terça-feira, 20 de agosto de 2024

Análise: revelando o jogo sobre Vitória 2x2 Cruzeiro

Alerrandro e Osvaldo comemoram gol do Vitória contra o Cruzeiro
Fotos: Victor Ferreira | ECV

O Vitória viveu uma noite de extremos na segunda-feira, 19, quando enfrentou o Cruzeiro no Barradão, em Salvador, num duelo válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro começou o jogo com uma postura agressiva e organizada, que parecia prometer um triunfo tranquilo. No entanto, uma expulsão e decisões questionáveis da arbitragem no segundo tempo acabaram comprometendo o resultado final, transformando o que poderia ser uma vitória sólida em um empate amargo por 2 a 2.

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Desde o apito inicial, o Leão demonstrou um futebol intenso, pressionando o Cruzeiro no campo de ataque e impedindo o adversário de criar. A volta de Matheusinho ao time titular trouxe a criatividade que faltou em jogos anteriores, especialmente nas combinações pelo lado direito com o lateral Willean Lepo. Essa parceria foi fundamental para que o time baiano controlasse as ações na primeira metade do jogo.

A estratégia de marcação alta do Vitória foi extremamente eficaz nos primeiros 20 minutos. O Cruzeiro parecia sufocado, incapaz de passar da linha de meio-campo com a bola dominada. Essa pressão rendeu ao time da casa uma sequência de finalizações perigosas e diversas oportunidades de bola parada, que foram bem aproveitadas por Filipe Machado, em cobranças de falta e escanteio.

O primeiro gol do Rubro-Negro surgiu de uma dessas situações. Em um escanteio cobrado por Filipe Machado, a bola sobrou para Luan, que finalizou de dentro da área. O chute acabou batendo na mão de Lucas Silva, resultando em um pênalti que Osvaldo converteu com frieza. O gol refletia o domínio do Rubro-Negro até então e parecia apenas o início de um triunfo tranquilo.

A confiança do Vitória se materializou em um segundo gol, novamente originado de uma jogada rápida e bem trabalhada. Em um contra-ataque veloz, Willean Lepo avançou pela direita e cruzou para a área. Após um corte errado da defesa do Cruzeiro, Alerrandro aproveitou a sobra e, em um lance de rara habilidade, marcou um golaço de bicicleta, ampliando a vantagem para 2 a 0.

Porém, o futebol é um esporte implacável, onde uma única falha pode alterar o destino de uma partida. E foi exatamente isso que aconteceu aos 37 minutos do primeiro tempo, quando o zagueiro Neris, em uma saída de bola desastrosa, perdeu a posse para Kaio Jorge e, na tentativa de corrigir o erro, cometeu uma falta dura que resultou em sua expulsão. A partir desse momento, o panorama do jogo mudou completamente.

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Com a expulsão, o técnico interino Estéphano Djian, substituto de Thiago Carpini que cumpria suspensão, foi forçado a reorganizar a equipe. A entrada de Edu no lugar de Alerrandro indicava uma postura mais defensiva, com o Vitória passando a jogar no 4-4-1, tendo apenas Matheusinho como referência ofensiva. No entanto, essa estratégia acabou sendo um tiro pela culatra no segundo tempo.

Na volta do intervalo, o Vitória tentou adotar uma postura mais agressiva com a entrada de Carlos Eduardo no lugar de Filipe Machado, mas as mudanças não surtiram o efeito desejado. A equipe perdeu o meio-campo e se viu pressionada pelo Cruzeiro, que passou a explorar os cruzamentos na área em busca de reverter o placar.

O desgaste físico e a falta de alternativas táticas claras acabaram sendo fatais. Aos 33 minutos, Dinenno, de cabeça, marcou o primeiro gol do Cruzeiro, aproveitando uma falha de marcação na bola aérea. E apenas cinco minutos depois, o mesmo Dinenno voltou a marcar, desta vez em um lance polêmico, onde os jogadores do Vitória reclamaram de duas possíveis faltas no início da jogada: um toque na mão de Matheus Henrique, do Cruzeiro, no domínio de bola na origem da jogada, além de um empurrão em Léo Naldi na área.

O empate, aos 38 minutos do segundo tempo, foi um balde de água fria para o Vitória, que parecia desorientado e sem forças para reagir. Ainda assim, o goleiro Lucas Arcanjo foi fundamental para evitar uma virada, com defesas importantes nos minutos finais.

Apesar do empate por 2 a 2 ter sido suficiente para tirar o Vitória da zona de rebaixamento, a sensação de frustração foi inevitável. O time desperdiçou uma oportunidade clara de conquistar três pontos fundamentais, especialmente considerando a boa atuação no início da partida. A expulsão de Neris e as escolhas táticas no segundo tempo serão certamente temas de reflexão para a comissão técnica.

Agora, o Vitória terá uma semana cheia para se preparar para o próximo desafio, que não será nada fácil: enfrentar o São Paulo fora de casa. Será necessário aprender com os erros desta partida e buscar um equilíbrio melhor entre a defesa e o ataque, especialmente em situações onde a equipe precisa jogar com um homem a menos. O Rubro-Negro precisa se reinventar rapidamente para evitar que mais oportunidades de triunfo sejam desperdiçadas na luta contra o rebaixamento.

Osvaldo cobra pênalti do primeiro gol do Vitória

Resumão do jogo

No duelo entre Vitória e Cruzeiro, o Rubro-Negro teve um início de jogo avassalador, impondo uma pressão intensa sobre o adversário. Nos primeiros 20 minutos, o time baiano criou diversas oportunidades, forçando o goleiro Cássio a fazer importantes defesas.

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A

A insistência deu resultado aos 21 minutos, quando um pênalti foi marcado a favor do Vitória e Osvaldo converteu, abrindo o placar. Pouco depois, Alerrandro ampliou com um golaço de bicicleta, colocando o Vitória em uma posição confortável.

No entanto, o panorama mudou aos 37 minutos, quando Neris foi expulso após cometer uma falta para evitar um lance perigoso de Kaio Jorge. Mesmo com um jogador a menos, o Vitória foi para o intervalo com uma vantagem de dois gols, mas o cenário estava prestes a mudar.

Na segunda etapa, o Cruzeiro, aproveitando a superioridade numérica, partiu para o ataque, enquanto o Vitória se fechava e tentava explorar os contra-ataques. A pressão cruzeirense se intensificou, e o goleiro Lucas Arcanjo precisou trabalhar bastante para evitar o pior.

A pressão do Cruzeiro foi recompensada aos 32 minutos, quando Dinenno marcou de cabeça, diminuindo a diferença. Pouco depois, Dinenno voltou a balançar as redes, empatando a partida e trazendo à tona polêmicas envolvendo uma possível mão na bola e uma falta não marcada.

Com o empate, o Vitória saiu momentaneamente da zona de rebaixamento, agora ocupando a 16ª posição com 22 pontos, empatado com o Corinthians, que é o 17º. O próximo compromisso do Vitória será contra o São Paulo, no domingo, 25, em um confronto importante para consolidar sua posição fora do Z-4.

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