domingo, 22 de setembro de 2024

Análise: dez observações sobre Fortaleza 4x1 Bahia

Dez observações sobre Fortaleza 4x1 Bahia
Foto: Letícia Martins | ECB

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - Vergonha! Por mais que se admita que o Fortaleza tem um time mais bem armado que o Bahia, que o treinador deles é muito superior ao nosso, tomar uma goleada de 4 a 1 num clássico é motivo de muita chateação e vergonha, principalmente levando-se em consideração a forma passiva e conformista que o Bahia se comportou, o que facilitou o jogo para o adversário.

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2 - Enquanto o Fortaleza parecia pilhado por causa das últimas partidas ruins que fez e atuava com muita disposição e em alta velocidade, o Bahia demonstrava excessiva lentidão, quase “desinteresse” , e acabou perdendo num jogo em que, em momento algum, mereceu outro resultado que não fosse a derrota. Pra ser sincero, o placar foi até menor do que deveria ser.

3 - O pior é que o Fortaleza jogou com metade do time reserva e, mesmo tendo atuado num jogo duro contra o Corinthians pela Sul-Americana no meio de semana, foi superior durante todo o jogo, até mesmo quando ficamos com um jogador mais nos 10 minutos finais, chegando a tomar o quarto gol.

4 - Aquele toque de bola improdutivo e sem finalizações do Bahia voltou a ocorrer, o Fortaleza, quando roubava a bola, descia a 1000 por hora e nossos jogadores não conseguiam acompanhar.

5 - Várias vezes, no primeiro tempo, Marinho recebeu aberto na direita, passava como queria por Juba e outros marcadores, acabando por fazer o primeiro gol (cortando para o meio e batendo no ângulo). Antes já tinha obrigado Marcos Felipe a fazer grande defesa.


6 - Nem mesmo o gol de empate que fizemos, com um chutaço colocado de Everaldo da entrada da área, após passe de Cauly, viria a mudar o cenário pois Marinho recebeu de novo na direita, cortou para o meio e bateu no canto, fazendo 2 a 1. Marcos Felipe, pouco antes, havia feito grande defesa num chute de Pochettino.

7 - Incrível como as jogadas de Marinho se repetiam e nem Rogério, nem os próprios atletas do Bahia tomaram providências para estancar essa sangria. A coisa estava tão tranquila para Marinho que ele até poderia ter feito pelo menos mais dois, sendo que, numa dessas jogadas, Marcos Felipe fez grande defesa. Na segunda etapa, com a entrada de Resende, essa situação melhorou um pouco mas outras falhas aconteceram.

8 - Numa bobeira de Resende na área, a bola foi roubada e, quando Pochettino chutou, foi calçado por Caio Alexandre. Pênalti, corretamente assinalado com a intervenção do VAR. Na cobrança, Marcos Felipe até defendeu mas na volta Pochettino mandou para o gol. Mesmo com um a mais, pois José Welisson foi expulso, o Bahia sofreu o quarto gol, numa bola esticada por trás da nossa zaga e cruzada para Kaizer marcar. Fim do vexame!

9 - Marcos Felipe, apesar de tomar 4 gols, fez grandes intervenções e deu azar na hora do pênalti, cuja defesa acabou sobrando para o cobrador completar; a zaga, sem Kanu, foi uma baba; Juba fez a pior partida dele pelo Bahia, tomando um passeio de Marinho; do meio pra frente ninguém jogou nada: marcação falha e muito toquinho improdutivo. Everaldo pelo menos lutou; os outros nem isso.

10 - A gente nunca sabe o que esperar do Bahia. Quando não estamos tão confiantes, o time dá boa resposta; quando o time responde bem, a confiança volta e ele volta a decepcionar. A realidade é que falta de tudo um pouco para que o time mantenha uma regularidade positiva: tem horas que algum jogador não rende e nos prejudica ou o treinador faz alguma besteira e a coisa desanda; em outros momento, atletas que não passam confiança acabam surpreendendo positivamente, mas nosso treinador age de forma errada e bota tudo a perder ou surpreende escalando bem. É uma loucura o que acontece com nosso time. O Bahia, desde o fim do ano passado, quando surpreendeu e goleou o Atlético-MG na última rodada, livrando-se do rebaixamento, é o time mais imprevisível que existe. Capaz de perder o Baianão e o Nordestão, sendo eliminado por times inferiores, ou brigar pelo G6 do Brasileirão. Enfim, se o Bahia fosse uma novela, nunca saberíamos com antecipação as cenas dos próximos capítulos…

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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