quarta-feira, 17 de abril de 2024

Análise: dez observações sobre Bahia 2x1 Fluminense

Caio Alexandre comemora após marcar o primeiro gol do Esquadrão
Fotos: Letícia Martins | ECB 

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - Não entrou água! Se, no sentido literal, a água entrou com força na Fonte Nova, a ponto até de interromper a partida por cerca de uma hora, no sentido figurado ela ameaçou entrar (quando demos um mole e tomamos um gol), mas o bom futebol praticado pelo Bahia não permitiu que isso acontecesse e conseguimos um triunfo de 2 a 1, de virada, numa grande atuação de praticamente todo o time.

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2 - Em menos de cinco minutos, o Bahia saiu de forma errada duas vezes (e do mesmo jeito), com nosso goleiro rolando mal para o lateral-direito. Escapou na primeira, mas, na segunda, o lateral Árias recebeu na fogueira, deu mole tentando o drible, seu xará do Flu roubou e rolou para German Kano mandar pro gol, abrindo o placar.

3 - A displicência do Bahia é algo que irrita, até porque essa situação acontece quase sempre por jogadores rodados. No jogo anterior tomamos um gol em cobrança de lateral e, neste contra o Flu, houve essa entregada no primeiro gol do jogo. Deus é mais forte.

4 - Poderíamos ter chegado ao empate numa cabeçada de Cuesta, que Fábio defendeu e o zagueiro Manoel isolou na sequência. Depois veio a paralisação da partida devido ao gramado estar castigado pelas chuvas. 

5 - O volume de chuva que vem caindo em Salvador, e que se intensificou durante o início do jogo, não possibilitou que a habitual boa drenagem do estádio funcionasse de forma satisfatória. O que se viu em campo foram diversas poças, impossibilitando que a bola rolasse minimamente. Com o jogo paralisado, parte da água foi retirada, a chuva deu uma trégua e a partida foi reiniciada, com o Bahia tomando conta das ações.

Jogo foi interrompido por causa das condições do gramado diante da forte chuva em Salvador

6 - O Bahia, após a interrupção, ficou em cima do Fluminense e estava na cara que o empate era questão de tempo, pois o time voltou aguerrido e pressionando muito. Tivemos um chute de Jean Lucas de fora, outro de Ademir na área, que Fábio fez grande defesa, porém um arremate de Caio Alexandre no ângulo, da entrada da área, fez justiça ao jogo naquele momento, decretando o empate, um golaço. Ainda tivemos um bom chute de Thaciano que o goleiro também pegou. Viramos o jogo no segundo tempo com outro golaço, desta vez de Cauly, chutando de dentro da área após receber de Jean Lucas e fintar o zagueiro Manoel. Daí em diante o Flu nos pressionou mas nosso sistema defensivo estava muito seguro com a presença de Gabriel Xavier, que fez um partidaço e mostrou a Rogério Ceni que merece ter a titularidade, coisa que todos nós esperamos que aconteça.

7 - Com exceção de Árias, que falhou de forma bizarra nos últimos dois jogos, todo o restante do time fez boa partida, destacando-se principalmente Jean Lucas, Éverton Ribeiro e Cauly. Ademir também foi bem, assim como Caio Alexandre. Rogério desta vez merece elogios por fazer boa leitura do jogo, sabendo sofrer quando necessário,  explorando bem as falhas do sistema do Fluminense e fazendo as mudanças corretas e no momento certo, sem deixar jogadores exaustos ou sem rendimento em campo. O legal é que o treinador da seleção brasileira, Dorival Jr. , estava vendo o jogo na Fonte e deve ter gostado do que viu.

8 - Tempestade que caiu no jogo lembrou a das quartas de final da Libertadores de 1989, Bahia x Internacional, quando a velha Fonte não tinha a mínima condição de jogo e, mesmo assim, o juiz Arnaldo César Coelho autorizou a realização. O resultado é que a bola não rolou, não houve futebol e essa situação acabou indiretamente beneficiando o Inter, que jogava pelo empate e tinha um time inferior e mais “pesado” que o nosso, que era leve e técnico. Acabou 0x0 e o time gaúcho avançou na competição. Não esqueço o argumento de Arnaldo para permitir a partida: “Na Argentina há jogos com gramados bem mais encharcados que esse”. Aff!

9 - Gostei também nesta partida da demonstração de “malandragem esportiva” do Bahia quando houve necessidade, parando o jogo, quebrando o ritmo, simulando contusão, coisas que são comuns quando se enfrenta adversário experiente e que está em vantagem. Aliás, se Everaldo merece críticas por ter chutado na lua uma bola de dentro da área, no quesito catimba ele foi muito bem, chegando a irritar Paulo Henrique Ganso, do Flu.

10 - Primeiros três pontos conquistados na Série A 2024, com atuação consistente, era tudo que precisávamos para mudar o astral, aumentar a confiança e partir para vencer o rival domingo no campo deles, com fé em DEUS!

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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