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| Foto: Tiago Caldas | ECB |
1 - O “cara” decidiu! Everton Ribeiro? Cauly? Caio Alexandre? Jean Lucas? Que nada, o grande nome do Bahia no momento é Thaciano e nesta partida mais uma vez isso ficou claro: participou diretamente no lance dos dois gols, que deram nossa virada e um triunfo consagrador. A fase está tão boa que, na posição em que seja escalado, ele rende muito. No meio ou no ataque, Thaciano é o “Cara” e vem sendo decisivo.
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2 - Outro que foi muito bem nesse jogo, talvez o melhor em campo, foi o lateral colmbiano Árias, muito bem defensiva e ofensivamente. Lateral de alto nível, que tem ótimo cruzamento e recompõe com desenvoltura, fazendo boas coberturas, com um preparo físico formidável. Ótima contratação.
3 - Embora no geral o Bahia fosse superior, o início de partida foi tenebroso, pois o tricolor assistiu ao Ceará jogar e, em 9 minutos, nosso adversário chutou uma bola perigosa e marcou o gol de abertura de placar, com Eric Pulga, que entrou driblando em nossa área e deslocou nosso arqueiro.
4 - Pouco a pouco o Bahia foi tomando as rédeas da partida e passou a criar oportunidades, embora os contragolpes do Ceará fossem sempre perigosos, pois nossa defesa apresentava-se desarrumada, principalmente devido ao desempenho ruim de Kanu. Chegamos ao empate numa bola em que Thaciano recebeu na área, entre vários adversários, tentou o drible, não conseguiu passar, pegou a sobra e com sutileza serviu Everaldo, que empurrou pro gol. Em outro lance, nosso centroavante deu um chutaço de dentro da área, mas o goleiro defendeu. Poderíamos ir pro segundo tempo com vantagem, porém o goleiro Richard fez grande defesa num chute de Jean Lucas. No segundo tempo o Bahia continuou pressionando e o Ceará descendo perigosamente em transições rápidas e criou oportunidades também. Mas conseguimos fazer o gol do triunfo numa jogada em que Kanu lançou Thaciano, que fez o pivô e passou para Árias. O colombiano foi no fundo e cruzou para o próprio Thaciano, mas o zagueiro, que o acompanhava, acabou fazendo contra.
5 - Confesso que não gosto muito da escalação de Resende na lateral esquerda, prefiro Juba, pois com Resende na lateral o time parece ficar torto e não evolui por aquele lado.
6 - A defesa de Marcos Felipe no fim do jogo, após pixotada de Kanu, foi daquelas tipo “inacreditável Futebol Clube”. Ficará na história. Com reflexo e agilidade sensacionais, ele evitou um gol certo numa cabeçada à queima-roupa. Fez outras boas intervenções na partida, inclusive no chute perigoso de Mugni, apesar de mostrar uma certa insegurança ao jogar com os pés.
7 - Biel incendiou a partida quando entrou e por pouco não fazia um golaço, quando driblou toda a defesa cearense e chutou bem mas o goleiro deles defendeu. Cauly fez uma partida sofrível, errou quase tudo, Éverton Ribeiro teve bons lampejos, principalmente no primeiro tempo, fazendo boas jogadas com Árias. Ainda assim, ficou devendo. Nossos meias de criação precisam melhorar para que o time renda mais.
8 - Mais uma vez vale registrar a falta de qualidade da arbitragem, que cometeu erros na parte técnica e disciplinar. Deixou, inclusive, de marcar um pênalti a nosso favor.
9 - Muito bom ver a torcida do Ceará no final do jogo “homenageando” Vágner Mancini, que não vem tendo sossego com o Bahia. O Esquadrão em 2018 fez o time dele correr e neste jogo contra o Ceará quebrou a invencibilidade de nove partidas.
10 - Analisando-se a performance do Bahia até aqui, mesmo se impondo contra praticamente todos os adversários, com raras exceções (uma delas no clássico contra o rival), o time apresenta falhas no sistema defensivo, notadamente na zaga, e dificuldades na construção quando os homens responsáveis por essa função não vão bem. Tenho plena convicção de que a dupla Gabriel Xavier e Cuesta tem tudo pra dar certo e até corrigir boa parte desses problemas, mas nosso treinador insiste em colocá-los em campo separadamente. Tomara que ele mude de ideia antes de começar o Brasileirão.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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