quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Dez observações sobre Moto Club 0x4 Bahia

O colombiano Estupiñan fez sua estreia no Esquadrão com gol
Fotos: Letícia Martins | ECB

Por: Kléber Leal* | Especial para o Blog P. da Notícia

1 - Sem vacilos! Depois do fiasco da derrota no Ba-Vi, o Bahia estreou na Copa do Brasil  sem dar bobeira e enfiou  4 a 0 no Moto Club, passando assim para a segunda fase da competição. 

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2 - Desde o início do jogo o Esquadrão pressionou, começou a criar chances mas o Moto Club se defendeu como pôde e nosso gol não saía, até porque o goleiro Djair estava numa noite inspirada.

3 - O grande risco na Copa do Brasil, quando um time superior fica pressionando mas não faz o gol, é o adversário mais fraco “achar” uma bola, balançar as redes e vencer o jogo. A todo o momento esse “fantasma” vinha nos rondando, embora defensivamente estivéssemos bem postados.

4 - Nos poucos contragolpes do nosso adversário, nossa defesa fez bem a recomposição. Até Kanu, que geralmente é lento nesse quesito, fez um bom trabalho com desarmes importantes, tudo isso na primeira etapa. Teve só um lance em que ele perdeu o tempo da bola numa cabeçada no meio campo, mas Cuesta deu um bico e afastou.

5 - Felizmente, no fim do primeiro tempo, toda nossa pressão foi contemplada num lançamento de Everton Ribeiro para o estreante Oscar Estupiñán, que de cabeça serviu Cauly, sendo este derrubado na área, pênalti. Com muita personalidade, o colombiano pediu a bola, bateu de canhota, deslocando o goleiro e abrindo o escore.

O meia Cauly aumentou o placar para o Tricolor com um golaço, o terceiro do jogo

6 - Estupiñán, enquanto esteve em campo, não só deu a assistência no lance que gerou o primeiro pênalti, como deixou boa impressão de um modo geral, dando opção para fazer tabelas, brigando com a zaga adversária, sendo bem participativo. Kanu esteve até bem atento, assim como Cuesta. No entanto deram um vacilo no segundo tempo e uma bola no segundo pau quase originava um gol de cabeça para o Moto Club.

7 - Santiago Árias fez outra boa partida, apoiando bem e dando mais consistência defensiva à nossa lateral direita. Sem dúvida alguma, Gilberto está com os dias contados na titularidade. Cauly fez grande jogo, articulando boas investidas, cobrando faltas com perigo e marcando um golaço, nosso segundo, driblando meio mundo de gente;  Jean Lucas foi outro que atuou muito bem e marcou o segundo, num chute forte de dentro da área. Ratão mais uma vez mostrou faro de gol, fez nosso quarto tento, arrematando de dentro da área, aproveitando lançamento de Biel; Thaciano não repetiu outras jornadas e foi razoável.

8 - Definitivamente, Ademir não sabe bater pênalti. Perdeu naquela disputa contra o Santos na Copa do Brasil do ano passado e perdeu nessa partida contra o Moto Club. Felizmente, no momento em que ele desperdiçou a penalidade, o jogo já estava 3 a 0 pro Bahia. Aliás, o técnico Rogério precisa definir os cobradores oficiais, o que pelo visto ainda não está determinado.

9 - O Moto Club tinha três jogadores que atuaram no Bahia: o goleiro Djair, o lateral Bruno e o atacante Geovani Itinga. Como a “Lei do Ex” teima em nos perseguir, os jogadores de linha não fizeram gols, mas o goleiro pegou o pênalti de Ademir.

10 - Para encerrar, uma pergunta que não quer calar, embora não esteja tanto no contexto desse jogo, mas foi direcionada a Ceni na entrevista coletiva: por que o garoto Roger Gabriel, que entrou e decidiu contra o Sport, nunca mais foi aproveitado? Naquela partida ele entrou no “fogo”, com o Bahia empatando e tentando fazer mais um gol, recebeu uma bola na área, deu um corte no zagueiro e cruzou para Ratão marcar o gol no nosso triunfo. Como comentou meu sobrinho Rafael Pinheiro, o garoto Roger parece até que foi punido por ter feito essa jogada. No jogo contra o América-RN (3x0) e nesse contra o Moto Club, ele poderia ter outra oportunidade, entrando de segunda, pra ganhar mais minutagem, confiança e experiência. Sem essa de dizer que ele tira espaços de Biel, Ratão ou seja lá quem for. Se rende e tem qualidade, tem que ter espaço. Imagino até que ele poderia ter entrado no Ba-vi, já que todos os meias não estavam bem naquela partida. Por que clubes como Palmeiras, São Paulo,  Flamengo e Santos, para citar alguns, dão muito mais chances a garotos da base e o Bahia não? Vamos sair da mesmice e mudar este cenário para que nossos garotos fiquem mais motivados com as oportunidades para mostrar serviço.

*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia

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