1 - Marcos Felipe complicou tudo — Rogério Ceni colocou a dupla de ataque Ademir e Lucho Rodriguez, o Bahia fazia boa partida no primeiro tempo, dominava o jogo e criava chances, quando de repente Marcos Felipe deu uma braga, ao tentar sair rápido, e tocou a bola nos pés de Luís Gustavo, que dominou e chutou para o gol vazio: 1x0 São Paulo. Daí em diante o Esquadrão se perdeu, nada deu certo, o time paulista cresceu, fez mais dois gols no segundo tempo e venceu merecidamente a partida.
2 - Após a pixotada de Marcos Felipe, a torcida, que com justa razão está impaciente com o time, expressou toda sua revolta contra o nosso fraco goleiro e outros jogadores, como Cauly, com vaias e muita pressão. É muito complicado vaiar durante o jogo, mas aturar falhas absurdas e consecutivas é mais complicado ainda. Protesto do torcedor, dentro da esfera esportiva e com civilidade, sem violência, é válido pois ninguém é obrigado a aturar tanta incompetência.
3 - O público desse jogo foi de “apenas” 29.599, considerado baixo para os padrões do Esquadrão e reflexo do péssimo momento que o time vem passando, jogando mal e perdendo jogos.
4 - Ainda bem que o Bahia não tem mais risco de queda pois a campanha no segundo turno é de rebaixamento. Vamos esquecer a Libertadores e tentar terminar o campeonato de forma não tão vergonhosa, como vem acontecendo.
5 - Rogério continua sendo aquele treinador que não consegue quebrar os tabus negativos contra ele: como técnico, nunca ganhou do Flamengo, nunca ganhou do São Paulo e acumula, no Bahia, várias marcas ruins. Alguns exemplos: o primeiro triunfo do Cuiabá e do Corinthians este ano fora de casa no Brasileirão foram contra o Bahia e, neste jogo contra o São Paulo, o atacante Wellington Rato marcou pela primeira vez este ano. Esse Rogério é “carregado”. Aff.
6 - Muitas vezes nosso treinador “justificou” maus resultados com a falta de tempo para treinar, mas, neste momento, disputando apenas uma competição e com intervalos maiores entre o jogo e outro, o que se vê é uma queda brusca de rendimento tanto nas atuações quanto nos resultados.
7 - Bahia começou muito bem, pressionando o São Paulo e jogando em alta velocidade. Em menos de 5 minutos já tinha criado duas chances. Numa delas, Lucho recebeu na entrada da área, girou e chutou. Em outra, Ademir foi invadindo e chutou pra fora. Depois Juba cruzou e Everton chutou travado mas com perigo. Na sequência, num bate-rebate, Jean Lucas chutou pra fora. Lucho também cobrou uma falta com muito perigo. Numa bola na área, Juba desviou e Lucho quase marca.8 - Com Ademir, Lucho, Éverton Ribeiro e até Jean Lucas fazendo boa partida na primeira etapa, o Bahia mandava no jogo, enquanto o time paulista jogava somente no contra-ataque, sem criar praticamente nada. O São Paulo tinha dado apenas dois chutes, um com Luís Gustavo, que Marcos Felipe defendeu, e outro num lance em que Lucas foi invadindo e chutou raspando a trave. Porém, duas falhas nossas na sequência complicaram tudo. Uma que Juba saiu mal e quase tomamos o gol e a outra, na pixotada de Marcos Felipe, que vive péssima fase e acabou dando um passe para Luís Gustavo dominar e chutar com o gol aberto e abrir o placar. No segundo tempo, o Bahia se lançou ao ataque e o São Paulo contra-atacava com muito perigo. Desperdiçamos algumas chances e eles aproveitaram as dele, ampliando o placar, com Wellington Rato numa bobeada da nossa zaga e Lucas, numa transição mortal do time são-paulino.
9 - Se Marcos Felipe entregou a paçoca do nosso lado, do lado deles o goleiro Rafael fez grandes intervenções todas as vezes que foi necessário. Ademir e Lucho mostraram mais força ofensiva do que os atletas que eram titulares, mas precisam melhorar no quesito finalização. Arias fez um bom jogo; a dupla de zaga titubeou e falhou muitas vezes. Nossos dois volantes, Caio Alexandre e Jean Lucca, muito mal na segunda etapa. Cauly tem que ser banco. Melhor colocar um menino da base. Éverton Ribeiro se salvou, mesmo sem ir tão bem.. Dessa vez Acevedo entrou mal no jogo e Ratão repetiu a péssima performance do jogo contra o Vasco. Everaldo só entrou para perder gols. De Pena teve alguns lampejos e só.
10 - De forma melancólica, o fim do ano vem chegando, o Bahia definhando técnica e taticamente e passando vergonha nesta reta final do Brasileirão. Ainda bem que, repito, não corremos risco de queda, mas nossa posição de sétimo lugar está diretamente ligada muito mais à incompetência dos outros do que propriamente ao desempenho do Bahia. A tendência é que nossa colocação na tabela seja mais baixa ainda, mesmo levando-se em consideração que os adversários que vamos enfrentar não vivem um bom momento, afinal o maior adversário do Bahia é ele mesmo, com incompetência de jogadores e, principalmente, do treinador.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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