Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia
1 - FILME SE REPETINDO? — Ano passado fizemos um bom primeiro turno no Brasileirão, parecíamos que até brigaríamos pelo título e, de repente, no segundo turno, caímos de produção, ficamos ameaçados até de ficar próximo à zona, mas no final reagimos e conseguimos uma vaga na Pré-Libertadores. Agora nesse início de segundo turno está acontecendo o mesmo e essa derrota contra o Cruzeiro, de virada, acende o alerta para que, de alguma forma, possamos conseguir um grande triunfo na próxima partida (fora contra o Ceará) para espantar esta má fase.
2 - Perdemos os dois últimos jogos no Brasileirão (um deles de goleada contra o Mirassol e este contra o Cruzeiro, em casa, o que não tinha acontecido na competição). Precisamos reagir imediatamente, até porque nesta partida contra o time mineiro não jogamos tão mal, o resultado mais justo seria o empate, mas temos que admitir que eles tiveram mais competência e venceram. Foram dominados a maior parte do jogo, suportaram a pressão e nos engoliram nos momentos finais.
3 - As substituições feitas pelo técnico do Cruzeiro, após o Bahia abrir o escore, mudaram a forma que eles jogavam e foram fundamentais para o triunfo do time alviceleste. É bom que nosso treinador aprenda que um time precisa ter formas variadas de jogar. Rogério precisa dar os pulinhos e se virar mesmo com o elenco com desfalques por contusão. Está na hora de ser mais ousado e arriscar mais com os garotos da base também.
4 - O Cruzeiro, que fazia um jogo reativo, de contra-ataques, após sofrer o gol foi todo pra cima, nos sufocou, empatou e virou. E nós ficamos perdidos, assistindo tudo sem reação.
5 - Já as nossas substituições não surtiram efeito algum, pois não protegeram nosso sistema defensivo e nem mantiveram a intensidade do nosso ataque, que fazia um bom segundo tempo.
6 - Muito ruim a participação de Cauly, coisa que virou rotina desde o ano passado. Michel Araújo e Rodrigo Nestor também mal, Resende entrou perdido, bem como Zé Guilherme.
7 - Desta vez Ronaldo não comprometeu, fez até uma boa defesa antes de sofrer os gols. Sanábria fez grande jogo, mas sua velocidade não era acompanhada por William José, este um cone em campo e ainda perdeu um gol feito. Éverton Ribeiro foi razoável mas cansou rápido e Jean Lucas, além de um golaço, atuou muito bem. Nossos laterais não renderam tanto. Rogério ficou perdido com as mudanças do treinador cruzeirense.
8 - Depois de perder, de forma passiva, para o Fluminense, sendo eliminado pela Copa do Brasil, o Bahia iniciou este jogo com uma postura mais ativa, lutando por cada lance, disputando com vontade e determinação. O Cruzeiro, com marcação forte, tentava os contra-ataques. O Esquadrão ia bem até a entrada da área, mas desperdiçava os lances no passe final ou nos chutes a gol sem tanto perigo. Na recomposição estava bem, sem dar chances ao Cruzeiro. Nesta etapa teve um chute de fora da área de Acevedo, com boa defesa de Cássio, e um arremate de Sanabria de dentro da área, que o goleiro cruzeirense também fez a intervenção. O lance de perigo do Cruzeiro foi impedimento.
9 - Bahia foi mais intenso no início do segundo tempo e pressionou bastante o time mineiro. Depois de William José desperdiçar uma chance clara de gol, após receber de Jean Lucas e chutar para fora, o Cruzeiro reagiu e quase faz com Caíque, mas Ronaldo defendeu. Tivemos depois um arremate perigoso de Juba e abrimos o escore com um chutaço de Jean Lucas de fora da área. Daí, com as mudanças nos dois times, o nosso caiu de produção e o Cruzeiro mudou todo o panorama da partida, jogando melhor e fazendo dois gols, um no lance em que Matheus Pereira entrou driblando na nossa área, chutou na trave mas a bola no rebote foi chutada para o fundo das redes; o outro parecia de baba: falta cobrada, num passe, ninguém marcou Gabigol e ele avançou e acertou nosso ângulo.
10 - MELHORA DÁ ESPERANÇA — Apesar dessa derrota, a boa atuação do time no jogo quase todo, o que não aconteceu nem mesmo nos últimos triunfos que tivemos na Copa do Brasil e no Brasileiro, nos dá esperança de dias melhores, contanto que nossa superioridade em campo seja traduzida em resultado positivo nas partidas. Enfrentaremos agora, fora de casa, Ceará e Vasco, e precisamos fazer bons jogos e vencer para que o fantasma do ano passado não volte a nos atormentar.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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