sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Análise: dez observações sobre Flamengo 1x0 Bahia

Cauly enfrenta a marcação de Arrascaeta, autor do gol Rubro-Negro
Foto: Rafael Rodrigues | ECB

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - Passividade e eliminação! Ainda não foi desta vez que o Bahia chegou à semifinal da Copa do Brasil, sendo eliminado novamente na fase quartas de final, o que já aconteceu em 3 jornadas. O Flamengo nos eliminou merecidamente pois o Bahia teve uma atuação apática, com sistema de jogo previsível, com os atletas sem “vida”, sem brios, sem vontade, sem encarar com o “clima de decisão”, numa passividade absurda para quem estava fazendo um jogo que poderia dar uma classificação histórica.

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2 - O Bahia passou o jogo inteiro marcando mal, deixando o time carioca completamente à vontade para fazer o que quisesse. Jean Lucas ficou perdido sem marcar ninguém. Nossa recomposição com Everaldo e Thaciano também não funcionou.

3 - Na parte ofensiva, o Esquadrão não conseguiu criar praticamente nada, pois o time carioca congestionou o meio e, como não temos outras alternativas de jogo, acabamos por ficar encaixotado na marcação, perdendo sempre os lances para o adversário,

4 - Logo aos cinco minutos, Everaldo recebeu lançamento primoroso de Éverton Ribeiro e, cara a cara, chutou de forma bizarra para fora. Ele viria a perder outra chance nesse primeiro tempo. Por outro lado, o Flamengo teve algumas boas oportunidades e Marcos Felipe fez grandes defesas, numa bola em que Gerson encheu o pé e outra em que ele abafou um chute de Bruno Henrique.

5 - Bahia continuava mal e, pra piorar, no segundo tempo não criou nada ofensivamente. Nos contragolpes o Flamengo levava muito perigo pois a marcação do Esquadrão era frouxa e dava muito espaço. Luiz Araújo teve um chute travado por Gabriel Xavier que seria gol certo; em outro lance Bruno Henrique foi carregando e chutou no alto, mas Marcos Felipe defendeu; no terceiro lance de perigo, Léo Ortiz lança Bruno Henrique, nas costas de Gabriel Xavier, ele carrega e rola para Arrascaeta desviar e fazer 1 a 0. As mudanças do Bahia, com De Pena, Ademir e Lucho, não surtiram efeito e o Flamengo manteve o domínio e o controle da partida até o final.


6 - Rogério Ceni, com esse, completou, como treinador, 14 jogos contra o Flamengo, com 14 derrotas. Já o Bahia chegou à 9ª derrota seguida contra o time carioca, embora em muitas delas erros de arbitragem tenham nos prejudicado.

7 - Incrível como o Bahia não tem aptidão para concluir os lances a gol. Teve uma jogada na primeira etapa em que o Esquadrão saiu tocando, Cauly recebeu na frente da área, poderia chutar a gol, mas virou para o nosso lateral direito Árias. O lance mais bizarro foi uma falta no intermediária, com nossos jogadores altos aguardando na área, mas Éverton Ribeiro e Cauly tentaram uma jogada ensaiada, que foi mal executada, tendo a bola que ser recuada para nosso goleiro. Ridículo.

8 - Marcos Felipe, embora um pouco afobado nas saídas com a bola, fez boa partida, com intervenções importantes que evitaram um placar mais elástico contra a gente. Na zaga, Gabriel Xavier deu alguns moles, mas Kanu esteve bem. Nas laterais Juba foi bem defensivamente mas praticamente não apoiou e Árias foi muito discreto. Everaldo e Thaciano foram nulos. Cauly, que faz um ano horroroso, se superou negativamente nessa partida, errando tudo. Éverton Ribeiro se salvou com uma boa atuação, mas nosso treinador preferiu tirar do jogo, mesmo o time tendo descansado varios dias. Dos que entraram ninguém colaborou, Ademir, De Pena, Ratao e Lucho.

9 - Rogério Ceni não consegue tirar mais nada do time, pela sua teimosia e limitação. Ele se apega a um sistema que não vem dando mais certo, pois as equipes que nos enfrentam têm conseguido neutralizar nosso jogo e o treinador Rogério não tem um plano B. O pior disso tudo é que ele nem tenta fazer diferente, utilizando, por exemplo, outros atletas, inclusive os garotos da base. É sempre a mesma coisa . Está na hora de se fazer mudanças no time, senhor Rogério!

10 - Agora só nos resta o Brasileirão. O ano até aqui tem sido decepcionante, não ganhamos nada, inclusive nas competições em que éramos favoritos (Campeonato Baiano) ou um dos favoritos (Campeonato do Nordeste), quando, respectivamente, perdemos a final e fomos eliminados nas semifinais. Diante desse quadro, em que, na hora de a onça beber água, nosso time fracassa, a ideia é fazer logo os 45 pontos que nos dar a garantia da permanência na primeira divisão e tentar terminar na zona de classificação da Sul-Americana, pois Libertadores é algo que esse time dificilmente conseguirá alcançar. Afinal, ele não dá a resposta positiva nos momentos decisivos e na hora de sacramentar a conquista do objetivo principal que almeja.

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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