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Fotos: Felipe Oliveira | ECB |
1 - Permanecemos! Após uma temporada de muitos erros, conseguimos nos manter na Série A do Campeonato Brasileiro nesta última partida, com uma grande atuação, coroada com uma goleada de 4 a 1 no melhor time do segundo turno, o Atlético Mineiro, combinada com a derrota do Santos em casa para o Fortaleza.
2 - Nessa competição fizemos apenas 3 grandes jogos: contra o Bragantino (4x0), Corinthians (5x1) e esta partida, por isso por pouco não caímos para Série B.
3 - Mesmo vindo de atuações e resultados ruins, o Bahia entrou em campo focado e mordido, não só pela situação em si como também pelas declarações do atacante adversário Hulk (que falou na possibilidade de fazer 5 gols no jogo) e até de um jogador do Palmeiras (Hendrik), que projetou um placar de 8, 9 a 0 para o time mineiro, concorrente do Verdão ao título.
4 - A falta de ética desses dois jogadores serviu de injeção de ânimo para o Bahia, que entrou em campo com 3 zagueiros, com uma marcação alta, e sem homem de referência no comando do ataque, dificultando as articulações do time de BH, que lutava “remotamente” pelo título ou, mais possível, o vice-campeonato, cuja premiação também é excelente.
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Esse “currículo” do Galo na competição, porém, na hora do “vamos ver”, não serviu de nada, afinal, como o diz o ditado, “o jogo é jogado”. E o adversário do Galo, o nosso Tricolor, é um time que, embora viesse fazendo uma campanha horrorosa, merece respeito pela história, tradição e até mesmo pela torcida apaixonada, cujo um dos slogans é “torcida que ganha jogo”. E ontem ajudou bastante nessa goleada histórica.
6 - O Bahia foi superior os 90 minutos, com uma estratégia inteligente, bem compactado, dificultando as saídas de bola do time mineiro e muito efetivo atacando. As chances foram surgindo e enlouquecendo o adversário, visivelmente assustado com a grande atuação do Esquadrão.
7 - Na primeira etapa, no nosso primeiro ataque, teve um chute perigoso de Thaciano, que mandou pra fora. Logo depois abrimos o placar, após Resende pressionar e roubar uma bola de Edenilson, com Thaciano servindo Cauly, que chutou no canto. Quase chegamos ao segundo numa falta cobrada por Juba, que David Duarte cabeceou bem mas o goleiro Everson fez defesaça. Depois Resende chutou rasteiro e o goleiro fez outra grande intervenção.
A resposta do Galo foi num chutaço de Pavon, que Marcos Felipe fez grande defesa. Na sequência teve um cruzamento de Biel, sem ângulo, que chegou a beijar a trave. O Bahia era melhor, mas deu um vacilo e a bola foi lançada no meio da zaga, Paulinho antecipou, recebeu livre e empatou.
Nosso time não se abateu e manteve o ritmo de superioridade. Num bate-rebate na área, a bola foi chutada fraquinha pra Everson defender. Tivemos também um chute de Biel por cima. Depois chegamos ao segundo gol, num cruzamento de Thaciano que o nosso “Luva de Pedreiro” Juba pegou de primeira: golaço e justiça à grande atuação do Tricolor.
Continuamos melhor a segunda etapa e chegamos ao terceiro gol numa tentativa de chute de Resende que Thaciano pegou no meio do caminho e emendou. O Galo teve uma chance numa cabeçada que Marcos Felipe defendeu e, na sequência desse lance, Ademir arrancou pela esquerda, fechou pro meio e chutou inapelável, fazendo o quarto gol. Paralelamente o Santos, cujo empate já o rebaixaria, acabou tomando o segundo gol para festa tricolor no estádio: Bahia permanece na Série A.
8 - Todo o time foi muito bem nessa partida e até mesmo quem entrou, inclusive Mugni (que substituiu um dos poucos jogadores que se salvam nesse elenco, Acevedo, machucado ainda no primeiro tempo), e Ademir, que fez um golaço depois de perder vários no jogo anterior.
Thaciano fez a sua melhor partida em 2023, Biel e Cauly com nível alto também. Juba finalmente deu o ar da graça. Rogério deu um verdadeiro nó tático no Galo, embora na entrevista coletiva de Felipão, o treinador do time mineiro não reconhecesse isso e afirmasse apenas que o Galo não jogou nada. Sr. Luiz Felipe Scolari, não jogou nada porque foi anulado taticamente tipo a Alemanha fez com sua seleção em 2014.
9 - Esta permanência na Série A tem um sabor especial por vários motivos: os torcedores do rival estavam dando como favas contadas nossa queda e zoaram a gente o tempo todo. Quebraram a cara, pois o elevador também quebrou kkkk; o Galo, há dois anos, nos eliminou em casa numa virada espetacular, mas agora demos o troco, impedindo o vice-campeonato deles com uma sonora goleada; Hulk aventou a possibilidade de fazer cinco gols, mas não viu a cor da bola; vários tricolores ganharam apostas para o povo da Galinha, que terá um fim de ano triste com essa frustração que causamos nele. Enfim, essa permanência é só alegria.
10 - O sentimento de conseguir permanecer é de alegria e alívio e não apaga o primeiro ano terrível do Grupo City administrando o Bahia. Muitos erros cometido, começando por trazer e demorar de mandar embora um treinador inexperiente, incompetente, que acumulou diversas vergonhas, como eliminação precoce do Nordestão, tomando goleadas vexatórias do Sport (6x0) e Fortaleza (3x0); eliminação da Copa do Brasil, quando tinha tudo pra passar, e péssimo Brasileição, cujo desempenho foi aliviado com a chegada de Rogério Ceni, o cara que efetivamente nos livrou, com muita dificuldade, do descenso.
Contratações injustificáveis, trazendo muitos jogadores não aprovados no exterior, pagando caro por atletas, como Yago Felipe, por exemplo, entre outros absurdos só demostram o quanto foi incompetente o diretor de futebol Kadu Santoro.
A esperança é que o grupo aprenda com esses erros e erre menos na aquisição dos próximos jogadores que deverão vir, pois a lista dos que merecem ser dispensados é muito grande e, caso realmente almejemos uma temporada de 2024 melhor, praticamente teremos que formar outro time.
O bom é que Rogério Ceni, que já demonstrou competência, vai estar no processo de formação da equipe, o que pode ter uma margem de acerto satisfatória para que possamos ter um ano bem mais tranquilo. A nossa torcida, que este ano ultrapassou em presença no estádio a marca de um milhão de pessoas, merece coisa melhor. Chega de vexames, chega de lutar pra não cair. BBMP!
*Kléber Leal é jornalista e torcedor do Bahia
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