sexta-feira, 4 de abril de 2025

Análise: dez observações sobre Bahia 1x1 Internacional

Análise: dez observações sobre  Bahia 1x1 Internacional

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - PODERIA SER MELHOR — O Bahia fez um bom jogo, estreando na fase de grupos da Libertadores contra o invicto Inter, mas não conseguiu vencer, embora no geral tivesse um desempenho melhor que o do time gaúcho, inclusive perdendo no final uma chance de ouro com Lucho Rodriguez, que chutou pra cima uma boa rolada com açúcar por Ademir. A impressão que fica é que o resultado poderia ser melhor. O Inter saiu no lucro.

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2 - A afobação, precipitação e falta de capricho de Lucho Rodriguez têm feito ele desperdiçar chances de ouro de gol. Ele precisa ser mais frio na hora de concluir os lances para não prejudicar o time. Essa última bola que ele perdeu foi a bola do jogo, que poderia ter nos dado os 3 pontos.

3 - A disposição, garra e determinação do Bahia, por outro lado, foram fatores que geram otimismo para os próximos jogos, sendo fundamental que aqui em Salvador ou fora de casa o time tenha a mesma pegada. Não há nenhum bicho de sete cabeças, precisamos encarar todos sem medo.

4 - Dois jogos seguidos que abrimos o escore e tomamos o gol no final, nesse contra o Inter e domingo passado, pelo Brasileirão, contra o Corinthians. Que raiva!

5 - Não entendi o porquê de Rogério Ceni tirar Caio Alexandre e principalmente Erick Pulga. Caio estava articulando boas jogadas e Pulga azucrinando a defesa adversária. A cara de Pulga ao sair indica o quanto ele ficou surpreso, tal como toda a Nação tricolor. Nosso treinador colocou William José, que é alto, bom no jogo aéreo, mas, após a entrada dele, o time não alçou uma bola sequer na área e ainda o obrigou a sair para tentar tabela. Como ele é lento, perdia as bolas com facilidade.

6 - Grande partida de Jean Lucas, Cauly, Pulga e Juba; Everton Ribeiro ficou devendo; Kanu deu vacilo no gol que tomamos; Arias foi bem, assim como Ademir; Gilberto nem tanto.

7 - Geralmente, o cara vai ser goleiro porque não tem muita intimidade para jogar com os pés. Esse é um dos fatores pelos quais não gosto da ideia de que, no futebol moderno, o goleiro precisa ser quase que um líbero, pois, quando falha, a coisa complica. Ronaldo nesse jogo deu um presente ao adversário, que só não fez o gol porque ele se redimiu fazendo grande defesa. Pra mim, goleiro deve jogar com os pés numa emergência que precise sair do gol, como aconteceu também duas vezes nesse jogo, numa delas o lance até foi invalidado por impedimento, mas as duas saídas do nosso goleiro com os pés nesses lances merecem aplausos. Em relação ao gol que tomamos, não achei falha dele, pois a foi uma bola difícil, forte e colocada, que ele defendeu como pôde. Quem falhou em não dar a devida cobertura foi Kanu, que não acompanhou Enner Valencia.

8 - Bahia começou tentando articular as jogadas, mas a marcação sob pressão do Inter dificultou. Na nossa primeira escapada, Pulga avançou e chutou mas a bola foi pra fora; depois teve um chute de Lucho para defesa do goleiro do Inter; numa saída errada do nosso goleiro, o Inter quase marca, mas ele defendeu; Wesley deu um corte na corrida e chutou com perigo, nos assustando; Caio Alexandre chutou de fora com perigo; depois Lucho dominou, girou e bateu, com o goleiro gaúcho fazendo boa defesa.

9 - O Inter começou a etapa complementar com um bom chute no meio do gol, que Ronaldo pegou; Pulga partiu pra cima várias vezes, levando vantagem, e numa delas deu um chute que a bola passou perto; em outra ele chutou e o goleiro pegou; na seguinte, ele avançou, lançou Jean Lucas, que fez 1-2 com Juba e mandou para o gol, fazendo 1 a 0; infelizmente o Inter chegou ao empate, num chute cruzado, que Ronaldo defendeu e Valencia completou; no fim teve aquela bola que Lucho livre, na área, isolou.


10 - Insisto que nosso time precisa continuar com a personalidade que teve nesses dois últimos dois jogos, mas é necessário caprichar mais em todos os sentidos, marcando melhor e principalmente concluindo bem os lances. É muito complicado ficar tomando gol na reta final das partidas, coisa que aconteceu nos últimos 4 jogos: contra o time de Canabrava, Ceará, Corinthians e esse. Espero que, também nos jogos fora de casa, o time tenha a mesma pegada, jogue sem medo, agredindo o adversário, pois, caso recue demais, corre risco de tomar sufoco até de times inferiores, como aconteceu na decisão do Baianão.

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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