Revelando o jogo: Vitória 1x0 Cuiabá

Fotos: Victor Ferreira | ECV

O início do segundo turno do Campeonato Brasileiro trouxe uma nova perspectiva para o Vitória. Com uma defesa sólida e eficiência nas bolas paradas, o Rubro-Negro venceu a segunda partida consecutiva no returno sem sofrer gols. No sábado, 3, uma atuação consistente, marcada pela solidez defensiva e pela efetividade nas jogadas ensaiadas, garantiu um triunfo de 1 a 0 sobre o Cuiabá no Barradão, em Salvador.

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O técnico Thiago Carpini, que estava suspenso, manteve a base do time que derrotou o Palmeiras, utilizando a mesma formação tática: um 4-3-3 que se transformava em 4-1-4-1 sem a bola. Essa estrutura tem se mostrado eficaz, permitindo ao Vitória equilibrar defesa e ataque. No entanto, a dinâmica do jogo contra o Cuiabá foi diferente, com o adversário optando por uma postura mais defensiva, dificultando a criação de oportunidades para o time baiano.

Comandado em campo pelo auxiliar Estephano Djian, o primeiro tempo foi um verdadeiro teste de paciência para o Vitória. Enfrentando um adversário compacto e defensivo, o Rubro-Negro teve dificuldades para furar a barreira do Cuiabá. Os três volantes escalados por Carpini deram segurança defensiva, mas limitaram a criatividade no meio de campo. Foi preciso esperar 26 minutos para a primeira finalização, resultado de uma jogada ensaiada em escanteio.

A melhor chance da primeira etapa, curiosamente, foi do Cuiabá. Isidro Pitta, em um raro momento de ataque do time visitante, conseguiu uma boa finalização dentro da área, mas sem sucesso. Apesar disso, a defesa do Vitória se manteve firme, não permitindo maiores sustos ao goleiro Lucas Arcanjo.

O segundo tempo começou tão travado quanto o primeiro, levando Carpini a fazer três substituições após 15 minutos, buscando uma postura mais ofensiva. A entrada de Zé Hugo no lugar de Ricardo Ryller foi crucial para essa mudança de atitude. Com mais jogadores avançados, o Vitória começou a pressionar o adversário e a criar mais oportunidades.

Osvaldo e Matheusinho, até então discretos, passaram a se destacar. Zé Hugo, em particular, quase deixou sua marca ao acertar a trave. O momento decisivo, porém, veio novamente da bola parada. Em um escanteio curto, Wagner Leonardo apareceu como elemento surpresa e marcou o gol da vitória, confirmando sua importância tanto na defesa quanto no ataque.

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Após o gol, o Vitória teve mais espaços para explorar e quase ampliou o placar. A estreia de Carlos Eduardo foi positiva, trazendo dinamismo ao ataque. Zé Hugo, mostrando-se uma excelente opção ofensiva, acertou a trave novamente. A única nota negativa foi o cartão amarelo recebido por Matheusinho, que o tira do próximo clássico contra o Bahia.

O triunfo sobre o Cuiabá não foi apenas mais um jogo. Foi a confirmação de uma estratégia bem-sucedida, baseada na solidez defensiva e na eficácia das bolas paradas. Thiago Carpini tem motivos para acreditar que o Rubro-Negro pode escapar do rebaixamento se mantiver essa consistência. O desafio agora é continuar nessa trajetória, especialmente em jogos de alta tensão como o Ba-VI.

A equipe mostrou que tem capacidade de adaptação e resiliência, características essenciais para qualquer time que queira se manter na elite do futebol brasileiro. Com jogadores como Wagner Leonardo se destacando tanto na defesa quanto no ataque, o Vitória está no caminho certo para transformar esse momento de recuperação em uma sequência positiva até o final da temporada.

O Ba-Vi será um grande teste para o Vitória. Com uma semana para se preparar, o Rubro-Negro vai enfrentar o arquirrival na Arena Fonte Nova, com a torcida adversária em peso. Será uma oportunidade de consolidar ainda mais essa fase de recuperação e mostrar que os recentes resultados não foram apenas uma fase, mas um indicativo de um novo rumo para a equipe.

Resumão do jogo

O início do jogo foi marcado por um estudo mútuo entre as equipes, sem finalizações nos primeiros 25 minutos. O Vitória teve sua primeira chance aos 26 minutos, quando Wagner Leonardo cabeceou por cima após um cruzamento de PK, mas sem muito perigo.

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COLETIVA ESTEPHANO DJIAN

O Cuiabá, por sua vez, fechou bem os espaços e se soltou aos poucos, criando duas boas chances que exigiram defesas de Lucas Arcanjo, em finalizações de Max e Isidro Pitta, embora este último estivesse em posição irregular.

Aos 40 minutos, Ramon e Max armaram uma ótima jogada pela esquerda, mas Pitta, dentro da área, se atrapalhou na finalização, desperdiçando a melhor oportunidade do primeiro tempo. Nos minutos finais, Willian Oliveira teve uma chance para o Vitória, obrigando Walter a trabalhar.

O Cuiabá começou pressionando e investindo em jogadas aéreas, tentando dificultar a saída de bola do Vitória. No entanto, o time da casa foi mais perigoso, com Matheusinho cabeceando após um cruzamento de Cáceres aos 12 minutos.

O gol do Vitória saiu em uma jogada aérea: Osvaldo cruzou para Zé Hugo, que acertou a trave. Na sequência, Osvaldo mandou a bola para a área novamente, Alerrandro escorou, e Wagner Leonardo cabeceou para o fundo das redes.

Após as substituições, o Leão continuou explorando os espaços deixados pelo Cuiabá e quase marcou novamente, com Zé Hugo acertando a trave mais uma vez. O Cuiabá tentou pressionar nos minutos finais, mas a defesa do Vitória se manteve sólida.

Com dois triunfos em dois jogos no segundo turno, o Rubro-Negro marcou três gols e não sofreu nenhum. O resultado levou o Vitória à 12ª posição na tabela com 21 pontos, embora essa colocação possa mudar com os jogos das outras equipes, que têm partidas a menos. Para a próxima rodada, a equipe comandada por Carpini se prepara para o clássico Ba-Vi, no próximo domingo, às 16h, na Arena Fonte Nova..

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