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| Fotos: Divulgação | ECB |
1 - Troco dado! Numa partida fraca tecnicamente, onde o Bahia teve muita dificuldade e pouco criou, batemos o time de Canabrava de virada, devolvendo a derrota que tivemos contra eles no Baianão. O jogo foi horrível, mas o resultado foi maravilhoso. De virada é mais gostoso.
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2 - Ganhar do rival, de qualquer jeito, é sempre muito bom, sem contar que o resultado nos classificou antecipadamente e tirou eles do G4 do Nordestão, deixando-o numa situação desconfortável na competição, afinal a próxima partida deles é contra o Fortaleza fora de casa.
3 - Futebol tem umas coisas incríveis: Thaciano, que era o jogador que a torcida mais levava fé para o clássico, pois se encontra em ótima fase, em boa parte do jogo nem parecia que estava em campo: fez um jogo ruim, perdeu algumas chances de gol e praticamente nada produziu. Por outro lado, Kanu, uma das presenças mais questionadas, inclusive por mim, fez uma ótima partida e ainda marcou o gol da virada. Poderia botar tudo a perder pois estava amarelado, correndo risco de expulsão, e deu um carrinho perigoso, mas felizmente o adversário pulou. Rogério o tirou logo depois para o pior não acontecer.
4 - Cuesta jogou muito, com segurança e ótima saída de bola. No meio, Caio Alexandre não foi o mesmo de boas jornadas anteriores, mas Jean Lucas foi muito bem. Everton Ribeiro e Cauly, muito marcados, não renderam tanto, mas colaboraram, inclusive com assistências. Everaldo foi o Everaldo de sempre, muita luta e pouca produtividade. Ademir não entrou tão bem, Yago deu mais vida ao meio; Gilberto foi muito bem e ninguém sentiu falta de Árias.
5 - No começo do jogo, o Bahia ficou preso na forte marcação do rival, que procurou anular nossos articuladores, inclusive Caio Alexandre, obrigando-nos a fazer ligação direta. O Esquadrão ia chegando mas era bloqueado, sem conseguir uma jogada mais incisiva.
6 - O time do Aterro Sanitário procurou explorar os contra-ataques e acabou fazendo 1x0 aos 8 minutos, numa bola longa em que Resende tentou dominar e deu nos pés de Alerrandro, que mandou uma bomba no ângulo (por essas e outras eu não gosto de Resende como lateral-esquerdo). A partida continuava na mesma situação quando Kanu acertou um lançamento para Everton Ribeiro, que conseguiu rolar para Jean Lucas fuzilar e marcar. Empurrado pela torcida, chegamos ao segundo num escanteio, confusão na área e gol de Kanu.
7 - Na segunda etapa, a qualidade da partida continuou em queda, mas poderíamos ter feito mais gols em 3 oportunidades com Thaciano ou até quando ficamos com um jogador a mais, mas o placar ficou inalterado. Em algumas descidas o rival assustou um pouco.
8 - Impressionante como o Bahia. em qualquer época, com qualquer treinador, não consegue tirar proveito quando tem vantagem numérica com expulsões do adversário. Jogamos com um a mais boa parte do segundo tempo, com a expulsão de Mateus Gonçalves, e nem parecia, embora nesse jogo ficasse claro que um dos motivos para isso foi o fato de Rogério manter Cauly e Everton Ribeiro em campo, com os dois muito cansados e sem render, até porque pegaram virose esta semana. Sei que são jogadores decisivos, mas pelo menos um deles deveria sair.
9 - Muito engraçado os jogadores do time de Canabrava reclamarem dos cartões que a arbitragem deu pra eles (todos corretos, basta rever os lances, sendo que em outras jogadas o juizão até economizou pra eles). Outra coisa risível é eles reclamarem da comemoração dos jogadores imitando galinhas e tirando um sarro do time deles no final. Eles esquecem que, no clássico passado, Resende foi expulso, sendo que, na primeira bola nem falta foi e o juiz deu amarelo. Esquecem também que fizeram “pescaria” e muita gozação pra zoar nosso time. Parece que andam comendo muito queijo, mas pelo que me consta eles gostam mesmo é de milho…
10 - Mais uma vez o Bahia teve muita dificuldade jogando contra um time “mais qualificado” e parecia nervoso pra decidir logo a partida. Mas de uma coisa ninguém pode negar: o time encarou o clássico como um clássico, superou a atuação ruim com muita garra, luta, determinação e mereceu o triunfo. Os jogadores entraram em campo pilhados, a comemoração nos gols e após a partida mostrou isso. Este triunfo servirá para desafogar o emocional do elenco para os próximos clássicos e a esperança é que o time possa render bem mais já nas finais do Baianão.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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