sábado, 8 de abril de 2023

Bullying x Escola, uma questão de educação

Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas é lembrado no dia 7 de abril
Foto: Agência Senado

Lembrado no dia 7 de abril, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola tem como objetivo a reflexão e o enfrentamento dos casos de bullying e violência que afetam milhares de crianças e adolescentes, principalmente no ambiente escolar.

O bullying é definido como um comportamento agressivo e repetitivo, intencional ou não, que causa danos físicos ou psicológicos a uma pessoa. Já a violência nas escolas engloba um conjunto de atos violentos que ocorrem na esfera educacional, como agressões físicas, verbais, ameaças e intimidações.

Ambos os problemas têm consequências graves para o desenvolvimento dos estudantes. Além do impacto emocional, eles podem levar à evasão escolar, ao baixo rendimento acadêmico e até mesmo à depressão. É fundamental que as unidades de ensino, os pais, os professores e a sociedade se mobilizem. E isso começa pela conscientização e pela educação.

Uma das principais medidas para prevenir o bullying e a violência nas escolas é a criação de um ambiente escolar seguro e acolhedor, onde os estudantes se sintam valorizados e respeitados. Para isso, é importante que as unidades de ensino promovam a diversidade e a inclusão, valorizem as diferenças e trabalhem a empatia e o respeito mútuo.

Outra medida importante é o fortalecimento da parceria entre escola e família. Os pais devem estar engajados na educação dos filhos e participar ativamente da vida escolar, acompanhando seu desempenho e conversando sobre suas experiências no ambiente educacional.

Também traz a necessidade que as escolas contem com profissionais capacitados para lidar com situações de bullying e violência. Além disso, professores devem receber treinamentos específicos para identificar e prevenir esses problemas, e que as escolas disponibilizem recursos para apoio psicológico e emocional aos estudantes.

Tarefa exclusiva das escolas?   

Vale lembrar que o bullying e a violência nas escolas não são problemas que se resolvem apenas dentro do ambiente educacional. Trata-se de uma questão que deve ser feita de forma coletiva e intersetorial para promover uma cultura de respeito e de convivência saudável em todos os espaços sociais. 

Isso inclui a mídia, que tem um papel importante na disseminação de informações e na formação de opinião público, além de tratar o tema com seriedade e responsabilidade, evitando sensacionalismo e estereótipos que possam contribuir para a reprodução do bullying e da violência nas escolas.

É vital que ao coletivo se mobilize em torno do problema, exigindo políticas públicas efetivas para prevenção e combate ao bullying e à violência nas escolas, como a criação de campanhas de conscientização, a implementação de programas de formação para professores e demais profissionais da educação, a disponibilização de recursos para apoio psicológico e emocional aos estudantes, entre outras medidas.

O  combate ao bullying e à violência nas escolas é uma questão de educação, de valores e de compromisso social. É preciso que cada um faça a sua parte para promover uma cultura de respeito e de convivência saudável, tanto na escola quanto na sociedade como um todo. Com ações concretas e efetivas, podemos construir um ambiente escolar mais seguro, acolhedor e inclusivo para todos os estudantes.

Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas é lembrado no dia 7 de abril
Foto: Pixabay

Especialistas indicam formas de combate

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) em 2015, um em cada dez estudantes brasileiros é vítima de bullying, que se refere a atos de intimidação e violência física ou psicológica, geralmente em ambiente escolar. 

Para especialistas, é importante que pais e escolas estejam atentos ao comportamento dos jovens e mantenham canais de comunicação abertos com eles, pois o diálogo é a melhor forma de prevenir e combater esse tipo de violência, que pode causar efeitos devastadores em crianças e adolescentes.

O bullying é classificado como intimidação sistemática pela Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação. Esse tipo de violência se diferencia das brigas comuns, que fazem parte do desenvolvimento e são consideradas normais pelos especialistas, pois se torna algo rotineiro quando um jovem ou grupo começa a perseguir um ou mais colegas.

As crianças que têm um perfil mais retraído costumam ser as maiores vítimas de bullying, pois apresentam maior dificuldade para se expressar ou se abrir em casa ou na escola. Além disso, o medo de piorar a situação e a chantagem que muitas vezes fazem parte das agressões também contribuem para o silêncio. É importante que família e escola estejam sempre atentos aos sinais apresentados pelos jovens, como queda no rendimento escolar, faltas na escola e mudanças no comportamento.

Os mesmos cuidados devem ser tomados em situações enfrentadas fora da escola, como no mundo virtual em casos de cyberbullying, na vizinhança onde moram ou nos locais que costumam frequentar. É fundamental que haja conscientização e ações para prevenir e combater o bullying em todas as esferas da sociedade.

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2 comentários:

Anônimo disse...

A educação é a base da sociedade, tendo como pilares básicos o respeito e a inclusão.

Anônimo disse...

Excelente matéria.