Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia
1 - IMPRODUTIVO — Numa autêntica performance de “arame liso”, cercando, cercando, sem objetividade, o Bahia ficou preso na marcação do Boston River e não saiu do zero no jogo de ida da terceira fase da Libertadores, no Estádio Centenário, em Montevidéu. Time foi muito improdutivo, ficou com a posse de bola na maior parte do tempo mas não conseguiu traduzir isso em chances criadas, muito menos convertidas.
2 - O Esquadrão lembrou muitas atuações de 2024, quando tinha mais posse de bola, mais controle territorial, porém não fazia gol, não conseguia bons resultados.
3 - A decisão da vaga ficou para o jogo de volta, na próxima quinta-feira aqui na Fonte Nova e, se esse time uruguaio na casa dele montou um ferrolho com 11 jogadores recuados, aqui ele deve jogar com 70 na defesa.
4 - Rogério Ceni tem que encontrar soluções para passar por cima da “fortaleza defensiva” desse time, fazendo troca de passes com mais rapidez, tentando jogadas individuais, chutando de longe, enfim, dando um jeito de vencer essa partida, pois só o triunfo nos levará de volta à fase de grupos da Libertadores.
5 - Nosso ataque (Ademir, Lucho e Pulga) ficou encaixotado na marcação, sem produzir nada. Quando Rogério tirou Pulga qualquer um poderia sair pois os 3 não conseguiram render. A zaga até que foi bem, mas também não foi importunada. Só Jean Lucas jogou bem e até ganhou o prêmio de melhor em campo.
6 - Como o Bahia ficava com a bola e não criava, algumas vezes o Boston River desceu para o ataque e assustou um pouco, embora não chegasse a concluir nada. Lance de perigo foi um gol anulado por impedimento, num lance em que Marcos Felipe catou mosca.
7 - Bahia começou encurralando o adversário, mantendo posse de bola, mas sem produzir lances incisivos, sem praticamente chutar a gol. Na primeira etapa teve apenas um bom chute de Jean Lucas, de fora da área, que o goleiro fez grande defesa, e um outro pra longe de Gabriel Xavier. Nossa defesa estava bem postada, mas na reta final dessa etapa eles encaixaram um ataque, a bola foi cruzada e Juba interceptou na hora em que o atacante deles ia mandar para o gol.
8 - No segundo tempo o time uruguaio começou a gostar do jogo e o Bahia não ficou tanto com a bola, tanto que não criou nada. Eles tiveram o gol anulado e uma cabeçada fraca nas mãos de Marcos Felipe.🧤 Bruno Antúnez e uma defesa para salvar o @bostonriver em casa. É quando #AMagiaAcontece na CONMEBOL #Libertadores. @CocaCola_Br pic.twitter.com/VU9iay2ERk
— CONMEBOL Libertadores (@LibertadoresBR) March 7, 2025
9 - O estádio estava quase vazio, parecia partida de portões fechados, dando até para ouvir o diálogo dos jogadores em campo.
10 - VIRAR A CHAVE — A atuação do Bahia foi realmente muito fraca, mas espera-se que, na volta, possamos superar a defesa do adversário para vencer o jogo. Agora é hora de virar a chave para no domingo reverter a vantagem do Jacuipense no jogo de volta pelas semifinais do Baianão.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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