![]() |
Foto: Letícia Martins | EC Bahia |
1 - "Balde de água fria!" A primeira derrota do time principal do Bahia foi, em pleno sábado de Carnaval, um verdadeiro “balde de água fria” no clima de otimismo que está reinando em todos no Tricolor: torcida, jogadores, diretoria etc. O mais incrível é que o River nunca perdeu e vem mantendo uma freguesia com o Bahia, tabu de três jogos, sendo que venceu os três. Como disse meu amigo Adilton Venegeroles, é o novo Sampaio Correa na vida do Bahia. Que coisa “horRIVER”!
2 - O Bahia entrou com freio de mão puxado e o River a 300 por hora.
3 - Gramado muito ruim prejudicou bastante o toque de bola do Esquadrão. O River, inteligentemente, utilizou-se de bolas esticadas, explorando o veloz Ueslei no nosso lado esquerdo.
4 - No primeiro tempo, o buraco com as subidas de Juba e as falhas na recomposição defensiva, notadamente de Davi Duarte e até mesmo Thaciano, fizeram o River fazer um gol e criar algumas chances, numa delas Marcos Felipe fez grande defesa após falha de Gilberto. Ainda assim, se Everaldo não perdesse um gol feito, depois de passe de Everton Ribeiro, a gente não iria para o intervalo perdendo. Biel também perdeu um.
5 - Na segunda etapa, mesmo nesse campo horroroso e um bom bloqueio do River, criamos algumas oportunidades, mas, como sempre, as conclusões foram ruins ou o goleiro fez grandes defesas. Impressionante como os goleiros adversários pegam tudo contra a gente.
6 - O River até poderia ter ampliado em pelo menos três contragolpes, aproveitando-se da lentidão da nossa zaga. David Duarte parecia se arrastar para acompanhar os atacantes adversários. Kanu também mal posicionado e com muita lentidão.
7 - Parece brincadeira mas nosso miolo de zaga continua falhando na bola aérea e o goleiro também não sai de soco. No gol que tomamos, o atacante do River subiu entre Kanu, Gilberto e Marcos Felipe e cabeceou tranquilamente pra marcar, numa jogada que foi iniciada no nosso lado esquerdo, nas costas de Juba, e sem a devida cobertura, sem contar que o cara que cruzou entortou David Duarte, lento como uma lesma.
8 - Aliás, em 2023, um dos pontos mais críticos do nosso time foi a zaga e, em 2024, como titulares, temos justamente atletas do ano passado. Acredito que Cuesta e Gabriel Xavier devam ser os escolhidos para entrar jogando.
9 - Thaciano foi muito mal no jogo, na primeira etapa, atuando como segundo volante. Melhorou um pouco no segundo tempo, ficando mais avançado. Everton Ribeiro, mesmo num campo horroroso, foi o mais lúcido, criando várias boas jogadas, inclusive uma em que deixou Everaldo de cara. Cauly tentou mas não rendeu tanto. Gilberto caiu de produção neste jogo e Juba, se foi relativamente bem atacando, na parte defensiva deixou a desejar. Biel nunca mais jogou nada. E Everaldo, sinceramente, não tem faro de gol, não faz pivô, não ajuda em nada. Tomara que o atacante que chegou entre e acerte. Marcos Felipe poderia tentar sair pra interceptar no lance do gol, mas se redimiu com algumas defesas decisivas na partida.
10 - Esta jornada de hoje serve de alerta para a partida que faremos fora de casa, contra o Moto Club do Maranhão, pela Copa do Brasil, jogo que será único e eliminatório e que precisamos pelo menos de um empate. Esse jogo será após o Ba-Vi. Não se pode dar os vacilos que demos hoje numa partida única que não dá tempo de recuperação. Esta lentidão e insegurança na zaga e a falha nas conclusões a gol ou no último passe precisam ser corrigidas o quanto antes. Outra coisa “boa” desse tropeço do Bahia é que serve para o time colocar os pezinhos no chão e entender que não há adversário fraco nem jogo ganho sem que se pratique um bom futebol e aproveite as oportunidades que surjam.
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
Siga o Blog P. da Notícia nas redes sociais e ative as notificações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário