O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira, 2, um "tarifaço" global sobre impostos de importação. A data foi nomeada pelo republicano como o "Dia de Libertação". Ele confirmou uma taxa de 10% para os produtos brasileiros.
Trump prometeu implementar tarifas recíprocas a países que cobram taxa de importação de produtos americanos. No evento, ele anunciou tarifa de 20% sobre a União Europeia, 34% sobre a China e 46% sobre o Vietnã. O presidente confirmou ainda uma taxa de 25% sobre todos os veículos importados.
Em transmissão da Casa Branca, ele disse que a aplicação das tarifas aos outros países "é uma medida gentil" que tornará os "Estados Unidos grande novamente". Segundo ele, as tarifas recíprocas serão de ao menos metade da alíquota cobrada pelos outros países, com uma taxa mínima de 10%.
No anúncio, ele fez críticas aos governos passados, em especial a administração de Joe Biden, por terem deixado outros países aplicarem elevadas taxas aos produtos norte-americanos, impactando a indústria nacional. Segundo ele, esses países "estão roubando" e "levando vantagem" dos EUA.
Veja algumas das tarifas anunciadas por Trump:
País | Taxa |
China | 34% |
União Europeia | 20% |
Vietnã | 46% |
Taiwan | 32% |
Japão | 24% |
Coreia do Sul | 25% |
Tailândia | 36% |
Suíça | 31% |
Indonésia | 32% |
Reino Unido | 10% |
África do Sul | 30% |
Brasil | 10% |
Bangladesh | 37% |
Singapura | 10% |
Israel | 17% |
Filipinas | 17% |
Chile | 10% |
Austrália | 10% |
Paquistão | 29% |
Turquia | 10% |
Sri Lanka | 44% |
Colômbia | 10% |
Reciprocidade comercial
Após o anúncio de Trump, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta, o Projeto de Lei 2.088/2023, que cria a Lei da Reciprocidade Comercial, autorizando o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras aos produtos do Brasil no mercado global. Agora, o texto seguiu para sanção presidencial.
O governo brasileiro não descarta a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o tarifaço, informaram os ministérios das Relações Exteriores (Itamaraty) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). No entanto, a prioridade neste momento é negociar a reversão das medidas anunciadas pelo presidente norte-americano.
*Com informações da Ag. Brasil
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