segunda-feira, 24 de junho de 2024

Revelando o jogo: Bragantino 2x1 Vitória

Jean Mota marcou para o Leão, mas não evitou a derrota no Nabi Abi Chedid
Foto: Victor Ferreira | ECV

O clima de otimismo que pairava sobre o Vitória foi abruptamente cessado após a derrota por 2 a 1 para o Bragantino na noite de domingo, 23, no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP). A equipe comandada por Thiago Carpini, que vinha de uma sequência invicta de quatro jogos, sucumbiu diante dos desafios impostos pelos desfalques e pelo desgaste físico. O treinador teve que recorrer a improvisações e experimentar uma nova formação com apenas um treino antes da partida, o que se mostrou insuficiente para conter o ímpeto do adversário.

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Com uma série de ausências e jogadores preservados, Carpini precisou realizar uma mudança estrutural significativa na equipe. Rodrigo Andrade foi improvisado como terceiro zagueiro pela direita, uma solução encontrada para suprir a ausência de um zagueiro destro. Essa adaptação, no entanto, não foi absorvida com eficácia pelo time, que encontrou dificuldades para se ajustar ao novo esquema tático.

Durante o primeiro tempo, o Vitória se posicionou defensivamente, mas a falta de um jogador para preencher os espaços entre as linhas foi um problema evidente. O Bragantino explorou essas brechas, articulando jogadas e arriscando chutes de fora da área, exigindo boas intervenções do goleiro Lucas Arcanjo. A posse de bola foi amplamente dominada pelos donos da casa, que finalizaram sete vezes contra quatro do Vitória.

Apesar das dificuldades defensivas, o Vitória conseguiu surpreender no ataque e abrir o placar aos 16 minutos. Willian Oliveira e Luiz Adriano protagonizaram uma boa troca de passes que culminou no gol de Jean Mota. No entanto, a vantagem não durou até o intervalo. O Bragantino intensificou a pressão e, aos 40 minutos, empatou a partida explorando novamente os espaços entre as linhas de marcação do Vitória.

No segundo tempo, Carpini tentou ajustar o posicionamento do time, substituindo Willian Oliveira por Raul Cáceres e alterando a formação. Willean Lepo foi reposicionado como terceiro zagueiro, liberando Rodrigo Andrade para o meio de campo. Todavia, as mudanças não surtiram o efeito desejado. O Bragantino manteve o domínio e, aos 20 minutos, virou o jogo com um gol de Helinho, após uma bela jogada de Lucas Evangelista.

Diante da desvantagem, Thiago Carpini adotou uma postura mais agressiva, mas as limitações do elenco se tornaram evidentes. Sem muitas opções no banco, o treinador precisou sacrificar a consistência defensiva, retirando o canhoto Reynaldo e deixando Willean Lepo e Wagner Leonardo na zaga. Essa terceira alteração de formação em menos de 90 minutos evidenciou a falta de coesão e deixou o time desfigurado, sem forças para reagir.

O revés deixou o Vitória novamente na zona de rebaixamento, uma situação preocupante, mas compreensível diante do contexto. Os desfalques e a necessidade de rodar o elenco pesaram contra a equipe, que mesmo assim teve momentos de bom futebol antes de sofrer a virada. Culebra ainda teve uma chance de empatar nos minutos finais, mas desperdiçou a oportunidade.

Lucas Arcanjo, que havia feito boas defesas, acabou falhando no segundo gol do Bragantino, comprometendo sua atuação. Já Culebra, que teve chances de marcar, não conseguiu converter em gols, o que também foi determinante para o resultado negativo. A análise das atuações individuais mostra um time que, apesar de alguns momentos de brilho, não conseguiu manter a consistência necessária para segurar o resultado.

A torcida do Vitória espera por uma resposta imediata. A derrota para o Bragantino foi um balde de água fria, mas o campeonato ainda está aberto e a equipe tem condições de se recuperar. O apoio incondicional dos torcedores será fundamental nesse processo, assim como a capacidade de Carpini em encontrar soluções criativas e eficazes para os problemas que surgirem.

O Vitória viveu uma noite complicada contra o Bragantino, mas o futebol é dinâmico e as oportunidades de recuperação estão sempre à espreita. O importante agora é aprender com os erros, ajustar o que for necessário e seguir em frente com determinação e foco. O caminho é difícil, mas não impossível para o Rubro-Negro.

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Resumão do jogo


O Bragantino dominou a posse de bola, mas o Vitória também conseguiu criar boas oportunidades de ataque. Aos 16 minutos, Jean Mota abriu o placar para o Vitória após uma boa tabela entre Luiz Adriano e Willian Oliveira, finalizando com um chute da entrada da área.

O Vitória continuou a ameaçar, incluindo uma cabeçada de Willean Lepo defendida por Cleiton após cruzamento de Lucas Esteves. O time da casa persistiu em suas tentativas de ataque, principalmente pelos lados do campo e com cruzamentos. Aos 47 minutos, após um rebote do goleiro Lucas Arcanjo em chute de Sasha, Eric Ramires empatou para o Bragantino.

A segunda etapa começou agitada, com ambas as equipes buscando o gol da vantagem. Aos 20 minutos, Lucas Evangelista fez uma arrancada pelo meio-campo e passou para Helinho, que avançou em velocidade e, ao entrar na área pela direita, chutou cruzado para virar o jogo para a equipe paulista.

O ritmo do jogo permaneceu intenso, com o Leão tentando empatar e o Bragantino buscando ampliar o placar. No entanto, o placar permaneceu inalterado, garantindo o triunfo para o time da casa.

Com o resultado, o Vitória caiu para a zona de rebaixamento, ocupando a 17ª posição com nove pontos. O Atlético-GO, com a mesma pontuação, está uma posição acima devido ao melhor saldo de gols. O próximo jogo do Rubro-Negro será contra o Fluminense, na quinta-feira, 27, às 19h, no Maracanã, válido pela 12ª rodada do Brasileirão.

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