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Foto: Divulgação | ECB |
1 - Superação e classificação! O reflexo na perda do Campeonato Baiano, para o rival, sem dúvida alguma, mexeu com o emocional de todos: torcida, dirigentes e jogadores. Esse foi um dos fatores que dificultaram nossa performance nessa partida contra o Náutico, quando, mesmo enfrentando um time de série C, só conseguimos abrir o placar aos 21 do segundo tempo. Felizmente, no fim tudo deu certo, e acabamos fazendo mais dois gols, garantindo classificação para a semifinal do Campeonato Nordeste. Um triunfo em que, primeiramente, tivemos que ter superação emocional.
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2 - Rogério entrou praticamente com um time B _ sem Árias, Cuesta, Juba, Caio Alexandre e Éverton Ribeiro_ e isso gerou uma certa perplexidade e preocupação, até porque era um jogo decisivo (partida única) e qualquer vacilo poderia ser fatal. Mas, segundo ele falou na entrevista, o risco que correu foi para não perder esses jogadores para os difíceis jogos seguintes da temporada e que os atletas poupados estavam desgastados.
3 - O Náutico ficou congestionando a intermediária no primeiro tempo, jogando claramente por uma bola. O Bahia, que chegou a ter cerca de 80% de posse de bola, não conseguia criar chances reais, pois esbarrava no cinturão defensivo do time pernambucano. O Esquadrão era um verdadeiro “arame liso”, pecando no final de cada jogada, sem chutar a gol ou passando errado.
4 - A única chance que tivemos no primeiro tempo foi um cruzamento na área e um voleio de Biel em que a bola foi pra fora, além de uma falta cobrada por Cauly, também longe do gol.
5 - Na segunda etapa, o Bahia voltou com Everton Ribeiro, que aniversariava, no lugar do fraco Yago, e Everton passou a articular nossas jogadas. Fizemos 1 a 0 numa trama entre Cauly e Everton Ribeiro, que passou pra Thaciano, e este dominou com a perna direita e fuzilou com a esquerda. Depois, Éverton Ribeiro arrancou, o volante do Náutico deu um toque longo na bola que foi alcançada por Estupiñán e ele driblou o goleiro e empurrou para as redes; o terceiro foi num belo lançamento de Caio Alexandre para Jean Luca driblar o goleiro e dar números finais ao jogo. Poderíamos até ter ampliado, mas, apesar de toda a agonia da partida, o escore terminou de bom tamanho.
6 - Alguns apelos a Rogério Ceni: chega de colocar Resende na lateral. Neste jogo ele jogou bem como volante, que é a posição de origem, e até deu mais consistência defensiva ao time. Caio Alexandre pode perfeitamente também ficar mais avançado, no lugar de Everton Ribeiro, por exemplo, quando necessário. Yago não dá. Estupiñán merece ter outras oportunidades, pois demonstra estar motivado e com faro de gol.
7 - Infelizmente a bola parada do Bahia não existe, nem em chute direto, nem em jogadas ensaiadas, o que muitas vezes poderia salvar o time num jogo encardido como esse. Aquele drible pra quebrar linhas também é raro alguém conseguir dar, impressionante. No primeiro tempo faltou tudo isso. Felizmente na etapa final a coisa melhorou e a habilidade de Éverton Ribeiro foi fundamental para mudar a história do jogo.
8 - O melhor zagueiro que temos é Gabriel Xavier, pena que Rogério não acha.Após levar o gol, o time pernambucano passou a nos atacar e ele se impôs, afastando qualquer chance que perigo que pudesse nos rondar. Jean Lucas foi muito bem no jogo e, quando necessário, nosso goleiro apareceu bem, inclusive numa bola em que havia sido impedimento, mas ele fez defesaça.
9 - Ao contrário dos últimos jogos, desta vez todos os jogadores que entraram renderam bastante. Éverton Ribeiro e Caio Alexandre colaboraram diretamente nos gols, Ademir deu boas escapadas e Estupiñan marcou um gol e deu muito trabalho.
10 - Na semifinal do Nordestão, enfrentaremos o CRB, o que deve acontecer no dia 24/04. Mas agora a chave tem que ser virada porque sábado já estrearemos no Brasileirão contra o Inter fora de casa e, por tudo que aconteceu com nosso time até agora, ainda precisamos fazer muitos ajustes técnicos, táticos e físicos para que possamos fazer uma campanha satisfatória nessa difícil competição.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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