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Foto: Reprodução | YouTube |
O presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Santos Rodrigues, recebeu na segunda-feira, 26, o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Católica de Salvador (Ucsal). Ele é um dos fundadores do Olodum e ex-aluno do curso de direito da instituição.
A cerimônia foi realizada no auditório da Ucsal, campus de Pituaçu (assista), na capital baiana. Aprovada pelo Conselho Universitário e o Grão-Chanceler da universidade, a honraria representa não apenas um reconhecimento ao trabalho de João Jorge, mas também uma celebração da cultura afro e de sua contribuição significativa para a sociedade.
"Não é fácil para alguém que nasce em um bairro pobre atravessar fronteiras falando de um mesmo assunto: justiça, direito e igualdade, e eu me propus a fazer isso", disse João Jorge durante a solenidade.
A cerimônia começou de forma vibrante, ao som da percussão do Olodum, bloco afro que João Jorge ajudou a fundar e liderou por mais de 30 anos. A música envolvente não apenas animou os presentes, mas também simbolizou a rica herança cultural que ele representa.
Durante a titulação, João Jorge foi elogiado por sua dedicação à promoção do bem-estar social por meio da arte e da cultura, destacando o impacto positivo que suas iniciativas tiveram na comunidade. Em seu discurso, ele afirmou que "retornar para receber esta homenagem simboliza que todos os alunos, sejam eles atuais ou egressos, têm a oportunidade de alcançar tal reconhecimento".
Legado de João Jorge
Além de artista, João Jorge é advogado, escritor e produtor cultural, com destaque em várias áreas. Egresso do curso de direito da Ucsal, João Jorge recebeu a maior honraria concedida pela universidade em reconhecimento por seu trabalho de enfrentamento ao racismo, há anos evidenciado em sua trajetória.
São inúmeras as ações de resistência à opressão do povo preto, entre as quais se pode destacar a presidência de um dos maiores alicerces do movimento negro brasileiro, o bloco afro e cultural Olodum.Mestre em direito pela Universidade de Brasília (UNB), criou, em 1981, o Grupo Negro da Universidade Católica do Salvador, abrindo caminhos importantes para a pauta da negritude no ambiente acadêmico.
*Com informações da Ascom-GOV.BR
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