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Fotos: Tiago Caldas | ECB |
1 - Foi ruim, mas foi bom! Pelas circunstâncias da partida, com o rival com três importantes desfalques, o resultado desse clássico pode ser considerado ruim, mas, levando em consideração de que estávamos perdendo por 2x0 já no segundo tempo e completamente dominado no momento em que tomamos os gols, chegar aos 2 a 2 precisa ser comemorado, pois a reação foi espetacular, quando ninguém mais acreditava, sem contar que a partida foi fora de casa e no final a frustração deles foi grande, e isso não tem preço (risos).
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2 - O treinador Rogério Ceni, que tanto sofreu merecidas críticas, inclusive minhas, nesse jogo tem que ser elogiado, pois suas alterações foram fundamentais para que conseguíssemos o empate.
3 - Dos jogadores que entraram no decorrer do jogo, Everaldo, que também sofre críticas merecidas, se transformou, com grande atuação. Além de fazer um golaço, com um chute com raiva e no ângulo, lutou e brigou todo o tempo em que esteve em campo. Biel também deu muito trabalho e Resende formou boa dupla com Gabriel Xavier. De Pena é talhado para jogos pegados, catimbados, pois, com sua garra uruguaia, chega mandando, se impondo em campo.
4 - Só não conseguimos virar o placar devido à precipitação de Thaciano, que recebeu a “bola do jogo”, após o empate, e poderia rolar para Árias, livre, completar e fazer o terceiro, mas preferiu chutar e a zaga travou.
5 - Bahia entrou com o mesmo time que começou contra o Fluminense, gerando grande esperança de repetir a boa partida e conseguir o triunfo. O início, como sempre vem acontecendo nos Bavis, estava muito equilibrado, com forte marcação das duas equipes, mas o Bahia era um pouco melhor, pois conseguia, com movimentação, trocar bons passes no setor ofensivo. No entanto, as duas bolas em que inicialmente concluiu a gol (uma com Ademir e outra com com Jean Lucas) foram fáceis para o goleiro deles.
6 - Nossa zaga fazia um bom jogo, mas, numa saída de bola tentando driblar, Jean Lucas foi desarmado e houve um cruzamento para o meio da área. Nossos zagueiros perderam o tempo da bola, Árias não cobriu, o pequeno Mateuzinho cabeceou firme, Marcos Felipe fez a defesa e o próprio atacante deles completou e fez 1 a 0. Após o gol, o Bahia se perdeu um pouco e eles tiveram outra chance clara, mas Marcos Felipe salvou duas vezes. Depois o Bahia reequilibrou e, no final do primeiro tempo, quase chega ao empate num chute fraco de Éverton Ribeiro, outro de Jean Lucas, que desviou e por pouco não ganhou o fundo das redes, além de um arremate forte de Caio Alexandre que o goleiro deles fez grande defesa.
7 - Bahia começou o segundo tempo totalmente desligado e o time de Canabrava, empurrado pela torcida, pressionou com um chute de Osvaldo que Marcos Felipe fez grande defesa; com uma falta que nosso goleiro defendeu de novo; e fazendo o segundo gol, num escanteio em que Marcos Felipe não cortou e Wagner Leonardo fez de cabeça na pequena área.
A partida parecia definida, mas as alterações de Rogério Ceni surtiram efeito e Biel diminuiu após bola na trave de Thaciano, numa jogada originada num chute de Everaldo. O Esquadrão quase empata logo depois, em uma bola que bateu trave após Biel desviar. O empate veio com Everaldo chutando da entrada da área.
8 - Marcos Felipe fez boas defesas no jogo mas falhou no segundo gol, ao deixar o zagueiro dos caras tomar sua frente pra completar (a pequena área tem que ser do goleiro). Nosso meias somem no Bavi. Éverton Ribeiro teve até alguns lampejos, mas Cauly ficou devendo demais. Thaciano foi muito discreto, porém teve participação decisiva no nosso primeiro gol. Ademir foi mal, não acertou praticamente nada. Árias defensivamente deixou a desejar falhando no primeiro gol.
9 - Jamais o clássico contra o nosso rival pode ser encarado como um “jogo qualquer”. A postura tem que ser diferenciada, com muito mais garra, disposição e atenção.
Infelizmente, nos Bavis, o Bahia tem tido um desligamento absurdo, cometendo falhas bobas por pura desconcentração. Ainda bem que esse tipo de atitude não aconteceu neste jogo com a turma que entrou no segundo tempo, pois, pilhados, eles foram fundamentais para que obtivéssemos o empate.
10 - Dos males, o menor, e pelo menos conseguimos um pontinho fora de casa, frustrando os rivais que já “comemoravam” o triunfo. Agora tudo indica que o jogo que seria quarta-feira (contra o CRB pela semifinal do Nordestão) será adiado. Inadmissível ainda hoje não se ter a certeza disso. Não tendo esse jogo, nossa próxima partida será contra o Grêmio, na Fonte, em mais um confronto complicado, como todos no Brasileirão. Vamos com tudo para fazer mais três pontos, sendo que a participação da torcida será fundamental para alcançar este objetivo.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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