domingo, 14 de abril de 2024

Análise: dez observações sobre Inter 2x1 Bahia

Tricolor perdeu de virada no Beira-Rio em estreia do Brasileirão
Fotos: Letícia Martins | ECB

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - O “socorrista”! O amigo e grande repórter  fotográfico Adilton Venegeroles afirmou esta semana que o Bahia costuma “ajudar” times que estão em momento ruim (“Tá em crise? Chama o Bahia”). O Inter havia ficado de fora da decisão do Gauchão, afastou atleta que bateu o pênalti com displicência na disputa da semifinal, o treinador estava pressionado, o time tinha desfalques e, mesmo com tudo isso, o Bahia não aproveitou e, após fazer um primeiro tempo satisfatório, acabou sucumbindo na etapa final e, mesmo abrindo o escore, perdeu para o Inter por 2 a 1. O nosso Tricolor de Aço está parecendo um bombeiro “socorrista”, só que salvando a vida dos adversários.

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2 - O time tricolor vem se notabilizando por ser o “time da virada” às avessas, afinal, num período de tempo pequeno, entregou três jogos após ter a vantagem no placar.

3 - Deixando Cauly no banco, Rogério entrou com  Resende como volante, Juba na lateral e Óscar Stupiñán no comando do ataque. O Inter, embora tivesse mais posse de bola e iniciativa para atacar, também sofreu com algumas investidas nossas, e o jogo ficou mais ou menos equilibrado.Oscar prendia a zaga, Resende dava mais sustentação defensiva e Juba se soltava ajudando na construção. Éverton Ribeiro mostrava um futebol de menos condução de bola e mais passes longos, fazendo no primeiro tempo um bom jogo.

4 - Nessa etapa, o Inter teve uma chance real, mas Marcos Felipe pegou um chute à queima-roupa, e nós demos o troco numa jogada em que Jean Lucas, também à queima-roupa, chutou forte mas o goleiro colorado fez grande defesa.

 5 - No segundo tempo, a partida mudou de figura com a entrada de Cauly no lugar de Estupiñán, pois nosso meia não entrou bem e o Esquadrão parou de prender a zaga colorada na defesa. O time gaúcho foi pra cima, inclusive os zagueiros, e começou a criar chances.

Jean Lucas deu assistência para o gol, mas falhou na virada do Colorado

6 - Explorando os lados do campo, o Inter alçava a bola na área e foi um sufoco para a defesa tricolor. Eles criaram algumas chances e Marcos Felipe fez boas defesas. No entanto, no nosso pior momento no jogo, encaixamos uma boa jogada e Jean Lucas serviu Biel, que deu um corte no zagueiro e chutou para fazer 1 a 0.

7 - Mais uma vez o Esquadrão mostrou falta de maturidade e experiência, malandragem no bom sentido, para tirar proveito quando teve vantagem no marcador. Tanto que, após abrir o escore, o Esquadrão conseguiu tomar o empate apenas dois minutos depois, numa cobrança de lateral, em que a bola sobrou para Wesley marcar. Um vacilo total. A questão de cair fisicamente, principalmente na reta final do jogo, ficou evidente também nesta partida, quando o time gaúcho foi absoluto nesse quesito.

8 - O segundo gol do Inter foi numa cobrança de escanteio em que Jean Lucas não conseguiu interceptar, Marcos Felipe titubeou e Fernando cabeceou para o fundo das redes.

9 - Marcos Felipe fez boas intervenções na partida mas falhou nos gols; da mesma forma, Jean Lucas foi bem, mas falhou no segundo gol; zaga estava até com desempenho aceitável, mas o jogo aéreo continua nos perturbando (por que não colocar com Gabriel Xavier?); presença de Resende melhora a marcação, mas a parte física ruim tem atingido até ele; Éverton Ribeiro ou Cauly. Com os dois juntos acaba ficando ruim pois o time fica mais vulnerável. Everaldo entrou e perdeu um gol. As mudanças de Rogério enfraqueceram o time e chamaram o Inter pra cima.

10 - Vivendo um momento de muita instabilidade emocional e técnica, o Bahia terá que se superar já na próxima partida, terça que vem, quando enfrenta o atual campeão da Libertadores (Fluminense-RJ), na Fonte Nova, na sequência do Brasileirão. 

A fase de enfrentar Jacuipense, Barcelona de Ilhéus, Autos do Piauí e outros já acabou (com todo respeito a esses clubes). Agora só há jogo duro e precisamos “trocar o pneu com o carro andando” (ajustar o time durante a competição) para que ele melhore e possa render o necessário para superar os grandes desafios que virão pela frente.

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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