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Fotos: Divulgação | ECB |
1 - Foi sofrido! Um jogo em que o Bahia poderia tranquilamente decidir durante os 90 minutos, pois teve chances para isso, acabou indo para os pênaltis num vacilo que demos no final, mas felizmente conseguimos vencer nas penalidades (6x5) e estamos classificados para a terceira fase da Copa do Brasil. Aquela máxima de que “se não for sofrido, não é Bahia” apareceu “de com força”.
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2 - Três coisas chamaram atenção nessa disputa de pênalti: a primeira é saber o porquê de Everton Ribeiro ser apenas o sétimo cobrador do Bahia (treinou mal? Não cola); a segunda é que vem se tornando rotina um zagueiro argentino definir nossa classificação nos penais, como aconteceu na Copa do Nordeste de 2021 com Conti, duas vezes, e neste jogo com Vitor Cuesta; a terceira é que também poderíamos ter matado logo a disputa porque, na fase inicial de cobranças, o time gaúcho chegou a perder duas duas vezes. mas depois nós também perdemos e ganhamos nos tiros alternados.
3 - Quem não viu a partida e tomar conhecimento de como ela foi decidida pode imaginar que foi muito disputada e muito difícil. Mas não foi. O Bahia saiu atrás do placar, porém, com total superioridade, virou o jogo com direito a gol 10.000 da história do clube, marcado por Thaciano. O bacana foi que o time se impôs e de certa forma encurralou o adversário na casa deles e o placar nos 90 minutos não refletiu o que aconteceu em campo, pois poderia ser um triunfo tranquilo. Esse jogo ir para os pênaltis foi bizarro.
4 - Depois que tomou o gol no início da partida (logo aos 4 minutos), o panorama do jogo todo foi o Bahia com a posse de bola, envolvendo o Caxias, mas pecando no passe final ou na finalização.
5 - O time gaúcho ficava esperando pra tentar jogar no erro do Bahia mas nosso tricolor, de forma tranquila, estava muito bem, inclusive na recomposição defensiva, pois, quando perdia a bola, recuperava rapidamente.
6 - Estava na cara que o empate era questão de tempo e aconteceu num passe primoroso de Cuesta para Cauly, na frente da área, e nosso craque ajeitou e mandou no canto pra empatar, e o segundo veio logo depois numa troca de passes, começando com Kanu, que culminou com uma bola de Éverton Ribeiro para Everaldo e este rolou pra trás para Thaciano mandar pro gol. Um belo gol.
7 - No segundo tempo, tivemos duas chances de matar o jogo, uma com Thaciano e outra com Jean Lucas, mas não fizemos. O perigo de estar sendo superior na partida, mas com apenas o placar de um gol de diferença, é dar um vacilo e tomar o gol de empate. Confesso que, quando o Bahia começou a desperdiçar oportunidades, fiquei preocupado com a possibilidade de alguma falha fatal e ela acabou acontecendo, num cruzamento muito bem feito, vacilo do sistema defensivo (principalmente de Resende) e o atacante deles cabeceou e empatou. Inadmissível um time experiente tomar um gol àquela altura do jogo.
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8 - Marcos Felipe pegou um dos pênaltis e deu sorte em outro, sendo um dos responsáveis por nossa classificação. Árias não repetiu atuações anteriores e ainda perdeu uma cobrança na disputa de pênaltis; a zaga até que melhorou mas, nos dois gols que o time tomou, não conseguiu cortar a bola alçada na área, sendo que no primeiro gol Caio Alexandre acabou desviando e marcando contra; no meio os volantes foram bem e os meias ainda ficaram devendo, embora melhorassem em relação a jogos anteriores (Cauly inclusive fez gol e deu duas boas assistências. Éverton Ribeiro participou de forma efetiva no segundo gol). Thaciano, que marcou gol histórico, voltou a jogar muito bem e neste jogo até Everaldo ajudou.
9 - Não entendo esse regulamento da Copa do Brasil, que já na segunda fase não dá vantagem alguma ao time de melhor ranking. Ou seja, a depender do “sorteio”, o clube que tem mais tradição e performance ao longo da história é obrigado a jogar fora de casa, com a obrigação de vencer, mesmo contra outro time cujo ranking é bem inferior. Se empatar, vai para os pênaltis. Deveria ser pelo menos como a primeira fase, cujo empate, fora, favorece o melhor rankeado. Já que isso não acontece, poderia haver dois jogos, ou apenas um mas na casa do clube mais bem posicionado no ranking. Sinceramente, regulamento tosco. Ainda bem que o Bahia, embora vacilasse, superou essa loucura e conseguiu a classificação.
10 - Agora mudamos a chave para enfrentar o Jequié na Fonte Nova no próximo sábado, quando precisamos apenas de um empate mas cujo triunfo será muito importante para mantermos a vantagem de decidir o título do Baianão em casa. Temos que ter respeito pelo adversário, mas entrar com tudo pra vencer e partir pra final com moral.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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