1 - Na conta de Rogério — Mais uma derrota que pode ser creditada ao “trabalho” do nosso treinador. Como ele não teve Biel, que entrou tão bem no jogo passado, dando mais mobilidade e velocidade ao nosso ataque, esperava-se que entrasse com Lucho ou até mesmo Ademir no lugar, mas ele preferiu repetir aquele “velho” time que começou bem o Brasileirão mas há muito tempo não rende nada, com Thaciano e Everaldo formando um ataque cardíaco e Caio Alexandre e Jean Lucas sem conseguir marcar ninguém. Com essa formação, tomamos 3 gols no primeiro tempo, fora o baile, e só melhoramos após a entrada de Lucho e Ademir, ainda na etapa inicial, saindo Everaldo e Jean Lucas, quando fizemos um gol com o uruguaio e, na segunda etapa, fizemos outro, com Ademir, e poderíamos até ter chegado ao empate.
2 - A teimosia de Rogério Ceni em insistir com o time que não está rendendo, deixando de fora quem vem produzindo mais, tem custado caro ao Bahia, fazendo-o perder pontos preciosos que poderiam nos colocar numa posição bem melhor do que estamos. Nessa partida, o Vasco, que não é esse time todo, estava com vários desfalques, mas a performance do Bahia foi tão ruim que a derrota foi merecida pelo que fez no primeiro tempo.
3 - Claro que a atuação de alguns jogadores, com ineficiência técnico-tática e falta de vontade, também influenciou no resultado. Quase todos os “titulares” tiveram uma performance muito ruim, pareciam sem vontade em campo. Marcos Felipe, Caio Alexandre, Jean Lucas, Everaldo, Cauly e Juba foram horríveis, a dupla de zaga falhou muito também; alguns só melhoraram no segundo tempo, como Éverton Ribeiro e Thaciano. Os que entraram foram bem, como Lucho, Ademir, Acevedo e até Yago Borducchi, mas Ratão, que poderia se consagrar, perdeu uma chance incrível já no fim dos acréscimos, que poderia nos dar um heroico empate.
4 - Pegando carona no comentário do amigo repórter-fotográfico Adilton Venegeroles, a atuação do Bahia na primeira etapa foi um verdadeiro “show de horrores”, com o time errando tudo (e mais um pouco) e o placar foi até acanhado pelo que aconteceu.
5 - Bahia começou com aquele joguinho que todo mundo já conhece, de “arame liso” , com toque de bola de um lado a outro de forma improdutiva, sem nenhuma jogada de perigo ou chute a gol. O Vasco ficou com menos posse mas, a partir dos 10 minutos, roubava a bola e descia com muito perigo, explorando principalmente o lado esquerdo da defesa do Bahia, onde Juba e todos que estavam por ali ficaram completamente perdidos, sendo facilmente envolvido pelos adversários.
6 - As jogadas foram se sucedendo e Marcos Felipe resolveu facilitar as coisas para o Vasco, espalmando para frente um chute em que poderia desviar para o lado, e Emerson Rodriguez aproveitou e empurrou para o gol: 1X0. O gol desnorteou o time, que tomou o segundo num pênalti “mandrake”, que foi convertido por Payet. O terceiro veio na sequência numa jogada em que Payet foi levando, livre, sem marcação, e chutou no canto. Daí, com a coisa indo para o brejo, Rogério resolveu colocar os jogadores que deveriam ter entrado como titulares. Ademir e Lucho substituíram Jean Lucas e Everaldo. Na primeira jogada o Fumacinha cruzou e Lucho fez de cabeça, botando fogo no jogo e abafando a pressão vascaína, que mesmo assim ainda teve outra chance mas a bola foi pra fora.
7 - No segundo tempo, o panorama mudou e o Bahia passou a pressionar o Vasco, deixando assustados jogadores e torcida do time deles. Fez o segundo gol um lançamento de Éverton Ribeiro para Thaciano, que chutou, o goleiro defendeu e Ademir completou de cabeça e, no fim, teve a chance com Ratão livre e ele perdeu duas vezes no mesmo lance.8 - Jean Lucas, Caio Alexandre e Everaldo foram muito mal, saíram ainda no primeiro tempo, sem deixar saudade. Juba perdido na marcação. Everton Ribeiro dessa vez mal na etapa inicial e Cauly, como sempre, sumido. A zaga batendo cabeça e Marcos Felipe voltando a entregar. Rogério errou na escalação, corrigiu a teimosia mas, repito, foi o grande responsável por essa derrota.
9 - O que esperar do time de agora em diante? Se depender do “normal” do nosso treinador, ele não muda nada e entrará com a mesma equipe contra o São Paulo, exceção apenas de quem estiver suspenso; alterar sistema tático, como fez após tomar 3 gols? Eu duvido; ter ambição em chegar mais acima na tabela? Que nada! Não esperem nada de bom desse técnico teimoso.
10 - Rogério Ceni já disse que o Bahia faz campanha histórica e que não está acostumado a ficar na parte de cima da tabela. Uma afirmação dessa indica que mentalmente todo o staff tricolor (jogadores e comissão) já está satisfeito com o que fez até agora. Ninguém tem ambição de nada. Ora, Sr Rogério, o Bahia já chegou ao topo do futebol brasileiro por duas vezes. E, agora, com os recursos financeiros que estão sendo investidos após virar SAF, espera-se, sim, que faça uma campanha na parte de cima, brigando até pelo título. Há clube com recursos menores que está brigando pelo primeiro lugar. Não podemos nos apequenar, afinal houve um bom investimento, temos opções no elenco, inclusive na base, que podem mudar esse quadro caótico que estamos vivendo. Lucho e Ademir não merecem ser banco nesse time no momento, e Acevedo, pelo que jogou hoje, merece vaga de titular também. Sr. Rogério, o futebol é muito dinâmico e os atletas vivem fases, sendo que no momento muitos jogadores que o senhor deixa no banco estão rendendo mais que seus titulares. Quem deve jogar é quem estiver melhor. Entendeu ou quer que desenhe?
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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