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Foto: Felipe Oliveira | ECB |
Apesar de tudo isso, futebol se ganha em campo e, ao longo da competição, o Bahia teve uma performance ruim, com esquema de jogo inadequado. Melhorou na reta final ao mudar a forma de jogar, superando, não com tanta facilidade, os adversários para conquistar o título, o 50º da história.
Essa partida final não foi fácil, apesar dos 3x0, mas conseguimos superar as dificuldades e agora temos é que comemorar. Achei muito linda a homenagem que jogadores, nosso treinador e dirigentes fizeram ao colega jornalista Bruno Queiroz, funcionário do clube que se recupera de um câncer e, com fé em DEUS, vai ficar bom;
2 - Com os alas (Jacaré e Chávez) bem abertos, o Bahia começou essa final tentando pressionar a Jacuipense, empurrado pela Nação Tricolor, que lotou a Fonte Nova (quase 50 mil pagantes). O time do interior estava bem postado defensivamente, dificultando ao máximo as ações do Bahia;
3 - Até 20, 25 minutos, o Bahia foi relativamente superior e criou algumas chances. Chávez recebeu na área em boas condições de marcar, mas chutou pra fora. Depois Acevedo deu um chute cruzado de dentro da área com perigo, mas o goleiro Jean defendeu.
Jacupa respondeu com chute de longe sem perigo. Na nossa melhor chance, Cauly trocou passes com Biel e fuzilou de dentro da área, mas o goleiro desviou e a bola explodiu na trave. Tivemos outra grande oportunidade, quando Biel cruzou de dentro da área e Jacaré pegou de voleio e mandou pra fora;
4 - A Jacuipense, após os 20 minutos, se soltou também e deu muito trabalho. Numa das descidas, a bola foi cruzada rasteira e, se Marcos Felipe não desviasse, fatalmente tomaríamos o gol. No fim da primeira etapa, com o jogo já equilibrado, Cauly ainda teve mais uma chance mas chutou fraquinho;
5 - O Bahia voltou ao segundo tempo aumentando a pressão pra cima da Jacuipense. Everaldo perdeu logo uma chance tentando uma cavadinha. Depois Cauly avançou e chutou bem mas a bola foi desviada. Nosso primeiro gol surgiu de um cruzamento de Chávez com a conclusão de Everaldo. O segundo foi logo depois com um chute de Cauly de fora, após tabela, e o terceiro foi um pênalti cobrado por Jacaré. Teve caixa pra mais, mas 3x0 ficou de bom tamanho;
Clubes deram uma lição de civilidade
6 - Jacaré fez grande partida, aparecendo bem ofensivamente e na recomposição estava melhor ainda, impedindo algumas investidas da Jacuipense. O preparo físico dele é monstruoso e é um jogador muito importante no elenco, pois, embora não tenha tanta qualidade técnica, supera isso com uma vontade espetacular e mostra eficiência e produtividade;
Merece destaque também o cabelo azul dele neste jogo, em referência ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Acevedo, com bons lançamentos e senso de marcação, fez excelente partida também. Daniel teve discreta melhora, em disposição, com relação a jogos anteriores, mas errou muitos passes e não foi bem. Biel, como sempre, com muita movimentação, dando um trabalho danado;
Cauly fez mais um grande jogo. Sem firulas, joga simples e muito bem, com uma visão de jogo fantástica, honrando a histórica camisa 8 do Esquadrão, que já foi vestida por craques como Douglas, Léo Oliveira, Bobô e Altimar dentre outros;
7 - Futebol tem coisas incríveis, nosso primeiro gol, que nos tirou do sufoco, surgiu de uma assistência de Chávez e um desvio de Everaldo. Os dois não estavam bem no jogo. Chávez perdeu um gol no primeiro tempo e errou lances bobos. Everaldo pra variar estava sumido, mas depois apareceu fazendo um gol e dando assistência para outro;
8 - O Bahia está esperando o que pra contratar esse goleiro Jean, da Jacuipense? Seguro, ótimo reflexo e melhor que qualquer um dos nossos arqueiros. Falei isso no jogo passado e confirmo hoje;
9 - Há muito tempo eu não via uma decisão do Baianão com tanta motivação e tão disputada. A festa foi linda e os dois clubes deram uma lição de civilidade, fazendo jogos muito disputados mas limpos, e confraternizando no final durante as premiações. Estão de parabéns!;
10 - O primeiro título que acompanhei do Bahia foi em 1973 (há exatos 50 anos) e eu tinha 8 para 9 anos de idade. Vi o Bahia bater o Atlético de Alagoinhas, por 2x0, na Fonte Nova, e garantir a taça. Estava com meu saudoso time Cosme, o popular Coí, ao qual dedico este comentário, numa homenagem póstuma a esse grande tricolor que deixou muitas saudades.
Esse 50º título baiano é o primeiro da Era City e torço para que muitas coisas boas voltem acontecer com nosso Esquadrão de Aço.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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2 comentários:
Discordo do item 6 no q se refere a Acevedo, um dos piores em campo assim como Daniel e Chavez sendo salvo pelo passe do gol.
Já começa mal, pq o Bahia foi superior o campeonato inteiro
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