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Foto: Shutterstock |
O Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2024 foi concedido nesta segunda-feira, 7, aos cientistas norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun pelas pesquisas que eles fizeram sobre microRNA e seu papel "na regulação genética pós-transcricional", um processo fundamental para o desenvolvimento das células do nosso corpo.
Ambros, de 70 anos, é biólogo e professor de Medicina Molecular na Universidade de Massachusetts (EUA). Ruvkun, de 72 anos, é biólogo molecular e atua como professor de Genética da Escola de Medicina da Universidade Harvard.
O trabalho da dupla ajudou a explicar como nossos genes funcionam dentro do corpo humano — e como isso dá origem aos diferentes tecidos e sistemas do organismo. Os vencedores, selecionados por uma assembleia do Instituto Karolinska da Suécia, dividem um prêmio no valor de 11 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 5,8 milhões).
De acordo com os responsáveis pela premiação, "a descoberta inovadora revelou um princípio completamente novo de regulação genética que se mostrou essencial para organismos multicelulares, incluindo humanos".
“Curiosamente, um único microRNA pode regular a expressão de muitos genes diferentes e, inversamente, um único gene pode ser regulado por vários microRNAs, coordenando e ajustando redes inteiras de genes”, disse o comunicado do Prêmio Nobel.
O que é o microRNA?
O corpo de um ser humano, com seus órgãos e tecidos, têm milhares de células. No entanto, ainda que todas carreguem informações idênticas, devido ao DNA ser o mesmo, elas expressam diferentes conjuntos únicos de proteínas. Uma célula na pele tem funções diferentes de uma célula no coração, por exemplo.
O mecanismo por trás disso é a regulação da atividade genética. A pesquisa encabeçada pelos ganhadores do Nobel amplia a compreensão de como isso se dá. Apresentado ao mundo científico pela primeira vez em 1993 em dois artigos publicados na revista científica Cell, o microRNA, responsável por esta tarefa, é uma pequena molécula de RNA (ácido ribonucleico) que regula a atividade genética.
Assim, cada microRNA influencia quais genes deverão estar ativos em determinada célula. Devido a esta ação fundamental foi possível que formas de vida mais complexas existissem.
Por outro lado, a regulação anormal pode causar consequências. Uma delas é o desenvolvimento de câncer. Já em casos de mutação, por exemplo, condições como perda auditiva congênita, distúrbios oculares e esqueléticos podem surgir.Vencedores anteriores do Nobel de Medicina
- 2023: Katalin Kariko e Drew Weissman, por desenvolver a tecnologia que levou às vacinas de mRNA contra a covid-19;
- 2022: Svante Paabo, por trabalhos sobre a evolução humana;
- 2021: David Julius e Ardem Patapoutian, por explicar como o corpo sente o toque e a temperatura;
- 2020: Michael Houghton, Harvey Alter e Charles Rice, pela descoberta do vírus da hepatite C;
- 2019: Sir Peter Ratcliffe, William Kaelin e Gregg Semenza, por descobrir como as células sentem e se adaptam aos níveis de oxigênio;
- 2018: James P Allison e Tasuku Honjo, por descobrir como combater o câncer usando o sistema imunológico do corpo;
- 2017: Jeffrey Hall, Michael Rosbash e Michael Young, por desvendar como os corpos mantêm um ritmo circadiano ou um "relógio biológico";
- 2016: Yoshinori Ohsumi, por descobrir como as células permanecem saudáveis e ao "reciclar" resíduos.
Por outro lado, a regulação anormal pode causar consequências. Uma delas é o desenvolvimento de câncer. Já em casos de mutação, por exemplo, condições como perda auditiva congênita, distúrbios oculares e esqueléticos podem surgir.Vencedores anteriores do Nobel de Medicina
- 2023: Katalin Kariko e Drew Weissman, por desenvolver a tecnologia que levou às vacinas de mRNA contra a covid-19;
- 2022: Svante Paabo, por trabalhos sobre a evolução humana;
- 2021: David Julius e Ardem Patapoutian, por explicar como o corpo sente o toque e a temperatura;
- 2020: Michael Houghton, Harvey Alter e Charles Rice, pela descoberta do vírus da hepatite C;
- 2019: Sir Peter Ratcliffe, William Kaelin e Gregg Semenza, por descobrir como as células sentem e se adaptam aos níveis de oxigênio;
- 2018: James P Allison e Tasuku Honjo, por descobrir como combater o câncer usando o sistema imunológico do corpo;
- 2017: Jeffrey Hall, Michael Rosbash e Michael Young, por desvendar como os corpos mantêm um ritmo circadiano ou um "relógio biológico";
- 2016: Yoshinori Ohsumi, por descobrir como as células permanecem saudáveis e ao "reciclar" resíduos.
*Com informações de agências internacionais
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