria a partida para os pênaltis. Pelo conjunto dos dois jogos, o título foi merecido e ficou em boas mãos. Temos que comemorar muito porque não foi fácil.2 - O Bahia teve uma atuação desastrosa nesse segundo jogo e só não perdeu por 1, 2 ou até mais porque o goleiro Marcos Felipe estava numa tarde inspirada, fez grandes defesas e nos salvou. Não foi à toa que foi escolhido o”'melhor em campo”.
3 - Costumo dizer que Marcos Felipe é um goleiro 50%. Metade dos jogos vai bem, metade vai mal ou passa insegurança. Para azar do “time da granja”, nesse jogo nosso goleiro estava nos 50% positivos e foi o grande responsável por conseguirmos o empate, mesmo com o time jogando tão mal. O gol que tomou até parece falha, mas a tentativa de desvio do centroavante galináceo matou qualquer chance de defesa de Marcos Felipe. Na realidade, a bola não toca no centroavante mas atrapalha a ação do nosso goleiro. Além de grandes defesas, Marcos Felipe ainda fez a reposição rápida para Juba, que passou para Kayke empatar o jogo.
4 - Rogério Ceni mais uma vez provou que ainda tem muitas limitações como treinador, foi completamente envolvido por nosso adversário, utilizando linhas de marcação muito baixas, sem ter qualquer tipo de saídas ou transição, facilitando as coisas para o rival. O pior é que essa situação permaneceu durante todo o jogo, notadamente no segundo tempo. Rogério, taticamente, não tirou proveito algum de ter feito uma boa vantagem na primeira partida, abrindo mão de atacar e tomando sufoco. O adversário não é essa coca-cola toda, tanto que, quando atacamos no final, mesmo com menos um, chegamos ao gol de empate.Claro que a culpa da má atuação não foi só de Rogério. Vários jogadores não renderam nada, como Éverton Ribeiro, William José, Pulga, Ademir, dentre outros. Cauly entrou, também não fez nada e ainda foi expulso por agredir um adversário.
5 - Ainda em relação à primeira partida, um recadinho para Lucho Rodríguez: pênalti não se perde; numa decisão, então, pode causar consequências desastrosas e, se a decisão for contra o rival, isso piora. Da próxima vez, pelo amor de DEUS, não telegrafe a batida, não perca, capriche. Aquele pênalti perdido por pouco não nos faz perder esse título.
6 – Não só pelo gol que fez, empatando o jogo, a participação de Kayke foi importantíssima. Entrou, catimbou, provocou a paralisação do jogo quando nosso adversário pressionava muito e foi importantíssimo na reta final. Sem contar que marcou mais um gol no clássico e está se notabilizando como um amuleto em Bavis. A comemoração, novamente imitando uma galinha, foi a cereja do bolo para continuar nas graças da torcida.
7 - A torcida, jogadores e comissão técnica do time do Lixão precisam ter mais esportividade. Ano passado os seus jogadores provocaram a Nação Tricolor em todos os jogos na Fonte Nova (Osvaldo tirou a bandeirinha e simulou uma pescaria quando fez um gol e, na comemoração do título eles foram pra perto onde se concentra a Bamor e ficaram zoando). Nenhum jogador ou membro da comissão técnica do Esquadrão fez nada. Agora, como demos o troco imitando galinha e, no caso de Marcos Felipe, mostrando a camisa para a torcida deles, imediatamente eles provocaram confusão, queriam nos agredir etc. “Quem não gosta de brincar não desce para o Play”.
8 - O panorama do primeiro tempo foi o “time da estrela da Shopee” com a posse de bola, tentando articular algo e o Bahia bem postado se defendendo bem. O problema era que, quando tomava a bola, o Tricolor não conseguia articular nada, perdendo facilmente a posse. Os 3 zagueiros do Esquadrão estavam muito bem, principalmente Mingo, que chegou a salvar um gol certo num chute de Wellington Rato na área. Só Gabriel Xavier que parecia um pouco nervoso com as jogadas de Janderson em cima dele, chegando a tomar um amarelo desnecessário. Nosso adversário, nessa primeira etapa, além do chute que foi salvo por Mingo, teve uma bola na trave, num desvio de cabeça de Mateuzinho, e dois chutes fracos de longe que Marcos Felipe pegou tranquilamente. Nosso goleiro também precisou dar uma saída providencial e salvar um lançamento na nossa área. O Bahia não criou nada. Só Ademir tentou algo mas sem evolução.
9 - Na segunda etapa, o Bahia recuou mais ainda suas linhas, os laterais adversários sempre pegavam as segundas bolas e avançavam livremente. Nós tomamos um verdadeiro sufoco. Na bola aérea nosso time pecou também, e duas vezes Janderson quase marca, mas Marcos Felipe pegou firme. Teve um giro de Fabri, que chutou para outra defesa do nosso goleiro. Time das aves fez 1 a 0 num cruzamento de Claudinho que Carlinhos nem chegou a tocar de cabeça e a bola ganhou o fundo das redes; quase desempataram num chute de Baralhas de dentro da área. Mas, no “apagar das luzes”, Marcos Felipe repôs rápido, passou a Juba, que rolou para Kayke dominar, abrir espaço e chutar ao gol, contando com o desvio na zaga para empatar o jogo.
10 - OBJETIVOS — O título do Baianão é o segundo objetivo alcançado com sucesso este ano. O primeiro foi chegar à fase de grupos da Libertadores. Rogério Ceni e os jogadores têm o grande mérito nisso, não resta dúvida. Mas nosso treinador precisa tirar proveito das dificuldades que teve para obter esses êxitos. Nosso time precisa caprichar em finalizações e não jogar recuado demais, permitindo que o adversário, mesmo inferior, comande as ações. Precisamos ter mais ousadia e confiar no nosso potencial.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
Siga o Blog P. da Notícia nas redes sociais: YouTube, WhatsApp, Insta, Twitter e Facebook. Ative as notificações, interaja e esteja sempre atualizado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário