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Fotos: Alexandre Loureiro | COB |
O canoísta baiano Isaquias Queiroz conquistou a medalha de prata na categoria C1 1000 metros nos Jogos Olímpicos Paris-2024, nesta sexta-feira, 9. Com o feito, ele garantiu sua quinta medalha olímpica, ficando atrás apenas da ginasta Rebeca Andrade.
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Isaquias iguala, em número de medalhas olímpicas, a Robert Scheidt e Torben Grael, todos com cinco. Rebeca Andrade é a maior medalhista brasileira. Ela, que lidera o ranking com seis, se isolou no topo após faturar em Paris-2024 o bronze por equipes, a prata no individual geral e no salto e o ouro no solo (confira lista de recordistas abaixo).
Porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, o canoísta iniciou a participação nas Olimpíadas de Paris empatado com Serginho, do vôlei (ex-líbero), com dois ouros e duas pratas. Ele tinha a chance de empatar com Rebeca, mas não subiu ao pódio no C2 500m, após ficar em último na final da categoria ao lado do também baiano Jacky Godmann.
Além da prata obtida na atual edição dos Jogos Olímpicos, o baiano já levou ouro no C1 1000m em Tóquio-2020; prata no C1 1000m e no C2 500m na Rio-2016; e bronze no C1 200m, também nos Jogos do Brasil. Por ironia do destino, Isaquias é natural de Ubaitaba (BA), termo tupi-guarani que significa “cidade das canoas”.
Canoísta exalta sua quinta medalha
Na saída da prova, ainda eufórico com o pódio, Isaquias falou sobre a histórica medalha: "Sim, ela [a medalha] teve um gosto especial." Na sequência, revelou que não competiu nas melhores condições: "Eu não estava me sentindo bem aqui em Paris, estava me sentindo estranho."
Questionado sobre em que aspecto ele se sentia estranho, Isaquias continuou: "Eu não consegui encaixar minha remada direito. No final, eu estava sentindo um pouco mais de cansaço que o normal. Talvez tenha sido o café da manhã que não foi muito legal para mim."
Depois de passar da semifinal com o terceiro melhor tempo entre os oito finalistas, na disputa pelo ouro Isaquias estava em quarto nos primeiros 250 metros. Nos 500, caiu para quinto, só recuperando a desvantagem perto do fim. Para a Rádio Transamérica, o canoísta confessou ter temido o pior: "O Lauro [Pinda, treinador] falou: 'sai junto, mantém a prova junto deles, não deixa escaparem.' Fiquei com medo, porque o Fuksa estava quase jogando onda, até que deixei escapar muito."
Após respirar e tomar um gole d'água, visivelmente cansado, ele continuou e voltou a mencionar seu treinador: "O Lauro tinha me dito que a melhor subida era a minha, para que eu usasse isso ao meu favor." Isaquias usou, motivado pela família, presente na arquibancada: "Eu acho que é isso... o gás que me deu, como meu treinador me falou: 'o seu filho está aqui, leva essa medalha para ele. Então eu não podia sair daqui sem a medalha, independente da cor."
Em relação ao futuro, em resposta à rádio BandNews, o baiano não escondeu: "Agora é descansar, rever a temporada, ver como é que vai ser, porque se vai pra Los Angeles, é muito longe ainda, não tem essa de 'Los Angeles, logo ali'. Não, não é logo ali não. São quatro anos que demoram e quando você percebe já foi metade da sua vida. Então é repensar."
"São três Olimpíadas. Três Olimpíadas com cinco medalhas. Então, em resumo, está bom o trabalho. Agora é continuar trabalhando, porque o ouro, lógico, é mais especial", finalizou Isaquias.
Final emocionante
Em uma prova emocionante, no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne, o canoísta conseguiu sair da quinta posição, a mais de 2 segundos do líder, para chegar em segundo lugar, atrás apenas de Martin Fuksa, da República Tcheca. O bronze ficou com Serghei Tarnovschi, da Moldávia.
Para se ter uma ideia do alto nível da prova, o tempo obtido pelo medalhista de ouro foi a melhor marca olímpica de todos os tempos, com 3m43s16. Na modalidade não se usa o termo “recorde” em função das diferentes condições náuticas de cada prova. O brasileiro marcou 3m44s33; e Tarnovschi fechou a prova com o tempo de 3,44s68.No início da corrida, Isaquias ficou posicionado no segundo pelotão, disputando a quarta posição, a cerca de 1 segundo do tcheco, que já despontava na liderança. Isquias estava em quinto lugar quando a prova chegava na metade (500 metros).
Para se ter uma ideia do alto nível da prova, o tempo obtido pelo medalhista de ouro foi a melhor marca olímpica de todos os tempos, com 3m43s16. Na modalidade não se usa o termo “recorde” em função das diferentes condições náuticas de cada prova. O brasileiro marcou 3m44s33; e Tarnovschi fechou a prova com o tempo de 3,44s68.No início da corrida, Isaquias ficou posicionado no segundo pelotão, disputando a quarta posição, a cerca de 1 segundo do tcheco, que já despontava na liderança. Isquias estava em quinto lugar quando a prova chegava na metade (500 metros).
Conforme o esperado, foi a partir desse momento que o brasileiro começaria a se destacar. No último quarto da prova (750m), já se percebia a recuperação do brasileiro, que estava em quarto, diminuindo a diferença para os líderes.
Isquias conseguiu tirar mais de 2 segundos de diferença nos últimos 250 metros, para fechar a prova em segundo. O alemão Sebastian Brendel, um dos favoritos para o ouro, cometeu erro estratégico, o que o deixou cansado ao final da prova, ficando com a última colocação.
Isquias conseguiu tirar mais de 2 segundos de diferença nos últimos 250 metros, para fechar a prova em segundo. O alemão Sebastian Brendel, um dos favoritos para o ouro, cometeu erro estratégico, o que o deixou cansado ao final da prova, ficando com a última colocação.
Recordistas de medalhas olímpicas do Brasil:
Rebeca Andrade (ginástica artística) - 6 medalhas
Ouro no salto em Tóquio 2020 🥇
Prata no individual geral em Tóquio 2020🥈
Prata no individual geral em Paris 2024 🥈
Prata no salto em Paris 2024 🥈
Bronze por equipes em Paris 2024 🥉
Ouro no solo em Paris 2024 🥇
Prata no individual geral em Tóquio 2020🥈
Prata no individual geral em Paris 2024 🥈
Prata no salto em Paris 2024 🥈
Bronze por equipes em Paris 2024 🥉
Ouro no solo em Paris 2024 🥇
Robert Scheidt (vela) - 5 medalhas
Ouro na classe Laser em Atlanta 1996 🥇
Ouro na classe Laser em Atenas 2004 🥇
Prata na classe Laser em Sydney 2000 🥈
Prata na classe Star em Pequim 2008 🥈
Bronze na classe Star em Londres 2012 🥉
Torben Grael (vela) - 5 medalhas
Ouro na classe Laser em Atlanta 1996 🥇
Ouro na classe Laser em Atenas 2004 🥇
Prata na classe Laser em Sydney 2000 🥈
Prata na classe Star em Pequim 2008 🥈
Bronze na classe Star em Londres 2012 🥉
Torben Grael (vela) - 5 medalhas
Ouro na classe Star em Atlanta 1996 🥇
Ouro na classe Star em Atenas 2004 🥇
Prata na classe Soling em Los Angeles 1984 🥈
Bronze na classe Star em Seul 1988 🥉
Bronze na classe Star em Sydney 2000 🥉
Isaquias Queiroz (canoagem) - 5 medalhas
Prata no C1 1000m na Rio 2016 🥈
Prata no C2 1000m na Rio 2016 🥈
Bronze no C1 200m na Rio 2016 🥉
Ouro no C1 1000m em Tóquio 2020 🥇
Prata no C1 100m em Paris 2024 🥈
Serginho (vôlei) - 4 medalhas
Ouro em Atenas 2004 🥇
Prata em Pequim 2008🥈
Prata em Londres 2012🥈
Ouro na Rio 2016🥇
Ouro na classe Star em Atenas 2004 🥇
Prata na classe Soling em Los Angeles 1984 🥈
Bronze na classe Star em Seul 1988 🥉
Bronze na classe Star em Sydney 2000 🥉
Isaquias Queiroz (canoagem) - 5 medalhas
Prata no C1 1000m na Rio 2016 🥈
Prata no C2 1000m na Rio 2016 🥈
Bronze no C1 200m na Rio 2016 🥉
Ouro no C1 1000m em Tóquio 2020 🥇
Prata no C1 100m em Paris 2024 🥈
Serginho (vôlei) - 4 medalhas
Ouro em Atenas 2004 🥇
Prata em Pequim 2008🥈
Prata em Londres 2012🥈
Ouro na Rio 2016🥇
*Com informações da Ag. Brasil e Olympics.com
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